sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Finalmente conheci o Jan, amigo de blogs de longa data, com quem só tinha falado por e-mail e icq até então. Achei que seria esquisito e que uma hora ficaríamos sem assunto. Mas blogs é uma coisa eficiente mesmo, porque só aproxima as pessoas com interesses comuns. O caso é que a conversa foi ótema, durou horas e não teve momentos de silêncios constrangedores, pelo contrário. Falei pelos cotovelos e devo ter enchido bastante o saco dele, que foi muito educado e não demonstrou impaciência. Queria que os outros dois componentes do trio ternura baiano tivessem comparecido também, teria sido muito engraçado. Provavelmente estaríamos naquela mesa de bar até agora. Triste que pessoas tão interessantes morem tão longe e não dê pra ficar marcando cervejinhas para todas as tardes em que der na veneta. De quebra, ainda ganhei um CD do Los Canos, que gostei muito e ouvi três vezes seguidas sem tirar de dentro. Além disso a capa é liiiiiiinda, dá vontade de mandar fazer uma camiseta. Virei fã convicta.
Fica então registrado meu protesto: Jan, venha mais vezes a Sâo Paulo. Bóris, venha a São Paulo e não me dê bolos. Magno, venha a São Paulo.

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

E já que extravagância pouca é bobagem e ando mesmo muito obsessiva, comprei três Cdzinhos para embalar minha leitura (porque eu gosto de criar um clima):
Chet Baker - With Fifty Italin Strings
Charlie Parker - Blue Bird
John Coltrane - Jazz Showcase
Tomara que continue chovendo a cântaros.
Hum, que delícia. Estou lendo “Dália Negra”, romance de James Ellroy, o mesmo cara que escreveu “Los Angeles – Cidade Proibida”, um dos meus filmes favoritos e que despertou meu interesse pelo jazz. O crime da Dália Negra aconteceu de verdade e abalou os Estados Unidos. Em meados dos anos 40, a jovem Elisabeth Short - uma aspirante a atriz em LA, que ganhava a vida como prostituta enquanto esperava que alguém a contratasse para um filme, foi estuprada e brutalmente assassinada. Teve o corpo retalhado e no rosto o assassino fez cortes que iam dos cantos da boca até as orelhas, estampando um sorriso satânico na vítima. Na época, o assassino foi caçado pelos quatro cantos do país mas nunca foi encontrado.
James Ellroy, que também tem uma biografia bastante sombria (sua mãe foi assassinada quando ele tinha dez anos, ele se envolveu com drogas, blablabla), ficou obcecado por esse crime e passou anos fazendo investigações por conta própria. Mas o romance que escreveu tem o assassinato apenas como pano de fundo, já que o que interessa mesmo é o relacionamento dos dois policiais encarregados da investigação (fictícia) do crime (real). Os dois são boxeadores que tem estilos de luta completamente opostos. E assim eles são na vida também: personalidades, físico, interesses, tudo diferente, mas são obrigados a trabalhar juntos e se enfrentar no ringue. É insanamente bom, ainda mais para quem gosta de policial. Eu sou tarada por romances policiais. Os personagens são todos sombrios e cheios de podres, mesmo os heróis têm caráter muito duvidoso, são angustiados, bebados, brutos, atormentados. Tudo no maior clima noir. É daqueles livros que você não consegue parar de ler mas não quer que acabe nunca.

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

"Peixe Grande" estréia nesta sexta

Que ótimo. Ficaram adiando a estréia por um mês e agora decidiram lançar no dia em que vou viajar. Ódeo. Mas juro por deus que quarta-feira serei a primeira da fila no Bristol.

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Eu só me dou conta do tanto que sou nerd quando eu volto pra escola. E posso afirmar com segurança que sou nerd di cum força, quando se trata de alguma coisa que eu goste de estudar.
Depois de seis meses no ócio, voltei pras aulinhas de inglês, numa escola aqui na Paulista agora. Já comprei dois dicionários, todo um estoque de canetas, lápis e borrachas com cheirinho pro estojo novo e uma gramática meia-boca. E isso me deixou imensamente feliz.
E o nível dos alunos é bem melhor, ninguém fica gaguejando ou esquecendo as preposições. Mas é todo mundo muito chato, todo mundo excessivamente feliz, animado e falante. Ficam fazendo comentários e piadinhas irritantes EM PORTUGUÊS. Tem uma menina, que é a mais irritante de todos, que usa sapato, cinto, bolsa e fivela do cabelo tudo da mesma cor: um nauseante rosa-bebê. Tenho vontade de vomitar nela, argh. Tenho certeza que a raiva me fará aprender três vezes mais depressa.

