quarta-feira, novembro 30, 2005

Buééé

Em sete meses (ou antes, vá saber) haverá um bebê gordo e rosado in tha house, pronto para ser beijado, mordido, assoprado, beliscado, babado e mimado até não poder mais. Como o mundo é muuuuuuuuito moderno, minha sobrinha me comunicou que será mamãe pelo orkut, olha só que hypado. Claro que eu adorei muito a novidade. Claro que ter uma criança nova em casa agora que a criança mais nova já está indo pros 8 anos (que é quando eles sofrem uma lavagem cerebral e ficam intragáveis e só voltam ao normal lá pelos 17, e tem alguns que nunca voltam) é um espetáculo. Claro que é a melhor notícia nesse ano de notícias ruins. É lindo.
O que não é nada lindo é que, graças a minha sobrinha 4 anos mais nova e um pouco precoce pro meu gosto, eu vou ser tia-avó. Com 26.
Eu me mato agora ou daqui a pouco? Heim?? Heim????? Raios.

terça-feira, novembro 29, 2005

São Paulo 1 X Curitiba 1

Não, não é post sobre futebol que já passei dessa fase. Queria ter escrito sobre o Claro antes de ler qquer coisa, pra conservar a pureza da emoção que tomou conta de mim, mas nem rolou. Enfim. Dá pra dizer, sem querer causar inimizade, inveja ou rancor, que quem não foi a esse show tem que ir imediatamente pro quarto, fechar a porta e as janelas, se jogar na cama em posição fetal e chorar por três dias e três noites sem parar, porque foi assim odara, único. Nunca vi coisa igual. E não vou falar de Iggy porque todo mundo já falou. Foi foda, foi lindo, foi impressionante e ele daria uma drag queen maravilhosa. Ele é engraçado, ele deixa as pessoas subirem no palco, ele hipnotiza e ele canta bragarai. Enfim, é o Iggy, alguém esperava outra coisa?
Mas a verdade verdadeira mesmo foi que eu fiquei histérica, louca, completamente fora de si antes mesmo de ver o Iggy, ali na beiradinha do palco B. Ver Flaming Lips ali tão pertinho foi como tomar 5 caixas de Prozac. Sim, eles escolheram as músicas a dedo. Sim, teve cover do Queen com a letra no telão. Sim, eles tocaram Do you Realize e Fight Test e eu chorei e dei gritos histéricos e tive tremedeiras e quase desmaiei como se fosse uma fã dos Beatles num programa de auditório. Mas vamos deixar a parte musical de lado, porque isso todo mundo já sabe que é bom, e quem não sabe que vá descobrir. Alguém - acho que um cara do Estadão - deu uma descrição ótima do show do Flaming: "Parecia o Planeta Xuxa, só que tinham colocado alguma coisa estranha na água das crianças". Teve o adorável, querido, fofo, tom-zé-cover, liiiiiiiiindo do Wayne Coyne começando o show rolando por cima da platéia em sua bolha espacial, enquanto 40 pessoas vestidas de bichos dançavam e pulavam no palco. Depois apareceram o solzinho da Ri-Happy e um ET verde, também dançandinho. E Wayne não se cansava de brincar com os apetrechos que comprara na 25 de março: confetes, cobrinhas que pulam da lata, microfone pisca-pisca, freira-fantoche, luva do Hulk. Foi uma festa. Quando a gente não estava berrando as músicas, estava gargalhando. No telão, uma moça nua tomava sol à beira da piscina e comia um sabonete com maionese. Não sei quanto ao resto do público, mas de mim ele fez gato e sapato: cantei "as loud as I could", bati palminhas, dancei no ritmo que ele mandou dançar. E quando ele disse adeus, eu não conseguia sair do lugar. Extâse total. Tudo que eu queria nessa vida era ser a girafa do Flaming Lips.
E depois ainda teve Sonic Youth e Nine Inch Nails mas, infelizmente, tudo que veio depois de Flaming ficou sendo só o resto. Joguem pedras, podem jogar, mas foi assim que aconteceu. Será que eles demoram pra voltar, heim, heim?

