segunda-feira, dezembro 20, 2004

E este ano maldito, desgraçado, fedido e xexelento finalmente acabou (pelo menos pra mim, que saio de férias coletivas hoje e só volto ano que vem...).
Digo que ele já vai tarde, que já devia ter ido, que não volte nunca mais, que não é bem quisto. Eca, eca e eca.
Por outro lado foi muito bom também, pois tive que lidar com várias situações que eu achava que nunca fosse saber como atravessar, resolver coisas que eu pensei que nunca conseguiria e lidar com sentimentos dos quais eu sempre fugi. E dei conta do recado. Claro que eu poderia passar muito bem se continuasse sem saber tudo isso, mas não custa nada ser um pouco Pollyana.
Enfim, estou feliz da vida em começar tudo de novo e torcendo para que 2005 não seja um ano de "aprender" muitas coisas. Pra vcs, que passam por aqui sempre ou de vez em quando, bom pai-natal e que 2005 seja o que vcs quiserem.
Hasta!

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Atenção todos os carros, Mister Hyde à solta!!
Definitivamente eu não sou mais a mesma. Me transformei numa pessoa que fica bêbada com duas cervejas, vergonha, vergonhaaaaaaaa!
Ontem fui ao meu novo bar preferido - o The Raven, na Alameda Santos, que toca Big Bad Voodoo Daddy e vende Guiness a 5 real - para um despretensioso chopinho pós-expediente. Tomei duas pints de Guinesse e duas Sol e fiquei de pileque. Aliás, um pileque louco. Tomei ônibus errado, perdi uma lente e quase esqueci o presente (recém-comprado) do Gordo no ponto. Chegando em casa tive de tomar Eno pra conseguir dormir sem ver o mundo rodar.
Socorro, eu quero voltar ao normal!!!

terça-feira, dezembro 14, 2004

Não sei se isso só acontece comigo, mas de vez em quando as pessoas fazem alguns comentários que eu fico sem saber se é pra agradecer ou se é pra mandar pro raio que o parta (usei essa expressão apenas para parecer educadinha para os leitores, na verdade eu mandaria pra lugar bem pior). Por exemplo:

"Nossa, como você está bonita hoje, nem te reconheci."
"Você fica ótima com esse óculos. Não devia tirar mais."
"Olha como essa menina tá bonitona!! Tá forte, gordona." (Essa era a clássica da minha vó, que falava isso sempre que me via. Que Deus a tenha, mas ela me criou um trauma).
"Você está muito magra, parece doente." (Sei que essa parece perjorativa, mas a minha tendência é ficar muito feliz sempre que dizem que estou magra).
"Esse cabelo ficou ó-ti-mo pra você. Ficou a cara da ____ (insira aqui o nome da celebridade que você mais odeia)."
"Imagina, barriguinha dá um charme pra mulher."

Eu já ouvi todas essas frases e sempre fiquei sem saber o que responder. Acabo sempre respondendo com a maior cara de bolinha da face da terra, por falta de coisa melhor.

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Ainda pessimista, mas só quem tem obrigação de ouvir sobre isso é mamã, que insistiu em parir a criatura que vos fala. Agora agüenta.
Só queria recomendar a página do Salsicha-Man, inventada pela Isa e desenvolvida pelo Marquito, que fizeram uma história muito louca e divertida, sobre uma salsicha que tem superpoderes e luta contra uma barra de manteiga. Vão lá prestigiar os dois geniosinhos, que eles merecem!

quinta-feira, dezembro 09, 2004

A vida da gente é feita de escolhas, todo mundo diz isso. E dizem também que toda escolha implica em uma perda. É verdade. Então, na hora de escolher, a gente prioriza o que supostamente nos fará perder menos e nos sentir melhor, lógico. Todo mundo quer ter o melhor. Só que toda vez que eu decido por uma escolha, aquilo que eu perdi começa a pesar muito e eu fico sem saber o que fazer. Ou eu estou perdendo demais ou sou definitivamente a pessoa mais mimada do mundo, que não se contenta com nada menos do que tudo. E, bom, eu acho que não é bem assim. O que eu quero não é tão difícil de achar, um monte de gente já achou. Eu reconheço que podia ter sido mais paciente, podia ter esperado mais, respirado fundo e contado até dez mais vezes. Mas também não sei se as coisas teriam sido tão diferentes se eu tivesse feito isso. Certamente ainda estaria me queixando. Não pelas mesmas razões, mas ainda assim estaria p. da vida. Vai ver eu gosto mesmo é de me queixar, ou então tenho prazo de validade. Sei lá. Só sei que assim não tá bom não.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotão
tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotão
tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotão
tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotããããããããoooooooo legal Os Incríveis!!!!!
Dessa vez a Pixar se superou e fez um filme que ganha até de Monstros S/A, que eu considerava o melhor de todos até agora. Juro que saí do cinema com vontade de voltar pra fila e assistir de novo. E olha que assisti em uma sala dominada por menores de 10 anos: o que, aliás, eu adorei. Criancinhas são um público muito mais educado do que adolescentes e até mesmo muitos adultos. Ficam quietinhas prestando atenção a maior parte do tempo e quando comentam alguma coisa, geralmente é engraçado. Atrás de mim tinha um menininho muito quietinho com um pai mala. Determinada hora o pai pergunta (naquele tom de voz besta e meio mongolóide que alguns pais usam com seus filhinhos na esperança de que eles não cresçam nunca): "Iiiiih, e agora, filhão?? Será que ele vai morrer??". E o filho, do alto dos seus 4 anos (no máximo), responde: "Dãããã, claro que não né, pai? Você AINDA não percebeu que ele é super-herói?". O pai calou a boca até o fim do filme, viva!
Devo dizer que a espera valeu a pena. Aliás, o que vocês ainda estão fazendo aqui? Vão já pro cinema!

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Texto perfeito no Comunique-se de hoje. Pelo menos pra mim.
Peguei no blog da Lu a descrição exata do que está me acontecendo.

