segunda-feira, março 11, 2002

Hoje só vou falar da tatuagem.
Fiquei indignada com a reação da família. Porque ontem teve almoço com a família inteira. Minha mãe odiou e disse que agora eu sou marginal, não quis olhar muito e ficou hoooooooras resmungando que onde já se viu. Minha irmã boa, que também é minha mãe às vezes, odiou mais ainda e disse que a "gente não cria um filho com talquinho e amor pra um maconheiro marcar-lo que nem gado". Minha irmã má achou linda e ficou perguntando se doía, se era caro e se eu achava que ela devia fazer um escorpião no ombro, mesmo depois dos 40. Meu irmão bom, que está chato pra caralho, não comentou nada. Minha outra irmã má, que na verdade é boa, está viajando e ainda não viu. Meus sobrinhos todos amaram e são lindos, fofos e maravilhosos pro resto da vida.
Mas o meu pai surpreendeu. Meu pai é um senhor de 70 anos, conservador até o último fio de cabelo, que criou a gente na maior rédea curta. Enxotou todos os namorados que eu levei em casa e foi assim com minhas irmãs também. Até hoje reclama se eu uso saia curta. Vota no Maluf. Enfim, um pai velhinho. Eu tava com o cu na mão de mostrar pra ele, mas alguém tinha de fazer meu curativo já que mainha está fora de casa. Pedi pra ele. Além de não dizer uma única palavra de censura (nem de elogio, aí já é demais) ele fez o curativo no maior capricho e ainda me ligou duas vezes pra saber se o magipack não tinha caído.
Esse véio vive me surpreendendo. Meu pai é muito foda.

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