Quanto à organização do show, eu achei tudo ótimo. A bola vermelha da claro não passou na minha frente nem uma única vez, eu consegui ver todos os shows muito, muito bem (e ao vivo, não no telão), fiquei uns 4 minutos apenas na fila da cerveja e os banheiros - vejam que idéia sensacional - tinham o chão forrado de mato. Além de você ficar com aquela sensação idílica de estar fazendo xixi na floresta, o matagal ajudava a disfarçar o fudum de banheiro público. Clap, clap pra minha operadora.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Palmas



Todo mundo imitando a coreografia.
E o que é aquele cidadão parado ali atrás, como se nada absurdo estivesse acontecendo?

quinta-feira, novembro 24, 2005

Do you realize

que faltam 2, apenas 2, dias pra eu ver o Flaming DA GRAAAAAAAAAAAADE? heim, heim?
Glória-glória-glória.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Ontem

Duas amigas saíram de dentro do computador pra mesa do bar: Dani e Ju (direto de Récife, olhe só). O convite para encontrá-las veio de surpresa, em cima da hora, e eu, me contrariando a mim mesma (inspirada no edmilson coisa ativo) enquanto serrumano jacu, topei. Olha, que idéia boa ter topado. Que moças incríveis, essas duas. Que delícia de conversas e de risadas e de entrosamento. De quebra, ainda conheci a Kellen, que ficou pouquinho e deixou a gente na expectativa de um próxinmo encontro. Foi assim: olhei no relógio e eram nove horas. Olhei de novo um pouco depois, porque estava meio Cinderela e tinha de partir às dez, e daí já passava da uma da manhã e não era possível ter passado tanto tempo. Meninas, obrigada DE VERDADE! Adorei muito!
E tomei tantas cervejas de tantas marcas variadas que hoje estou numa ressaca das mais cruéis, imprestável. É um absurdo e uma vergonha, para mim, ficar de ressaca de cerveja. Mas acho que a culpa é toda do amendoim.

terça-feira, novembro 22, 2005

Sorte do dia do Orkut

Só ela me entende:

Sorte de hoje:
O coração é mais sábio do que a razão

segunda-feira, novembro 21, 2005

Heim?

Eu estou ficando louca ou fizeram uma versão em português pra música do Closer?
Por favor, digam que eu estou ficando louca.

quinta-feira, novembro 17, 2005

O caso dos dez negrinhos

Voltei da terra onde é proibido salivar no ônibus, mas há espaço para fumadores em TODOS os lugares. E já peço perdão pela verborragia e deslumbramento, mas foi minha primeira viagem
internacional e foi tão linda que eu não consigo ser blasé diante disso (na verdade eu já tinha ido pro Paraguai, mas não conta porque eu tinha 11 anos e fui de ônibus e não vi nada de típico, só muambas e mais muambas). Dividi em três partes, para não assustar tanto...