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Graças a restituição do Imposto de Renda desfrutarei de um carnaval/lua-de-mel de sonho e luxúria. Ansiedade nível 10.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Escrevam o que estou dizendo: quem matou o Lineu foi o Ademar.

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Ufa! Dinheiro devolvido, estelionatário fodido, tudo resolvido. Essa foi a semana mais comprida da minha vida, eu acho.
Mas no fim até que teve um saldo positivo. Eu descobri que gosto de brucutu. Hómi grande. Que resolve as coisas. Ai-meu-deus. E nem precisei de terapia, livro de auto-ajuda ou viagem rumo ao autoconhecimento para descobrir isso. Bastou uma visitinha ao Deic acompanhada do delegado mocinho de dois metros de altura que ficou me oferecendo todo tipo de préstimos. Quando ele me mostrou os dois trabucões enooooormes que carrega na cintura, só deus sabe o que passou na minha cabeça. Dava pra escrever uns três volumes de Sabrina-Júlia-Bianca, nossa senhora. Pensando por este prisma, o processo de caça ao salafrário poderia ter se prolongado um pouquinho mais... Ai, ai.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Contrariando todas as expectativas, tava um puta sol bombante em Ubatuba. Por isso, eu estou o verdadeiro camarão paulistinha. Uma coisa pequena e vermelha. Só sei que o fim de semana foi ducaralho, exatamente o que eu precisava: muito sol, muito mergulho no mar, muito tapa na orelha (da onda), muito vinho (e uísque e skol beats), muito Master (com direito à nega no Master of the Universe). Voltei bem demais, feliz da vida. Claro que cheguei em casa e tinha estourado uma bomba mega monstro, daquelas que espalham merda pra todo lado. Se isso tivesse acontecido sexta, provavelmente eu estaria com úlcera. Mas hoje eu nem esquentei. Foda-se, deixa a vida me levar, vida leva eu.

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Pra melhorar meu humor nessa sexta-feira chuvosa e horrorosa, fui ouvir músicas dos Trapalhões. Que saudaaaaaaaades do Zaca e do Mussum... Quem tiver o Kazaa, baixe essa daí que vale muito a pena.

Papai, eu quero me casar

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o padeiro
Didi: Com o pandeiro ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O padeiro mete muito a mão na massa
Zacarias: É?
Didi: E adepois vai amassar ocê tumém
Zacarias: Ah, quero não

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o motorista
Didi: Com o matorista ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O matorista aperta muito a buzina
Zacarias: Eu heim...
Didi: E adepois vai buzinar ocê tumém
Zacarias: Ah, quero não

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o vaqueiro
Didi: Com o vaqueiro ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O vaqueiro tira o leite da vaca
Zacarias: Credo!
Didi: E adepois vai desleitar você tumém
Zacarias: Ah, quero não

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o economista
Didi: Com o economista ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O economista mexe muito com poupança
Zacarias: Ah...
Didi: E adepois vai mexer na sua tumém
Zacarias: Na minha não!

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o Ney Matogrosso
Didi: Ney Matogrosso, aí cê casa bem
Zacarias: Heim, papai?
Didi: Ney Matogrosso vira homem-lubisomem
Zacarias: Que loucura!
Didi: Mas quando é homem não faz medo pra ninguém
Zacarias: É esse que eu quero!
Didi: Viu? Aí sim, minha filha! Você fica com vontade de casar... vontade de casar... também tava com uma vontade de casar... Casei!..


quinta-feira, fevereiro 05, 2004

NOS-SA!!!
Não tou cabendo "em si" de orgulho do meu amigo! Oswardo tá com tudo e não tá prosa no JB:

O PT na berlinda

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Faz três dias que estou verde e sem conseguir comer. Façam suas apostas. Eu estou:
a) grávida
b) com cirrose
c) com a gripe do frango
d) NDA. Devo ter comido uma maionese estragada e estou com frescura.