quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Você

30 anos e eu não sabia. Achei que soubesse, mas não fazia idéia do que era amar.

Cuidei, empurrei, nutri, amparei, imaginei, desejei, esperei, fiz de conta, fingi. Mudei, me disfarcei, me culpei, me puni. Achei que tudo isso era amar. E nada daquela felicidade toda que todo mundo dizia que o amor trazia. Uma vida inteira bege. Amor?

De repente, o vermelho, o roxo, o amarelo, todas as cores quentes em todo o seu metro e noventa. Um soco, um tiro, um grito, um borboletário inteiro na barriga. Dor, delícia. Você. A vida, enfim acontecendo.

Agora sim eu entendo tudo. O porquê de tantas músicas, tantos livros, tantas poesias. Você, simplesmente. Sem idealismos, sem mentira, sem esforço.

Você, simplesmente. Meu amor.

Até que a tela os separe

As pessoas vivem discutindo o amor e a vida a dois. Ficam ricas ensinando como encontrar o primeiro ou aturar o segundo (e eu as invejo).

Mas pra mim, não tem mistério. Eu só procuro uma coisa em um homem: que ele não me olhe com cara de Q?? quando eu disser que meus planos para o carnaval/fim de semana/ dia santo/ horas livres em geral são assistir a três filmes seguidos no cinema, depois passar na locadora e alugar mais oito e depois dar uma olhadinha no que tá rolando nos Telecines. Pode parecer simples, mas nunca aconteceu. Sempre, sempre, sempre a cara de Q?? e a expectativa que eu diga "é brincadeirinha".

Mesmo aqueles que dizem que gostam de filmes, depois vem com aquela conversinha de "Veja bem, meu bem, há limites".

Eu nem sei se é o caso do cidadão de fato gostar de filmes, porque não é disso que se trata. Se fosse, eu não teria todos os Harry Potter na estante. Se fosse, eu não pagaria pra ver Marley e eu (não vi por motivo de força maior, mas verei). Eu não tenho critério, veja. Se há uma tela e uma história acontecendo, eu vejo. Mesmo que já esteja na metade. Mesmo que eu já tenha visto 47 vezes. Mesmo que eu até tenha mais o que fazer.

Não é questão de ser cinéfilo, pois. Até porque acho meio cafona quem assim se define. É questão de simplesmente não gostar de fazer mais nada. Acho que é aí que o caldo entorna, porque geralmente as pessoas costumam gostar de uma ou duas outras coisas, mas eu não. Eu só gosto disso. O resto só me distrai.

Portanto, eu posso até ser muito, muito, muito chata com essa coisa de gostar de uma coisa só. Mas que ninguém venha dizer que eu sou difícil de agradar, pois taí uma mentira deslavada. Se aceitar meu vício e não peidar debaixo das cobertas, tô casando.

Vício



Grata surpresa depois de passar quase uma hora procurando um restaurante japonês na Liberdade. Sim, eu sou retardada.

Não vivo mais sem, mas é CLARO que em Curitiba não tem (meu forte é a rima). Preciso urgentemente de um traficante.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Lifting

Venci a velha que em mim habita e cedi aos convites do blogger para atualizar meu layout. Assim como Regina, eu tenho medo. Porque eu ainda sou do tempo em que precisava saber html pra arrumar o blog, não era essa coisa de arrastar caixinhas pra cá e pra lá. Todo um trauma. Hoje nem se usa mais html, usa?

Enfim. Arrumei. Ficou cocô, perdi metade dos links, tá tudo apertadinho e feio e enfim. Vai ficar assim porque a preguiça, ah, a preguiça. Se o seu link estava aí e não está mais e você deseja que volte a estar, me mande seu endereço. Não é nada pessoal quanto ao seu blog ou à qualidade de sua escrita, é apenas um caso de gente que não sabe lidar com tecnologia. Eu ainda gosto muito de você.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

As vagabas do BBB

Então essa é aquela época do ano em que eu fico AINDA MAIS monotemática e as pessoas ficam me odiando e desprezando e eu cago pra elas. É época de BBB. E eu tento, juro que todo ano eu tento me curar. Mas daí inventam muros, bolhas, velhos, quarto do pânico e o caralho a quatro e eu não me contenho. Esse ano, inclusive, estou com ganas de assinar o Pay Per View e inventar uma pneumonia infecto-contagiosa no escritório, pra poder viver de BBB e Pizza Hut.

Até porque, se eu não assistir, não entendo as piadas dos melhores blogs do mundo. E assim não dá pra ser feliz, sem as piadas deles.

E, como em todas as edições, eu caí de amores pela vagaba da vez. Outra coisa que também não muda. Eu sempre me apaixono pela vagaba da vez, desde Faninha, passando pela Miss "não dou o cu porque dói", e agora a Mulé Fruta.

Não existe BBB sem a vagaba. É sempre ela que dá graça e bota fogo naquele povo mal-comido. Eu acho que eu gosto das vagabas porque elas podem até sair logo, já que o povão abomina mulé que assume que gosta do babado, que vai pra cima e que se diverte como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há-á-á-á. Mas enquanto tão lá, elas fazem bem mais do que peidar no ofurô, tomar sol ou dormir.

E a Mulé Fruta, em especial, tá ganhando meu coração mais e mais a cada dia. Ela veste roupa de oncinha sorta na noite pra prova de resistência. Ela provoca a noivinha do casal oficial do BBB9. Ela cai de perna aberta quando tá beuba e nem faz caso disso. E se Bial insinua que ela é vagaba, ela responde: "Fazer o que, né? Juro que na próxima vida eu venho decente". E ainda por cima joga limpo e assume que joga. Nada de transformar BBB em spa.

Por mim dava o milhão pra ela já e fechava o resto naquela casa pra sempre pra se matarem da tanto gritar u-hu.