Bom, BsAs é legal bra-ga-rai, a viagem foi divertidíssima e que meu coração está doendo por ter vindo embora. Apesar do começo confuso e dramático, tudo transcorreu às mil maravilhas.
Cheguei lá na sexta de noitão e vi pouca coisa, mas já achei tudo lindo no caminho do aeroporto ao hostel. Totalmente turistinha, só faltou a camisa florida.
Sábado, conheci o centro e Puerto Madero, tirei foto até das pichações na rua e caminhei até ficar com as pernas bambas. Aproveito para agradecer, em nome de todos os fumantes e de
todas as mulheres fãs de salto alto, à geografia da cidade. Em quatro dias, só subi duas ladeiras (leves), o que torna qualquer caminhada muito agradável. O centro é muito bonito, cheio dos prédios de arquitetura antiga e algumas coisas meio rococó demais. É como se o bairro todo fosse uma Avenida São Luís sem fim. Nos muros, no chão, nos portões (nos monumentos, não) muitas pichações, quase todas políticas. Lencinhos das mães da praça de maio, "fora Bush" e mais uma infinidade de protestos são os temas. Adorei o ativismo deles, qualquer coisinha os caras saem na rua pra reclamar. Eu vi duas manifestações (e até
participei de uma delas, maior emoção!). No centro fica também o Café Tortoni, liiiindo, tem shows de jazz e de tango e é considerado patrimônio cultural da cidade. Eu, enquanto pessoa
velha, adorei demais. Até o garçom lerdo e simpático e as estátuas mórbidas de Borges e Gardel eu adorei. Do centro fomos para Puerto Madero, um bairro meio novo-rico, esquisitinho. É bonito, mas meio sem-graça. Mas foi lá que tomei sorvete no Freddo e tive orgasmos múltiplos por isso. Almoçamos num restaurante que cria suas próprias vacas, e a carne das referidas vacas é realmente ducaralho. Dá vontade de comer uma vaca inteira e o
preço dá vontade de devolver a vaca.
No domingo, Recoleta e San Telmo. O primeiro é chique no úrtimo, os prédios mais lindos, as flores mais perfumadas, as lojas mais finas (e inacessíveis), o cemitério da Evita, uma praça linda de chorar, a embaixada do Brasil e carpetes nas calçadas. Parece até Paris. Mas do que eu gostei mesmo foi da feira de artesanato em frente ao cemitério, onde comi o maior sanduíche de copa de toda minha vida. Depois, claro, almocei. E daí San Telmo. Imagine um
lugar delicioso, de onde vc não tem vontade de ir embora, ruas de paralelepípedo, artistas de rua, todo tipo de coisas à venda, botecos, cores e amendoins grátis. O bairro é isso.
Lindo, gostoso, alegre. Me apaixonei loucamente.
Segunda foi o dia mais besta. Fizemos um passeio caro e sem graça até Tigre, onde íamos pegar o barco até o Delta de não sei o que, mas depois que chegamos lá, descobrimos que o
rio fedia demais e o passeio de barco era mais caro do que queríamos gastar por um passeio de barco num rio fétido. Então tomamos um café em Tigre e pegamos o trem de volta, meio
frustrados. Passamos a tarde na calle Florida, vendo vitrines, comprando livros e descobrindo que a livraria O Ateneu nada tem a ver com a foto do guia de viagem. O grande evento do dia foram os alfajores de sonho do Café Havanna. Comprei 4 caixas e um pote de doce de leite. Goooooorda. Nham.
Terça foi "o" dia. Uma menina ótima do hostel nos levou ao Caminito, no Boca. Foi uma delícia, porque ela foi explicando toooooda a história do bairro, das casas coloridas, do
nome, do tango, dos italianos, dos cortiços e da febre amarela. Dizem que o Boca é o bairro mais perigoso de lá, mas eu gostei tanto quanto de San Telmo. Não que os bairros chiques não
sejam bonitos - eles são muito lindos, pra valer. Mas esses dois me pareceram mais vivos, mais "roots". Ou é só a minha alma de proletária mesmo.
E de tarde visitamos a Bombonera, bem emocionante. O estádio nem é lá essas coisas, parece mesmo uma imensa caixa de bombons e eu imagino que ficar lá nas arquibancadas mais altas -
muito, muito altas - deve dar um medão da porra, e é pequeno. Mas é muito bacana passear por ali e até mesmo assistir o vídeo cafonão no cineminha 180º do museu. Até pagar pau pra
cadeira vitalícia do Maradona eu paguei. Fora que é sempre bom poder gritar "pentacampeão" no meio do estádio deles! No mais, passei carão quando o dançarino de tango me tirou pra dançar e eu travei na cadeira e não levantava e nem falava e nem olhava pra cima, tipo uma retardada, de tanta vergonha. A argentina-guia ficou besta com a timidez dos brasileiros, pois estava crente que a gente ia rasgar as roupas e subir na mesa. Tsc, tsc, tsc.
Outras coisas que eu achei geniais foram os kioscos e os locutórios espalhados pela cidade inteira. Kioscos são portinhas que vendem cigarro, água e guloseimas. Muitos funcionam 24 horas e são a salvação da lavoura nos momentos de fome e sede fora de hora. Locutórios são como lan houses, mas também tem telefones e tanto a internet quanto as ligações internacionais são ridiculamente baratas. O transporte na cidade também é quase gratuito - ônibus e metrô custam centavos e a corrida mais cara de taxi que paguei foi 7 pesos. E pra não dizer que estou deslumbrada, um problema: o cheiro de mijo está em toda a parte e 88,2% dos argentinos usam mulets.

