segunda-feira, julho 27, 2009

Coisas que eu não entendo

Bota-sandália
Bota-sandália enquanto calçado de frio
Bota-sandália enquanto calçado de calor
Pessoas que assistem musicais por livre e espontânea vontade
Teatro, porra
Os filmes do David Lynch
Os nomes Alvus Severus e Renesmee (alô periferia na literatura?)
Arte nas unhas
A diferença entre luzes e balaiagem
Calças saruel
A genialidade de Glauber Rocha
Contratos imobiliários
Meu extrato bancário
A utilidade de discutir a relação
Gente que NÃO tem medo de zumbis. Quando eles atacarem, não contem comigo para defendê-los. É cada um por si, dae.
Gente que não perde o sotaque nem por um caralho
A perseguição aos fumantes
Quem não gosta de Harry Potter
Quem não gosta do Ryan Reynolds
Quem gosta de micareta
Quem prefere ficar três horas na fila para entrar numa boate, passar um tempinho lá dentro fazendo passinhos de dança, lançando olhares, gritando pra ser ouvido, fazendo a dança do tranca-coxa enquanto espera vagar uma privada, ficar mais três horas na fila pra pegar e ir pra casa fedendo a CC e cigarro à ficar em casa vendo DVD ou jogando videogame.
Medo de gato.
Protestos virtuais
Rodinhas de violão
Dobradinha

E mais umas 400 coisas que só me lembro quando não tenho papel à mão.

sexta-feira, julho 24, 2009

Brincadeira séria

Ela postou o link, eu amei e replico:

"Faz de conta que você morreu. E que alguém lhe deu a oportunidade de voltar para um terceiro tempo.

Então. Agora vai lá e faz tudo de verdade."

Digo que estou de acordo 100%. É claro que vou tentar virar a mesa sem espalhar muitos papéis nem deixar muita bagunça, porque bagunça de mesa virada me dá nos nervos de um tanto. Mas ainda assim, é chegada a hora de começar a escrever o capítulo 3 da minha vida.


quinta-feira, julho 16, 2009

Mudança de paradigmas ou nocaute

Eu tenho esse blog há nove anos. É o meu relacionamento mais longo e fiel. Nesse meio tempo muita gente veio e foi, conheci e adorei algumas, sempre quis conhecer outras. Mas né. Eu sou uma cética horrorosa e má. Eu odeio a humanidade e eu não acredito nas pessoas.

E por mais que o mundo esfregue na minha cara que desconfiar dos relacionamentos virtuais é coisa de véio, eu continuo desconfiando. Amigo de internet? Ah, vá. Coisa mais loser.

Só que loser, meu amigo, sou eu, que insisto nesses paradigmas. Porque se for ver, eu tenho alguns amigos virtuais desde a época que o blog começou. Que passaram da caixa de comentários pro email, do email pro msn, do msn pra mesa do bar. Tempo bagarai. São poucos os amigos "reais" de tanto tempo assim.

Pois bem. Hoje aconteceram coisas bizarras e ruins relacionadas a dinheiro. E eu fiquei o dia decidindo se me prostituía ou cortava os pulsos. Eis que um desses amigos virtuais se prontifica a me ajudar. O cara nunca me viu na vida. Nunca nem falou comigo pelo telefone, embora me conheça melhor que um monte de gente que almoça e janta comigo, pelo tanto de tempo que passa lendo as bostas que eu posto aqui.

Ninguém pode imaginar o tamanho do meu choque. Ninguém. Como assim um gesto de desprendimento desse tamanho, como assim alguém confia que eu não sou uma picareta sem nunca ter me visto? Esse tipo de coisa não existe, eu nunca soube. Só família faz isso, e geralmente é meio que por obrigação.

Eu estou assim, meio sem ar, meio sem jeito, meio com vergonha de mim mesma, de ter passado esses anos todos achando que o mundo não vale nada e que confiar nos outros é pedir pra se foder. Eu perdi um puta tempo na minha vida. Quanta gente será que eu não deixei pelo caminho achando que não valia o esforço, que era tudo um bando de féladaputa?

Na verdade eu nem sei explicar direito. É uma mudança muito enorme. E é a terceira vez essa semana que a humanidade me mostra que presta sim, e muito. Pode até ser que esse blog finalmente morra. Porque agora eu vou falar do que? Do meu amor pelo Magno, pela Stella e pela Ana?

Eu nem sei. Vou sair tomar um ar e me recuperar do choque. Muita informação pra digerir.

E Magno, cara, obrigada muito. Não pela oferta, mas por ter me mudado. POrque acredite, cara, vc fez o que cinco anos de terapia não fizeram. Tem dinheiro que pague isso, não.

PS.: Enquanto isso, coleguinhas, super aceito frilas, ok? Porque é óbvio que eu não vou aceitar o dinheiro suado do Magno.

segunda-feira, julho 06, 2009

Vão-se os anéis, os batons, o rímel

Fui assaltada pela nonagésima vez neste sábado. Isso é tão corriqueiro que nem merece um post. Passado o período de lágrimas e rancor pela bolsa amarela, a carteira azul e o celular rosa que se foram, eu prefiro always look on the bright side of life.

E por bright side of life eu quero dizer maquiagens novas. Faz tempo que meus dedinhos coçam de desejo de me jogar em batons, bases e sombras, mas como eu carregava uma tonelada disso na bolsa, a culpa católica sempre me assombrava. Agora, meus problemas acabaram (assim como as maquiagens).

Mas fica a dica pras coleguinha aí de casa: bolsas são descartáveis e podem ser levadas a qualquer momento. Portanto, a menos que você seja muito desapegada, não seja imbecil como eu de carregar seu batom Mac e seu gloss Lancôme na necessaire. Deixe-os bonitinhos em casa e recheie a bolsa com Vult, Tracta e Maybelline (pegue as avaliações todas no maravilhoso VnF). Afinal, as maquiagens de bolsa são para retocar durante o expediente, dar uma arejada antes do happy hour, nada que mereça uma super produção. E se acontecer de levarem suas coisinhas, com vintão você compra tudo de novo e tá linda, sem choro nem vela.

É claro que eu quero recomprar minhas maquiagens de rika (tinha um batom Yves Saint Laurent que só de olhar pra embalagem dourada eu já me sentia uma imperatriz. Da cor e da textura mesmo eu nem gostava muito, confesso). Mas agora só quando algum amigo de fé irmão camarada der uma paradinha no free shop por mim. Vou chorar na cama que é lugar quente e torcer muitíssimo para ter algum tipo raro de herpes assassina que não se manifesta em mim, apenas em ladras que usam maquiagem roubada.

Ah, e tem outra pollianice em ser assaltada: a impossibilidade de gastar dinheiro. Porque a gente cancela os cartões todos e fica 15 dias à mercê do banco. E o meu não é dos mais competentes. Então, por 15 dias eu viverei exclusivamente da bondade de estranhos, sem poder fazer nenhum mal à minha já tão sofrida e anoréxica conta. Talvez eu aproveite esse período pra aprender a viver apenas com o essencial. Ou seja: maquiagens Vult, Tracta, Maybelline...