Tensão pré... Mickey Mouse
POR LÚCIA CARVALHO

Fiquei esperando o dia certo para escrever este texto. Como este é um texto sobre a tensão pré-menstrual, queria que ele fosse escrito num dia exato: num verdadeiro dia de TPM. Olha que idéia incrível, seria espécie de "reality show": eu sentiria e escreveria ao mesmo tempo. Mas quando chegou o tal dia, achei essa idéia ridícula, me achei a maior chata, tive ódio dessa minha mania de fazer gracinha com coisa séria e desisti de tudo.

Isso é TPM.

Bom, antes de entrar mais a fundo nas tais tensões, preciso contar uma coisa que descobri. É que nós, que sofremos com a TPM, vivemos só meia vida normal. Na outra metade estamos num tipo de limbo, um estado de transe esquisitíssimo. Veja se eu não tenho razão: passamos, no mês, pelo menos uma semana na TPM. Na semana seguinte estamos gordas, inchadas e com dores de cólicas, menstruando. Temos duas semanas de sofrimento num único mês, ou seja, ficamos meio mês em estado alterado.

É a mesma coisa que você ficar, das 16 horas que passa acordada durante um dia, oito horas fora do seu estado normal. Oito horas em um dia! Ou mais, imagine que, dentro de cada uma hora, você passa meia hora nervosa, irritada, se empanturrando de doces e com um monte de dor. Ei. É fácil viver assim?

Tá, eu sei, existe um monte de tratamento, remédio e exame para TPM. Eu mesma já fiz um monte deles, e fiquei ótima... nos 15 dias errados. Nos dias tepeêmicos continuei chutando balde, demitindo empregada, brigando na fila do supermercado e quase me separando do Zé. Puxa, é apavorante, 15 dias depois, descobrir os estragos que você causou.

Mas o que fazer? É da nossa natureza, temos que aprender a conviver com isso. Só preciso avisar uma coisa, se você é ou planeja ser mãe: se estiver na TPM, nunca, jamais, em-hipótese-alguma, vá com seus filhos à Disney. É sério. Você pode acabar com o sonho deles para sempre.

Pode falar o que quiser, mas a fantasia de toda criança é, um dia, ir para a Disney. E qualquer mãe, mesmo reclamando, aguenta todo tipo de provação para conseguir realizar aquela fantasia e chegar diante do castelo da Cinderela. Aquele não deveria ser um momento mágico, encantador e inesquecível para vocês? É. Deveria.

Isso se você não estiver na TPM, como eu estava. Eu entrei na Disney e sei lá. Parece que a TPM foi crescendo, aumentando, sem a menor explicação lógica. Olha, isso é muito sério. Deve existir alguma relação muito íntima entre o mundo mágico dos parques temáticos e o fenômeno mental de ódio puro causado por essa tal síndrome de tensão pré-menstrual. Será que nenhum médico vai estudar isso a fundo? Só sei que fui adentrando aquele mundo mágico, tentando me conter, mas todo o meu equilíbrio emocional foi para a cucuia quando tive a primeira visão do... Mickey Mouse.

- Ô rato ridículo!
- Mãe, num fala assim...
- Sério que vocês acham graça nisso? É um circo de horrores! Olha! Só tem aberração! Um cachorro com cara de panaca, uma pata deformada...
- Pááára, mãe!

Resumindo. No meio daquele pesadelo, eu tive um ataque. Daqueles. Berrava. Esbravejava. Que fazer? Era gente demais, fila demais, personagem demais. E, como sempre, TPM demais. Foi um horror, sobrou até para o Donald, que me viu nervosa e veio me abraçar.

- Sai, seu... pato bundudo!

Tadinho. Ele não falou nada. Abaixou a cabeça e saiu dali feito um pato bundudo mesmo. Lá se foi o dia mágico dos meus filhos. Mais uma vez, desculpa, gente.

É só 15 dias, isso passa.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Tá bom, tive uma idéia pra escrever. Momento consulta ao leitor.
Minhas amigas combinaram, na segunda-feira, de nos encontrarmos amanhã. Naquele dia eu achei tudo ótimo e disse: sim, claro, como não? Mas agora estou com preguiça, quero ir pra casa ver a novela, não quero pegar busão depois da meia-noite, não quero gastar dinheiro que não tenho, não quero voltar pra casa fedendo à manteiga de garrafa. Estou quebrando a cabeça desde ontem pra bolar uma desculpa e não me ocorre nada. Fica muito feio eu dizer a verdade, ou seja, que eu não quero ir? Ou devo ir, mesmo que passe a noite com cara de cu e olhando o relógio a cada três segundos? Que dilema.
Já é a quinta vez que abroa janelinha pra postar, escrevo um pouco, acho que está tudo uma merda e apago. Dá zero pra ela. Pelo menos acrescentei uns blogs bacanas à minha lista. nha.

sexta-feira, novembro 26, 2004

Momento vergonha alheia FORTE.
Meu trampo fica ao ladinho da GV, como eu já devo ter contado. Umas duas vezes por ano eles fazem uma festona no estacionamento, e a gente fica ouvindo poperô e axé deles o dia todo. Mas tudo bem. Hoje está rolando uma dessas também e eu aqui de fone. Eis que de repente todo o povo da firma levanta e corre pra janela, gritando "é ele mesmo, olha, é ele". Fui também, que eu não perco um fuxico. "Ele" é o Suplicy, que subiu no palco e está cantando Blowing in the Wind, pela segunda vez. E os alunos estão todos acompanhando, com as mão pro ar. Eu amo o Suplicy de paixão, mas tá sendo mei foda ver isso. Além do mais, por que ele só sabe cantar essa música? Custa aprender só mais umazinha que seja?