O caso dos dez negrinhos, parte 2

Outra coisa que me fez feliz foi o hostel que ficamos, o Milhouse. É uma casa daquelas antigonas, de quatro andares e pé-direito alto, que também já foi um cortiço. Hoje, é um PUTA hostel legal. Sempre imaginei hostels como aquele lugar onde vc dorme, toma banho e só, mas lá, quando eu chegava à noite, a cama estava feita, o quarto cheiroso e toalhas novas e secas me esperavam no banheiro. O quarto era lindo, com armários espaçosos, cômodas antigas, muitas gavetas e abajures com tirinhas da Mafalda. Na "sala comum", mesa de sinuca, milhares de CDs, livros, quadros, sofás fofinhos e Internet grátis (da qual eu fiz questão de não chegar nem perto, credo). Sempre tinha música ou festa lá embaixo, mas o barulho não chegava nos quartos e todos dormiam como bebês. Lá em cima, um terraço onde a gente se estendia em espreguiçadeiras e apreciava uma vista bacana. O atendimento é muito simpático e informal e o café da manhã tem pão feito na hora e - tcharãmmm - doce de leite argentino. Eu teria pago o dobro do preço e achado justo. Mas é um hostel e é barato e eu amo isso. Longa vida ao Milhouse e aos albergues da juventude de qualidade.
Pra terminar, acrescento que estou num mau-humor extremo porque não queria de modo algum ter voltado tão rápido, passaria um mês lá feliz da vida. Afinal, foram 4 dias lindos, nos quais me dei ao luxo de não pensar demais, não olhar o relógio, andar devagar e me perder bastante. Ai, ai. Saudades. De qualquer forma, não deu tempo de visitar alguns lugares da lista que eu tinha feito, um excelente motivo para voltar o quanto antes.

O caso dos dez negrinhos , parte 3

Números da felicidade

Quilômetros percorridos à pé: cerca de 25
Número de vezes que disse "gracias": 145986 (e 3 aqui no Brasil)
Fotos tiradas: 145
Horas de sono: menos de 30
Alfajores consumidos: 16 e contando
Bifes consumidos: só 4, nhé
Gafes cometidas: 12
Número de horas que senti saudades de São Paulo: 0
Garrafas de cerveja consumidas: 18
Garrafas de boa cerveja consumidas: 0
Temperatura média dos 4 dias: 20º
Coeficiente de vontade de voltar pra casa: 0

* O título dos posts é piada interna. :-D

quarta-feira, novembro 16, 2005

Nhé

Voltei. Um monte de coisas para dizer e fotos pra postar. Mas, no momento, muita preguiça, muito sono, muito calô, muito siviço atrasado. Droga de vida normal chata dos infernos.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Pra entrar no clima

Llorando

Yo estaba bien por un tiempo
volviendo a sonrire
luego anoche te vi
tu mano me tuco
y el saludo de tu voz
te hable muy bien y tu
sin saber
que estado llorando por tu amor
llorando por tu amor
llorando por tu amor
luego de tu adios
senti todo mi dolor
sola y llorando llorando llorando
no es facil d?entender
que al verte otra vez
yo este llorando
Yo que pense que te olvide
pero es verdad es la verdad
que te quiero aun mas
mucho mas que ayer
dime tu que puedo hacer
no me quieres ya
y siempre estare
llorando por tu amor
llorando por tu amor
tu amor
se llevo
todo mi corazon
y quedo llorando
llorando
llorando
llorando
llorando
llorando
por tu amor


* Foi só pelo idioma, não estou Llorando nem nada. Mas estou ansiosa que e um cacete. A hora não passa. Quero vomitar. E ainda falta UM DIA INTEIRO. Quero vomitar muito. gahsagagdhgashdg.

para não ser a garota de um tema só

Não costumo ler essa revista, mas gostei do texto "Estar só e ser só"

O solitário é aquele que não pode compartilhar, mas é principalmente alguém que não tem como dividir a si mesmo: sua liberdade e sua responsabilidade. Deve assumir por si mesmo a tarefa de fazer algo de si ? e arcar com as conseqüências.

