sexta-feira, abril 28, 2006

Feriados

Perdi completamente o costume de semanas de cinco dias. Que preguiça!

quarta-feira, abril 26, 2006

Muu-muu.

Essa semana está estranha para mim. Uma sensação de inadequação que não passa, uma timidez maior que o normal, cheia de sobressaltos, a certeza de que não vou dar conta das coisas. Tenho certeza que é alguma reação química do meu cérebro, só não sei por que. Será que é por que eu voltei a tomar leite? Será então que é o leite que me faz acreditar que já estou velha demais para fazer as coisas que eu achava que podia fazer, que fica me gritando para parar de planejar o impossível, porque eu não sou do tipo que realiza? Sinto que definitivamente não vou entrar para aquele rol de pessoas que eu estive esperando a vida inteira para entrar, mas não é isso que me incomoda mais. O que realmente me assusta é o fato de eu não ligar mais para isso. Tenho a sensação de que toda a minha vida é só a fila de espera e o meu objetivo é entrar logo naquela sala que ninguém mais quer entrar. Mas espero sentadinha chamarem a minha senha, como no Poupa Tempo.
Bem, talvez eu não deva mais tomar leite mesmo.

terça-feira, abril 18, 2006

O fantástico mundo de Suzi

Namorido anda meio puto comigo porque eu virei um tijolo na parede que só sabe jogar joguinho de computador. A cadeira já até ficou com o formato da minha bunda. Acho que se me mandassem escolher entre o cigarro e o joguinho, eu ficava com o joguinho. Veja bem, uma mulher beirando os trinta, namorando um joguinho. É tão triste que me dá uma dor.
Mas eu tenho esse gene do vício por criar enredos, então a culpa não é só minha, é da minha genética podre. Quando eu era criança pequena lá em Barbacena e a aula estava chata, eu não dormia, nem escrevia, nem conversava com o coleguinha. Eu criava uma história de amor entre a Bic azul e a vermelha. Se a aula fosse muito comprida, dava tempo deles casarem e parirem a borracha e o apontador. Às vezes um morria, se jogava da carteira para o chão, e eu até chorava pelo final triste dos dois. Em três ocasiões a professora percebeu e me mandou compartilhar com a classe e eu tive de dizer que estava falando sozinha, o que não me criou uma boa fama escolar, além da vergonha absurda. Hoje não brinco mais com artigos de papelaria, mas estou sempre fantasiando e criando enredinhos, e imaginando o que faria com o prêmio da Mega Sena ou com o Sawyer todinho. Não vou me tratar. Acho que é uma válvula de escape muito saudável à realidade nojenta e cruel. Tem gente que acha que é esquizofrenia, mas eu não ligo pra essa gente. Em todo o caso, para o bem do casamento, pedi pro namorido tirar o mouse do computador de casa e esconder, durante a semana. Tomara que funcione.

terça-feira, abril 11, 2006

Nerd, eu?

Não há muito o que dizer por aqui já que, nas últimas semanas, meu tempo livre se divide entre jogar The Sims 2 e ler As Brumas de Avalon pela quinta vez (mas sempre como se fosse a primeira!). Enquanto estiver nessa fase, não tenho nem pretendo ter vida social, não atendo ao telefone e não entro na Internet. Não tenho nem sequer visto Lost (pois ainda não chegou ao episódio 9 na AXN). Em breve vou estar barbada, carregando um cajado, vestida em andrajos e morando em uma caverna (mas com computador para que eupossa jogar, por favor). E é isso. Diliça.

quinta-feira, abril 06, 2006

Buscas

. Olha, quem sou eu para julgar as taras alheias? Ninguém. Mas vou assumir que às vezes tenho pânico das buscas que as pessoas fazem e acabam vindo parar aqui. Fora os já tradicionais ?Xuxa dando a bunda?, ?pessoas a foderem? (a foderem é poético, é rico, é lindo) e ?anões gordos transando?. Essa semana por exemplo: ?mulheres fedidas e feias peladas?, ?Rogério Ceni pelado? e, pasmem, ?Cecil Tirré pelado?. A precisão nas buscas também me pasma: ?onde posso comprar o CD com a trilha sonora do filme Cidade dos Anjos??. Eu acho que as pessoas pensam que o Google é tipo um oráculo. E elas vêm parar aqui. Temo.
Mas quem sou eu para julgar as taras alheias, némesmo?

quarta-feira, abril 05, 2006

Foda-se

Esse blogs era muito mais divertido em 2001. O tempo só fez mal á minha cara e ao meu espírito. Sem inspiração, talento ou motivação, só que me resta é publicar textos daquela época. Esse, aliás, não é nem meu. Fraude, fraude.

"O nível de stress de uma pessoa eh inversamente proporcional à quantidade de foda-se que ela fala. (...) Tem outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de "puta-que-pariu", falado sílaba por sílaba... (...) Os palavrões são as melhores palavras da língua portuguesa. "Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz maior idéia de quantidade do que "pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática, física. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, entende? O "foda-se"? Existe algo mais libertário do que o conceito do foda-se? O foda-se aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. "Não quer sair comigo? Então foda-se.". O direito ao foda-se deveria estar assegurado na constituição brasileira. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se."

Adoro.

segunda-feira, abril 03, 2006

Motorista

Na semana passada precisei ficar no trabalho até bem tarde e decidi ir embora de taxi. Em 20 minutos, estava em casa. Normalmente eu demoro uma hora e meia (às vezes duas) para ir e para vir, e acredito que, mesmo fora da hora do rush, não chegaria em menos de uma hora, porque ir da Vila Olímpia ao Ipiranga é bem complexo. Mas de carro, oh! São praticamente duas retas e estou em casa! Fiquei incrível com isso. No dia seguinte liguei para a auto-escola e agendei as aulas de treino, já que eu sou uma pessoa habilitada, porém traumatizada. Devia ter começado nessa sábado, mas um imprevisto bem grande me impediu. Mas de sábado que vem não passa. Tirem seus cães da rua que eu vou passar.