quarta-feira, novembro 24, 2004

Quando eu tinha cinco anos ? e eu me lembro vividamente disso, como se tivesse acontecido esta manhã ? estava voltando de uma festa com minha mãe, meu irmão e minha irmã. Não sei se meu pai estava, acho que não, ele nunca foi dado à festas. Bom, estávamos voltando de ônibus, tardão da noite, e eu ia meio fingindo que dormia no colo do meu irmão, só para não ter de andar. Acho que era uma festa de casamento, porque eu estava toda emperequetadinha, de vestido e a coisa que eu mais odiava na vida: sapatos. Sociais. Como eu só andava descalça ou de chinelão de dedo, o sapato sempre machucava, e nesse dia não era diferente. Mas o fato é que meu irmão estava de pé, comigo no colo, e eu senti que o sapato estava escorregando. E simplesmente deixei cair e continuei me fingindo de morta (ou adormecida), sem avisar ninguém do ocorrido. Aquele era meu único sapato de festa e eu dei graças a Deus quando ele se foi. Só que chegando em casa minha mãe percebeu, claro, ficou putíssima (não comigo, mas com o fato. Afinal, o sapato era tipo novo) e no dia seguinte foi na empresa de ônibus procurar. Pra meu azar, eles tinham guardado a porcaria do sapato e na festa seguinte lá estava eu, de novo, com os pézitos doendo à beça.
Mas na verdade só contei tuuuuuudo isso para demonstrar a ironia da vida. Hoje em dia eu tenho compulsão por sapatos. Gostaria até de tratar desse problema, porque é bem sério. Muitos deles me machucam pra caramba, fazem bolhas e outras coisas feias. Mas são tão lindos. Por isso eu faço do band-aid meu melhor amigo e continuo usando esses instrumentinhos de tortura. Onde será que foi parar aquela criaturinha capaz de tamanha patifaria só para nunca mais ser obrigada a usar sapatos?

terça-feira, novembro 23, 2004

Pra mim, filme de terror apavorante mesmo é Irreversível. O resto é fichinha.
Ia dizer que hoje é um dia "odeio muito tudo isso", mas a verdade é que as últimas semanas (ou serão os últimos meses?) têm sido assim sempre, e eu não gosto da sensação de não saber se o inferno sou eu ou são os outros. Mas não adianta reclamar, tem que sentar e esperar passar.
Porcaria.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Fiz como o Juvenar e fui pro mato no feriadão. Tava bom e não tava. Tinha praia e não tinha porque não parou de chover, então eu fui lá, dei um tchauzinho pro mar e voltei pra pousada. Tinha mesmo cachorro e cavalo (um deles quase atropelou nosso carro), mas carro de boi não tinha. E o correguinho transbordou.
De qualquer forma foi ótimo porque ri, namorei, bebi e dormi em excesso - ou não, já que rir, namorar, beber e dormir nunca é demais. Só fiquei triste porque comprei um protetor solar fodidão e cheiroso no ano-novo e ainda não foi dessa vez que consegui tirar o lacre dele. Eu nunca mais voltei bronzeada da praia, eu só volto verde, de tanto mofo que pego. São Pedro dos infernos.
Estou orgulhosa de mim. Fiz um frango xadrez ontem que ficou um espetáculo. Em 3 meses de vida conjugal, finalmente cozinhei algo que consegui comer sem fazer careta.

quinta-feira, novembro 11, 2004

Eu amo o bilhete único por inúmeras razões, mas a principal delas é poder perder o ponto sem estresse. Cada vez mais obcecada por romances policiais, comprei logo dois na segunda-feira: Jazz Branco, do meu ídalo James Ellroy, e Adeus minha Adorada, do Raymond Chandler, que todos eles dizem ser o "pai" de todos os autores policiais. O primeiro ainda não chegou, mas o segundo eu comprei na banca, por uma quantia muito módica e simplesmente não consigo parar. Apaixonada por ele, muito bom, muito bom, muito booooooom. Posso perder quantos pontos de bumba eu quiser por ele.
Juvenar
Karnak

Tá frio aqui
Tá muito poluído
Eu tô triste eu tô borrecido

Tá feio aqui
Tá muito poluição
Tá fedido
Fumaça de caminhão

Tô cansado da cidade / quero ir pro mato
tem de tudo lá / porco galinha pato
tem cachorro tem cavalo / tem carro de boi
correguinho sempre tem

Juvenar Juvenar
Vem tirar o Leite
São 6 horas da manhã
Juvenar Juvenar Juvenar Juvenar


quarta-feira, novembro 10, 2004

Toda vez que estou fazendo palavras-cruzadas e precisa adivinhar o nome de um "instrumento de tortura medieval", a primeira palavra que me vem à cabeça é sempre "pinça", mesmo que tenha dez espacinhos.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Se eu não conseguir arrumar esse template até o final da semana (seja atualizando as imagens, seja descobrindo o novo link do Dream It, que tinha layouts lindos de pinups e, de repente, sumiu), vou subir um template das gêmeas Olsen.
Mudei tudo. Cortei o cabelo curtíssimo e mudei a cor. Adoro ver outra cara no espelho.
Ontem passou a melhor entrevista do Inside Actors Studio: os dubladores dos Simpsons. Eu sabia que o marido da Helen Hunt fazia a voz do Moe, mas não sabia que ele era também o Apu e mais um monte de personagens. Todos eles fazem muitas vozes e a entrevista foi, na verdade, com os personagens - o que foi bem engraçado. Os dubladores só falaram no finalzinho, com suas vozes normais. Fiquei feliz de ver que a dublagem brasileira (pelo menos em relação aos Simpsons) é muito boa: as vozes são parecidíssimas com as originais. Quem tiver TV a cabo e gostar de Simpsons, não perca a reprise. Vale a pena.

quinta-feira, novembro 04, 2004

Nossa, dois baques eleitorais seguidos é dose pra elefante.
Não dá o menor gosto sair da cama num mundo desses, com eleitores como esses. Moço, me veja uma passagem só de ida pra Lua, por favor?

quarta-feira, novembro 03, 2004

Ressaca braba, de doer. Esqueci que o feriado era de um dia só, fizemos festinha em casa, cada um trouxe sua bebidinha e até agora não sei se o que me fez mal foi o saquê, o vinho ou o uísque. Preciso pedir ao síndico que obrigue essa banda que está tocando dentro da minha cabeça a parar imediatamente. Garght.

quarta-feira, outubro 27, 2004

Nunca perdi o sono me questionando de onde viemos, para onde vamos, qual o sentido da vida, se veio primeiro o ovo ou a galinha ou se seriam os deuses astronautas. Pra mim, a pergunta que não quer calar é: pelos, por que tê-los?

terça-feira, outubro 26, 2004

Os dias estão simplesmente lotados e eu estou à beira de um ataque de nervos.

