Fazia muito, muito, muito tempo que eu sequer pensava nesse cantinho. Nem sabia se ainda estava ativo, se eu ainda sabia a senha. Daí uma amiga querida lembrou dele no último final de semana e me perguntou se eu tinha vergonha dele. Respondi na hora que sim, morria de vergonha. Não do blog, veja, mas da pessoa que eu já fui. Cheia de recalques e opiniões formadas sobre tudo. Do blog nunca, porque conheci tanta, tanta gente linda por aqui. E foi uma válvula de escape tão boa durante tanto tempo...
Mas fato é que ela me lembrou dele. E eu vim aqui ver se ainda conseguia acessar e comecei a ler e reler e nem me achei uma pessoa tão horrível e digna de vergonha. Até gostei um pouco. E me deu vontade de escrever de novo, ainda que blog seja tão 1997.
A verdade é que eu prefiro tanto esse formatinho em que você vem aqui e diz o que pensa e quem quiser, se houver alguém que queira, vem, por livre e espontânea vontade, e lê e opina também. É muito diferente do Facebook, em que o que você escreve é esfregado na cara de centenas de pessoas que você mal conhece, ainda que elas absolutamente não queiram saber NADA sobre você. Não sinto vontade de dizer nada pessoal no Facebook e odeio 80% do que leio lá.
Às vezes sinto falta de colocar os pensamentos no papel, porque isso me obriga a refletir um pouco sobre tudo e levar a vida menos no automático. Não vou mudar pro Medium, talvez não seja capaz de manter uma frequencia de posts, mas acho que vou limpar esse sótão, botar umas cortinas roxas, abrir as janelas e deixar o sol entrar e as ideias saírem.