Quem quiser ler inteiro, clique aqui.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Por dios

Que meda. Minha bolsa nunca valeu tanto em toda a minha vida. Andei léguas e léguas pela Paulista com três moedas diferentes dentro dela, plus o ingresso pro Claro.
Tá chegando, tanãnã. Tá tudo chegando. Socorro.

segunda-feira, novembro 07, 2005

O primeiro presidente

Amanhã cedinho tenho uma reunião com George Washington, primeira tarefa do dia.
Bora começar a treinar a cara de paisagem desde já.

Colimério

Tensão pré-embarque. Ainda não arrumei nada. Não comprei nada. Não troquei dinheiro. gah-gah-gah.
Pelo menos troquei a cor do cabelo, que aquele amarelo estava irritando deveras. Mas o corte ficou uma coisa meio cogumelo. Acontece, né?
E minha memória, que já era de peixe, morreu de vez. Eu não consigo lembrar nada por mais de um segundo. Onde vamos parar assim? Maldito floral.
Gah.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Manchete

do Uol: Italianos estão ficando mais velhos, pobre e infelizes.
Ai, dó. O que mais falta aos coitadinhos?

Novelas

Finalmeeeeente vou poder voltar a assisti-las. Noveleira assumida, confesso que tentei acompanhar América. Vi os três primeiros capítulos, mas era muito boi, muita música sertaneja, muito sotaque irritante, muito surrealismo e muita Deborah Secco pra mim. Parei total. Foi uma crise de abstinência braba. E por isso eu até hoje mando rezar missa pra Sony, Warner e Fox, pois as três salvaram minha vida, juro. Daí essa semana tava lá zapeando entre uma reprise e outra e eis que me deparo com Murilo Benício flutuando, translúcido. Tive uma das maiores crises de vergonha alheia de toda a minha vida. Precisei sair da sala e jogar água no rosto. Murilo Benício prateado e translúcido. Murilo Benício na barca do inferno com a Nossa Senhora, interpretada pela Xica da Silva. Deborah boiando num pneu. Jatobá... bem, sendo Jatobá. Caralho. Foram seis meses disso e ninguém fez uma intervenção, nada? Fiquei besta. Eu tenho medo de Glória Perez. Mas uma coisa temos em comum, eu e Glória. A mesma idéia do que deve ser o inferno: uma companhia de teatro independente, fazendo performances ininterruptas. Pensar em suportar isso através dos séculos e séculos amém demove qualquer um da idéia de suicídio. E, por favor, que venha Belíssima.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Nip/Tuck

O que é essa série, heim? Semana passada reclamei que os roteiristas tinham perdido o fôlego, que estava uma pasmaceira, um dramalhão. E daí essa semana o que acontece? Continua um dramalhão, mas em um único episódio Christian quase teve a cara retalhada (de novo), uma paciente foi desmembrada e guardada numa mala e uma mãe beijou seu próprio filho adolescente na boca, de língua. Tudo ao mesmo tempo agora. obrigada, Shibata, é assim que a gente gosta. Sangue e desvios sexuais à rodo.
E eu fiquei pensando em cirurgia plástica. Nem faz muito tempo que eu era defensora ferrenha do envelhecer com dignidade, cada ruga é uma história, toda essa coisa bonita. Eu acho bonita mesmo. Mas naquela época eu não segurava o lápis debaixo da peitola, não tinha pneus nas costas e nem bigode chinês. Não tinha outro ser tomando conta do meu corpinho. Olhava no espelho e juro que pensava: "nussa, que delícia". Hoje em dia eu fico só no "nussa..." e só quem pensa "que delícia" é meu gato (o felino), que olha pra mim e vê um imenso pufe térmico. Claro que dá pra resolver sem bisturi. Meu tênis de corrida tá lá, lindinho. O alface tá lá, crocante. E eu estou aqui, mais consciente do que nunca de que nenhum deles me apetece o bastante pra eu me dedicar com a devoção necessária. Além disso, tenho mais medo de ir ao dentista do que ao centro cirúrgico. Anestesia geral deve ser uma delícia, maior viagem, bicho.
Não que eu vá fazer nada disso agora. Não que eu esteja frustrada por não poder fazer nada disso agora. Eu só queria dizer que me dá um conforto, sabe, um calorzinho bom no peito saber que quando tudo cair bem caidinho, a clínica McNamara/Troy vai estar lá me esperando.