segunda-feira, outubro 25, 2004

Ia ser legal se no cinema, em frente de cada cadeira, tivesse uma camerazinha pequenininha que filmasse as reações das pessoas. Se isso existisse, vocês veriam que em Kill Bill eu ri e chorei muito, muito; tapei e revirei os olhos, fiz as mais variadas caretas, tapei a boca com as duas mãos para não gritar de surpresa, mordi a mão de aflição e soltei uns 50 mil suspiros. Acho impossível fazer essa classificação que estão fazendo: qual é melhor? Volume 1 e 2 são tão diferentes que é como querer comparar um filme de ação e um de drama. Só sei que a saga inteira é perfeita, maravilhosa e tem tudo que eu espero de um filme. Na próxima encarnação eu queria ser o Tarantino, mesmo que precisasse ser parecida com o Samuel Rosa. Nem me importo.

sexta-feira, outubro 22, 2004

Recebi esse texto por e-mail, de um amigo meu, antes do primeiro turno e acabei não arrumando tempo para blogar. Acontece que gostei do que ele escreveu, concordo e me redimo da omissão, blogando agora:

Caro(a) paulistano(a),

Você já fez alguma vez na vida uma reflexão séria sobre o porquê de elegermos um prefeito para a nossa cidade?

Há pessoas que acreditam que precisamos de um prefeito para os carros paulistanos (e não para os cidadãos). Esses provavelmente contribuirão para a eleição de um candidato específico e eu não me incluo entre eles. Há outros que acham que o prefeito deve simplesmente fazer "a cidade funcionar", ser um "administrador técnico", pretensamente acreditando que esse "técnico imparcial" exista. Esses, entre os quais eu também não me encontro, não se perguntam "funcionar para quem?". É claro que não existe administração política técnica e imparcial (simplesmente pelo fato de ser uma administração política), mas essas pessoas escolherão um outro determinado candidato.

Em que cidade, afinal, merecemos viver? O que Marta fez, em quatro anos de administração municipal, para contribuir para a construção dessa cidade que desejamos?

Marta fez CEUs, fez alguns passa-rápido, reestruturou o transporte coletivo municipal, contribuiu decisivamente para a revitalização do centro da cidade, repavimentou ruas e avenidas, tapou buracos no asfalto, criou o leva-e-traz, implantou uma merenda escolar decente nas escolas municipais... Mas e daí?! Uma cidade não vive apenas disso.

Não sei se todos vocês repararam, mas a cidade anda mais bonita. Os tais "coqueiros", alvo de uma das mais nefastas campanhas políticas da História dessa cidade, são apenas parte do que a prefeitura conseguiu fazer nesse sentido. Hoje em dia eu vou trabalhar a aproximadamente 13 quilômetros da minha casa, passando por vias arborizadas (há, aliás, muitas espécies de árvores diferentes - e de plantas rasteiras também). Passo todos os dias por uma avenida importante da cidade, em que os postes de luz estão prateados (e não pretos, encardidos, como há muito tempo). Vejo com orgulho pontos de ônibus bonitos, com letreiros eletrônicos que passam, em vermelho, informações sobre as linhas daquele passa-rápido específico. Vejo obras em uma outra importante avenida da cidade para passar a fiação dos postes (símbolo máximo da deterioração da cidade, depois do minhocão) por baixo das calçadas. Depois ouço a campanha do candidato do PSDB (que, segundo José Simão, quer se eleger administrador de hospital), e respondo quase revoltado: me desculpe, senhor Serra, mas eu quero viver em uma cidade bonita.

Vamos mais além. O que representam os passa-rápido e os CEUs como lugares simbólicos (mais do que como obras reais)? Há candidatos que definem os CEUs como "obras faraônicas". Há uma série de problemas nos CEUs - principalmente pedagógicos -, mas este certamente não o é. Que político deste país já investiu R$ 20.000.000,00 de reais em um bairro da periferia para fazer alguma coisa que atendesse, primordialmente, as necessidades da população daquele lugar? Que prefeito desta cidade usou o mapa de exclusão social do Município de São Paulo para definir, de acordo com as áreas de maior pobreza e exclusão social, onde seriam construídas estas escolas?

E os passa-rápido? Há alguns candidatos que teimam em chamar essa nova estrutura de organização do transporte coletivo municipal de "corredores de ônibus". São pessoas que, ou de má fé, ou por ingenuidade, não repararam que eles são substancialmente diferentes dos corredores de ônibus tradicionais, também pelo fato de serem bonitos. Vamos ver o passa-rápido da Rebouças, por exemplo. A Rebouças tinha três - e em alguns trechos quatro - faixas na prática abertas aos carros. Hoje tem apenas duas em toda a sua extensão. Eu passo na Rebouças todos os dias de carro. E o meu depoimento é o seguinte: além de estar mais agradável, passo menos tempo hoje, no trânsito na Rebouças (de carro) do que passava há dois anos. Para quem vai de ônibus, então, nem se fale! Pessoas que demoravam ali cerca de uma hora demoram hoje 30 minutos. Muitas pessoas, aliás, têm deixado seus carros em casa e usado os ônibus por que o transporte coletivo nesta cidade finalmente ganhou prioridade sobre o automóvel particular e o serviço está melhor.

Os ônibus dos passa-rápidos, que o cidadão toma usando o seu bilhete único, têm na placa que mostra o itinerário não apenas avenidas, mas também os CEUs por onde eles passam. Isso é uma mudança magnífica nesta cidade: as escolas (que funcionam também como centros comunitários e culturais e que aquelas pessoas que não entenderam nada chamam de "escolões") se transformaram em pontos de referência importantes para uma imensa parte da população da cidade.

Votarei em Marta não por que ela criou o leva-e-traz, não porque construiu túneis ou construirá CEUs Saúde, mas principalmente porque ela conseguiu dar o ponta-pé inicial para que essa cidade se transforme verdadeiramente em uma cidade mais humana, mais habitável, uma cidade em que queremos morar. Isso se consegue quando a população como um todo se sente valorizada pelo poder público. E é isso o que essa administração municipal conseguiu fazer. Os cidadãos paulistanos hoje vêem a administração municipal funcionando para que as coletividades se desloquem com maior eficiência. Vêem a sua cidade poluída e congestionada ganhar tons de verde inimagináveis há alguns anos. Observam, quando conseguem reparar para fora das janelas de seus carros, pessoas mais satisfeitas nos pontos de ônibus. Enfim... gostam mais, hoje, de morar em São Paulo do que há pouco tempo.

