terça-feira, abril 20, 2004

Arght, minha passagem chegou.
Dia 29, às 11h00 da manhã, Gorete Ribas estará embarcando em sua primeira viagem de avião. Já sei como vai ser. Estarei tremendo feito uma vara verde, com um bolo de baba entalado na garganta, os olhos saltando das órbitas e cenas de "O Náufrago" e "Premonição" desfilando em meu cérebro. Talvez eu chore e grite no momento da decolagem. Talvez eu convide os outros passageiros para fazer uma Ola, só para descontrair. Talvez eu desmaie.
O fato é que de hoje até dia 29 não vou mais conseguir dormir e dificilmente conseguirei parar de mastigar. Devo consumir uma média de 4 maços de cigarro por dia nesse período. Meus cabelos vão cair e eu vou ter mais celulite, o que me deixará insegura em me apresentar de biquini naquela praia de gente fina e endinheirada e com tudo em cima.
Ai deus, eu quero vomitar agora.

segunda-feira, abril 19, 2004

Pronto, pronto, pronto. O site bonitinho e sem quebras de Gorete Ribas está de volta.
Puta merda, acabei de ganhar na loteria!!!

*Pausa para recuperar o fôlego*

Não foi tipo assim a Mega Sena, mas descolei um frila que é quase a mesma coisa. Quatro dias em Comandatuba, tudo pago, hotel 20 mil estrelas e o contratadô ainda vira pra mim e fala: "É super tranquilo, se você for rápida vai ter dois dias pra não fazer nada, só passear no hotel e ficar de bobeira na praia. Interessa?"

E ainda vão me pagar um dinheirinho que vai dar pra comprar os móveis da cozinha do meu ninho de amor. Que mais que eu quero, hã?

quinta-feira, abril 15, 2004

Garght, o layout tá todo feio, todo cagado.
Não dá nem vontade de blogar nessa desgraça. Vou tentar voltar o bom e velho Calvinzinho.

terça-feira, abril 06, 2004

Não conheço Lula Vieira, mas creio que ele seja minha alma gêmea. Fiquei com um tantico de inveja de não ter escrito o texto abaixo, já que ele traduz, palavra por palavra, meus sentimentos.

Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia é um chato. Num outro artigo alguém escreveu que achava que jamais tinha conhecido um restaurante de boa comida com garçons vestidos de coletinho vermelho. Joaquim Ferreira dos Santos, em "O Globo" de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa "agregar valor".

Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica mamando de segundo em segundo é uma chata. São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais a vida está confirmando estas conclusões.

Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas. Por incrível que pareça, não consegui desmentir. Pode ser coincidência, mas até agora todo cara que eu me lembro de ter visto usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.
Já que estamos nessa onda, me responda uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável? O sujeito ou sujeita que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples menção da palavra "carne", fica falando o tempo todo em vida saudável é seu ideal como companhia numa madrugada? Sei lá, não sei. Não consigo me lembrar de ninguém assim que tenha me despertado muita paixão.

Eu ando detestando certos vícios de linguagem, do tipo "chegar junto", "superar limites", essas bobagens que lembram papo de concorrente a big brother. Mais uma vez, repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas.

Tem gente que a gente não gosta logo de saída, sem saber direito por quê. Vai ver que transmite algum sintoma de chatice. Tom de voz de operador de telemarketing lendo o script na tela do computador e repetindo a cada cinco palavras a expressão "senhoooorrr" me irrita profundamente.


Se algum dia eu matar alguém, existe imensa possibilidade de ser um flanelinha. Não posso ver um deles que o sangue sobe à cabeça. Deus que me perdoe, me livre e me guarde, mas tenho raiva menor do assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro fazendo gestos desesperados tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga.
Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer? Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas a pagarem o mico de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados e tentando receber "energia positiva".

Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa empresa.
Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o país, mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria. E para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando "um beijo no coração"?

segunda-feira, abril 05, 2004

Cansada à beça, trabalhando pra caralho e com bursite. Sim, bursite.
Mas pelo menos a vida parece estar voltando a fazer sentido.