Como disse meu barbeiro outro dia, "se houver justiça, Marta tem que ganhar essas eleições".

Um abraço,

Daniel Vieira Helene
historiador e professor

quarta-feira, outubro 20, 2004

Procura-se um domador de gênios, com experiência comprovada. Gratifica-se bem.

terça-feira, outubro 19, 2004

Acabou de acontecer uma coisa tão horrenda e vergonhenta que eu não consigo nem descrever. Mas tenho a impressão que minha cara vai ficar vermelha para sempre. Estou me sentindo que nem a Elaine, naquele episódio do Seinfeld em que ela fica amiga de um rabino que mora no prédio dela e decide desabafar com o cara. Ela conta todos os podres dos amigos dela para o rabino e fala mal de todos eles. À noite, o rabino repete todas as palavras da Elaine em seu programa de televisão.
Quando foi com ela, eu achei engraçadíssimo e adorei que a Elaine se deu mal. No meu caso, não achei graça nenhuma. Garght.

sexta-feira, outubro 15, 2004

Mais um capítulo da novela "Surreal Days of Our Lives":

Estava eu ontem subindo a Itapeva para ir pra casa, praguejando contra a chuva, completamente alheia aos acontecimentos do mundo, quando um grupinho de pessoas bloqueou minha passagem. Praguejei contra eles também e dei uma olhadinha rápida, só para fazer a praga pegar. Já ia esquecendo o assunto quando uma voz conhecida (e odiada) me fez olhar de novo. E adivinhem quem estava no meio da roda, dedo em riste, defendendo a pena de morte para os criminosos??? Ele mesmo, a lenda, o monstro, o demônio. Paulo Maluf, em carne, osso e malignidade, rodeado de taxistas. Soltinho da silva, nenhum segurança em volta, nenhuma escolta, nenhum jornalista. Fiquei tão passada que não consegui esboçar reação, a não ser um imbecil "como assim??". Três minutos depois comecei a me remoer de raiva. Nunca mais vou ter uma oportunidade dessas. Eu podia ter cuspido nele. Podia ter jogado uma pedra na cara dele. Podia ter enfiado o dedo no olho dele. Podia pelo menos ter xingado a mãe dele. Mas só consegui soltar aquele "como assim?" Decidi que vou andar agora com uma garrafinha de água benta na bolsa. Se eu voltar a ter essa chance um dia, jogo a água benta nele. Tenho certeza que ele derrete.
Quando o livro do Queer Eye chegou aqui para ser preparado e traduzido, falaram tanto que não podia contar pra ninguém que ia sair, que depois eu até acabei esquecendo. Pois é, mas foi a Pólen que fez e foi uma delícia. Além de ser bonito, tem umas receitas óoooootemas de drinks.

quinta-feira, outubro 14, 2004

Assisti "Monster", aquele filme que rendeu o Oscar de melhor atriz à Charlize Teron. O filme é legal e tudo. Mas sendo a personagem principal uma mulher basicamente desprovida de atrativos, não seria mais simples terem escalado uma atriz um pouco menos linda que a Charlize, ao invés de encherem a pobre de maquiagem, dentes falsos e uns mil quilos a mais na tentativa de deixá-la feia? Eu não entendo esses diretores, definitivamente não entendo.

sexta-feira, outubro 08, 2004

Hoje o ideal teria sido ficar doente, bem quietinha em casa.
Infernos quintuplos.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Ok, vou ignorar a tristeza que me invade por ter um blog todo feio e com as imagens quebradas e fazer de conta que está tudo bem.
Namorido me convenceu a tirar a bunda do sofá e acompanhá-lo em sua investida esportista. Eu mal chego em casa e ele já me bota para correr; é um misto de personal trainer com general do exército e demônio dos infernos. Ele não me deixa diminuir o ritmo, não escuta minhas reclamações e só posso beber água duas vezes durante o percurso. E ainda sou obrigada a correr pelo menos um quilômetro (mais do que isso meu pulmão explode). Enquanto estou correndo, apesar da pista cheia de árvores e do cheiro muito bom de mato, tudo que eu quero é matá-lo. Acho que o que me motiva a correr é a vontade de alcançá-lo e esganá-lo. Mas depois que recupero o fôlego, a respiração volta ao normal e eu paro de imaginar que meu coração vai sair pela boca e eu vou demaiar, me sinto muito bem. Ontem eu estava com um humor de cão, no pico da TPM, chorando com comercial de margarina. Mesmo assim, fui arrastada para o parque. Voltei para casa feliz da vida, cantarolando, cheia de endorfinas correndo nas veias e me sentindo super magra-sarada-esportista-gostosa. Claro que não me olhei no espelho, pois quero manter essa sensação até a próxima corrida.

terça-feira, setembro 28, 2004

Terminei hoje a edificante leitura de "A Vida Sexual dos Ídolos de Hollywood". Li e gostei, tá? Fiquei pensando: se até aquelas divas maravilhosas do cinema, as mulheres mais lindas, elegantes e sensuais que já existiram, tomaram milhares de pés-na-bunda e sofreram traições de todos os tipos (e publicamente, o que é ainda pior), quem sou eu para reclamar? E os homens então? Um monte deles acabou curando a dor de cotovelo em bares cheios de fumaça.
Rita Hayworth sofria de um complexo de inferioridade do tamanho de um bonde e só se envolvia com cafagestes que a exploravam e batiam nela. James Dean não sabia bem se preferia meninas ou meninos e, quando se apaixonou, ela se casou com outro. Ava Gardner e Frank Sinatra passaram a vida tendo brigas homéricas, no maior estilo barracos do Ratinho, até se separarem definitivamente. Daí ele se casou com Mia Farrow e Ava, despeitada, declarou: "Sabia que ele acabaria na cama com um rapaz". Grace Kelly dormiu com metade da população mundial sem nunca demonstrar um pingo de vulgaridade ao seu público, que nunca desconfiou dessa sua faceta. E no final ainda virou princesa, com direito à teste de virgindade e tudo.
Tudo isso ainda deve acontecer hoje, o que mudaram são os ídolos. Não enxergo essa aura de divindade em ninguém que esteja nas telonas atualmente. Quem chega um pouco perto disso é Gisele Bundchen, desde que mantenha a boquinha bem fechada. Luana Piovani também chegava, mas daí mostrou a periquita e perdeu a graça. Dos moços, não me ocorre ninguém.
Credo, falei tudo isso quando bastava eu dizer que achei o livro bem legal...

segunda-feira, setembro 27, 2004

Eu seria a pessoa mais feliz do mundo se pudesse comprar esse livro imediatamente. Vida cruel.
Nessa época de escassez de novidades em que todos estão migrando para os famigerados fotoblogs, é muito, muito gostoso descobrir um blog tão divertido quanto O filho do pai dos burros.
As definições do filho são certamente mais interessantes que as do pai. Veja uns exemplos:

Álcool:
Líquido com muitas utilidades. Pode vir de muitos lugares (cana-de-açúcar, uva, batata, trigo), mas geralmente vem do bar mesmo.

Anestesia:
Pequena dor que você sente para não sentir uma dor grande.

Cupido:
Mistura de Santo Antônio com Hobin Hood.

Prolixo:
Pessoa que fala muito e diz pouco. Não confundir com gago.



quinta-feira, setembro 23, 2004

Confesso que invejo muitíssimo o Gordo. Um dia ele resolveu que queria emagrecer e perdeu 30 quilos. Segunda-feira, depois de um pequeno acidente, ele comentou: "hum, acho que vou parar de fumar". E não pôs mais nenhum cigarro na boca desde então. Assim, sem mais. Também está indo correr no museu todos os dias.
COMO ASSIM uma pessoa consegue ser tão decidida, meu Deus?? Como? Eu passo meses me preparando para cada mudancinha mínima, ele simplesmente decide e faz, sem nem pensar duas vezes.
Admiro, admiro e admiro. Mas só conseguiria ser como ele depois de uma lavagem cerebral.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Eu sempre fui meio eremita, sempre gostei de ter uns momentos de solidão e de me isolar do mundo. Às vezes tenho uma necessidade incontrolável de ficar completamente só com os meus botões. O que me preocupa é que está se tornando cada vez mais frequente a vontade de desaparecer. Agora eu não quero mais ficar dentro da baleia como Mestre Jonas, mas quero ir para algum lugar onde ninguém me conheça, ninguém saiba meu nome, ninguém dê a menor importância para a hora que vou ou volto. Onde eu não precise atender telefone, dar explicação nenhuma ou sorrir quando não tenho vontade, onde eu possa ficar dias e dias falando só comigo e mais ninguém. E sinto que enquanto eu não conseguir um tempo para dar uns berros comigo mesma, tudo vai continuar um caos.

terça-feira, setembro 21, 2004

Nesse momento eu gostaria que minha mesa de trabalho ficasse dentro de uma piscina Aquaplast. Garght.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Lá se foi o último Ramone que contava. Cada vez que um deles morre, me sinto um pouco orfã já que, por causa deles, minha adolescência foi inesquecível. Por causa deles aprendi a tocar bateria, por causa deles aprendi a fugir de punks gigantonas que sempre queriam roubar minha camiseta, por causa deles conheci tantas outras bandas que me fizeram muito mais feliz. Enfim, graças à eles, vivi algumas histórias bem divertidas de contar. Então, quando cada um deles vai embora, é como se essas histórias também fossem enterradas (ou, no caso de Johnny, cremadas) junto. É sempre uma tristeza. Agora, me resta colocar os CDs deles no volume mais alto que conseguir, para me lembrar desses tempos. Descanse em paz, Johnny.

segunda-feira, setembro 13, 2004

Ah, então foi isso que aconteceu comigo? Que sem-graça, gostava mais quando não tinha explicação.

(Se bem que eu achei essa explicação meio furada.)

sexta-feira, setembro 10, 2004

Vontade de dar um beijo na carequinha do meu editor de frilas, que me liga para dizer que posso mandar o texto (que era pra hoje) para ele na segunda-feira. Por que todos os chefes não são assim, do tipo que ligam para dar boas notícias? Por que todos, no final das contas, sempre acabam ficando com a cara do corvo do mau-agouro?

quarta-feira, setembro 08, 2004

Eu adoro a emoção de deixar as coisas para a última hora. Sou assim desde que abandonei o ventre de mamãe e assim serei até dobrar o cabo da boa esperança. Então, por favor, não me estorva.

sexta-feira, setembro 03, 2004

Diário da dieta :


Diário,

Hoje começo a fazer dieta. Preciso perder 8 kg. O médico aconselhou a fazer um diário, onde devo colocar minha alimentação e falar sobre o meu estado de espírito. Sinto-me de volta a adolescência, mas estou muito empolgada com tudo. Por mais que dieta seja dolorosa, quando conseguir entrar naquele vestidinho preto maravilhoso, vai ser tudo de bom.

Primeiro dia de dieta.
Um queijo branco. Um copo de diet shake. Meu humor está
maravilhoso. Me sinto mais leve. Uma leve dor de cabeça talvez.

- Segundo dia de dieta.
Uma saladinha básica. Algumas torradas e um copo de iogurte. Ainda me sinto maravilhosa. A cabeça dói um pouquinho mais forte, mas nada que uma aspirina não resolva.

- Terceiro dia de dieta.
Acordei no meio da madrugada com um barulho esquisito. Achei que fosse ladrão. Mas, depois de um tempo percebi que era o meu próprio estômago. Roncando de dar medo. Tomei um litro de chá. Fiquei mijando o resto da noite. Anotação: Nunca mais tomo chá de camomila.

- Quarto dia de dieta.
Estou começando a odiar salada. Me sinto uma vaca mascando capim. Estou meio irritada. Mas acho que é o tempo. Minha cabeça parece um tambor. Janaina, minha colega, comeu uma torta alemã hoje no almoço. Mas eu resisti.
Anotação: Odeio Janaina

- Quinto dia de dieta.
Juro por Deus que se ver mais um pedaço de queijo branco na minha frente, eu vomito! No almoço, a salada parecia rir da minha cara. Gritei com o boy hoje! E com a Janaina. Preciso me acalmar e voltar a me concentrar. Comprei uma revista com a Gisele na capa. Minha meta. Não posso perder o foco.

- Sexto dia de dieta.
Estou um caco. Não dormi nada essa noite. E o pouco que consegui sonhei com um pudim de leite. Acho que mataria hoje por um pedaço de brigadeiro...

- Sétimo dia de dieta.
Fui ao médico. Emagreci 250 gramas. Tá de sacanagem! A semana toda comendo mato. Só faltando mugir e perdi 250 gramas! Ele explicou que isso é normal. Mulher demora mais emagrecer, ainda mais na minha idade. O maluco me chamou de gorda e velha! Anotação: Procurar outro médico.

- Oitavo dia de dieta.
Fui acordada hoje por um frango assado. Juro! Ele estava na
beirada da cama, dançando can-can. Anotação: O pessoal do escritório ficou me olhando esquisito hoje, Janaina diz que é porque estou parecendo o Jack do Iluminado.

- Nono dia de dieta.
Não fui trabalhar hoje. O frango assado voltou a me acordar,
dançando dança-do-ventre dessa vez. Passei o dia no sofá vendo tv. Acho que existe um complô. Todos os canais passavam receita culinária. Ensinaram a fazer Torta de morangos, salpicão e sanduíche de rocambole. Anotação: Comprar outro controle remoto, num acesso de fúria, joguei o meu pela janela.

- Décimo dia de dieta.
Eu odeio Gisele B.

- Décimo primeiro dia de dieta.
Chutei o cachorro da vizinha. Gritei com o porteiro. O boy não
entra mais na minha sala e as secretárias encostam na parede quando eu passo.

- Décimo segundo dia de dieta.
Sopa.
Anotação: Nunca mais jogo pôquer com o frango assado.
Ele rouba.

- Décimo terceiro dia de dieta.
A balança não se moveu. Ela não se moveu! Não perdi um mísero grama! Comecei a gargalhar. Assustado o médico sugeriu um psicólogo. Acho que chegou a falar em psiquiatra. Será, só porque eu o ameacei com um bisturi?
Anotação: Não volto mais ao médico, o frango acha que ele é um
charlatão.

- Décimo quarto dia de dieta.
O frango me apresentou uns amigos. A picanha é super gente boa, e a torta, embora meio enfezada, é um doce.

- Décimo quinto dia de dieta.
Matei a Gisele B! Cortei ela em pedacinhos e todas as fotos de
modelos magérrimas que tinha em casa. Anotação: O frango e seus amigos estão chateados comigo. Comi um pedaço do Sr. Pão. Mas foi em legítima defesa. Ele me ameaçou com um pedaço de salame.

- Décimo sexto dia.
Não estou mais de dieta. Aborrecida com o frango, comi ele junto com o pão. E arrematei com a torta. Ela realmente era um doce.
Ontem saí de casa toda meia-estação, preparada para o calorzinho da tarde e o frio da noite, nunca para aquele calor senegalês. Deu a hora de ir embora e eu sem coragem de me arrastar até em casa debaixo daquele bafo quente da Paulista e de me espremer no busão cheio das seis da tarde, com um bando de gente suada e fedida (como eu). Daí Saci Perequê me salvou a vida, convidando para a mais bem-vinda cervejinha que tomei nos últimos tempos. Sentadinhos ni bar, tomando uma brisa fresca, vários chopes geladinhos e jogando conversa fora. O que mais eu poderia querer dessa quinta-feira escaldante?

quinta-feira, setembro 02, 2004

Preciso urgentemente fazer todas aquelas coisas de mulherzinha, como cortar e pintar o cabelo, fazer a unha, a sombracelha, depilação, limpeza de pele. E não é porque estou com frescurinha nem nada, é porque estou MESMO parecendo o Sasquatch.
Agora preciso sair explorando o novo bairro em busca de um bom instituto.

terça-feira, agosto 31, 2004

Jesuis, o que está acontecendo com o dia de hoje, que não passa???? Faz umas três horas que são cinco horas. Será que é porque eu vou ter que trabalhar até mais tarde hoje? Será que é porque eu acordei às cinco da manhã para fazer um frila? Será que eu estou desocupada? Será que é porque estou ansiosa pelo novo episódio de NipTuck?
Não sei. Que tédio imenso.
***suspiros***

segunda-feira, agosto 30, 2004

Classificados descontrol:

Alguém aí está interessado (ou conhece quem esteja!) em comprar um corsa sedan 97, prata, lindo, fofo, inteirinho, completinho, todo elétrico, com CD e tudo mais? Único dono, oportunidade imperdível e na minha mão é mais barato.
O porre homérico de sexta rolou e foi feio, por isso não vou falar sobre ele. De volta à sobriedade até a próxima sexta-feira.

sexta-feira, agosto 27, 2004

Preciso sair para tomar todas e mais algumas hoje!! Um porre homérico! E é justamente isso que vou fazer daqui a pouco, se Alá o permitir.

quinta-feira, agosto 26, 2004

Ódeo.
A nova campanha ridícula anti-fumo do ministério da saúde já está em voga. Fotos feias e com péssimo tratamento de gente sem perna, sem boca, fetos em potinhos, um monte de coisas toscas. Daí ontem tive que ser a freguesa escrotinha da padaria. Veio uma foto vomitante de uma barata e um rato morto no meu maço. Pedi pra trocar o maço, com cara de nojo, e a vendedora não entendeu e perguntou: ué? Eu não respondi, só virei a foto. Ela deu um gritinho e disse: "Argh, credo, claro que troco. Vou guardar esse pra vende pra um homem porque mulher nenhuma vai querer isso". Daí ela me deu um maço com a foto do cigarro broxa e fui embora feliz com a compreensão dela.
Nunca dei a menor pelota pra essa palhaçada de campanha, e continuava não me importando com as fotos de mutilações novas. Mas barata e rato eu não aguento, é baixo demais. O que será que o ministério pensa? Que eu vou ver a foto e falar: "nossa, vou parar de fumar imediatamente porque as substâncias do meu cigarro matam ratos e baratas". Abrir mão de ganhar uma grana louca em cima dos impostos do cigarro você não quer né, bebé? Acho um inferno essa pegação no pé dos fumantes, faço questão de jogar fumaça na cara de gente que dá tossidinhas ou abanadinhas e respondo com má-criação gente que vem me alertar dos malefícios do meu vício. Não vivo numa ilha deserta e sei de todos eles. Se eu vou morrer de um câncer horrível e doloroso, ou de uma trombose debilitante ou de um aneurisma, eu mereço ainda por cima ficar vendo foto de rato e barata nojento?? Já não me basta ser uma pária da sociedade que vai morrer lenta e dolorosamente? Das duas uma: ou vou continuar enchendo o saco dos vendedores pra trocar o maço ou vou comprar um bonito cartãozinho de pinups sexys para colocar no maço e tampar essas fotos ridículas.
Acho que o ministério devia ir se ocupar da fila do SUS em vez de encher o saco de viciados que enchem o cu deles de grana dos impostos. Ódeo profundo e infinito.
E sim, eu sou prolixa.
Eu nunca mais vou ter paz na minha vida. Acabei de comprar minha melissa esmeralda e vi que no site já tem a coleção 2005. Tem um modelo, chamado Sugar, que nunca mais vai me deixar dormir: preto ou verde???

terça-feira, agosto 24, 2004

Ontem estava passando LA Confidential na TNT. Já vi esse filme umas vinte vezes, e ontem vi de novo. Era um dos meus favoritos. Mas agora estou lendo o livro, do meu idolo-mor James Ellroy. E é tãaaaao melhor. Não quero que acabe nunca. Por outro lado é uma merda, porque aí fico achando o filme ruim, fico achando que o roteiro foi mutilado e pensando "Onde já se viu cortarem aquela parte, era tão importante!! Cadê fulano? E Ciclana?? Que absurdo!"
No filme, por mais que fique claro que a polícia é corrupta e todos os heróis sejam escrotos, eles sempre precisam ter a imagem de heróis. No livro eles são muito mais escrotos, mas suas personalidades são muito mais complexas. E Guy Pierce subiu muito no meu conceito. Foi ele quem melhor entendeu seu personagem e o interpreta muito bem, até o jeito de andar ("como se tivesse um cabo de vassoura enfiado no rabo", nas palavras do próprio Ellroy) está perfeito. Kevin Spacey também é muito bom, só não ficou melhor porque dilaceraram a personalidade do seu Jack Vincennes, transformando-o em apenas um ególatra muito charmoso. Ele é isso mesmo, mas também é um alcoólatra com o rabo preso em toda parte que morre de medo de ser mandado para a câmara de gás por ter matado dois turistas inocentes num dia em que estava bem louco. Russell Crowe é o mais fraquinho ali. Fez o Bud White ficar parecendo um brutamontes idiota, o que ele definitivamente não é.
Se pudesse, ficaria o dia todo falando sobre o livro e o filme. Quem não viu, veja, quem não leu, leia. Nenhum dos dois vai mudar sua vida, mas ambos vão garantir horas e mais horas do entretenimento classudo e chamoso típico dos anos 50.

Atualização: Acho que gosto tanto dessa história porque a mistura bem-dosada dos três escrotos resultaria no homem da minha vida.

segunda-feira, agosto 23, 2004

Lá se foi o brasileirinho no tropicão de Daiane. Coitada, fiquei com dó. Acho que foi uruca da imprensa maldita, que ficou botando uma pressão louca. Mas logo em seguida me rendi aos encantos da Hello Kitty chinesa, com sua carinha de criança de 4 anos. Pra mim ela é que nem o Gato de Botas. Por mais adversária que seja, você não consegue odiá-la, porque ela é tãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao fofa!!!!
Mas, de qquer forma, acho que quem vai levar o ouro vai ser alguma Romena feia, pra variar.
Poisé, poisé, poisé. Vai ter uma festa do Chaves de verdade, com sanduíches de presunto, refresco de tamarindo e pirulitos do Kiko. Não perco por nada desse mundo!!

sexta-feira, agosto 20, 2004

Eu queria não ter saído de casa hoje. Saí sabendo que teria um dia de merda: tomar bronca de um entrevistado e marcar duas entrevistas chatas que não quero fazer. Agora estou naquele limbo, sabendo que tenho de fazer essas coisas, mas sem coragem, protelando. Isso vem se arrastando desde ontem e pode ser que se arraste até segunda, mas daí sei que terei um final de semana sofrido no meio. Então é melhor eu fazer logo. Mas cadê vontade?
A verdade é que qualquer um que fale mal de Bush tem minha simpatia. Mesmo que fale "Ele é bobo e feio", já tem minha simpatia. Mesmo que não se apóie em bases sólidas, mesmo que seja manipulador, sensacionalista, megalomaníaco. Por isso tenho Michael Moore em alta conta. Acho que existem duas maneiras de assistir os filmes dele. Como entretenimento e como documento (levando em conta que ele faz documentários, acho a segunda mais válida). E acho importantíssimo que exista um documento sempre e sempre lembrando a todo mundo como foi mesmo que ele ganhou a eleição, se o filme falasse só sobre isso já seria bem importante. Mesmo que mais da metade das coisas mostradas no filme fossem mentiras, ainda assim seria importante. Queria do fundo do meu coração que alguém documentasse as nossas maracutaias, material e personagens não faltam. O método pouco me importa. Só acho que seria uma boa maneira de combater a amnésia coletiva que acomete o povo brasileiro.
Como entretenimento, entretanto, Columbine é muito melhor.

terça-feira, agosto 17, 2004

Santa Madre de Dios que este jogo de vôlei está por demais emocionante. Até eu, que odeio vôlei e acho Olimpíadas uma coisa chata, estou roendo as unhas! Arre!!Momento Descontrol
Ordeno que meu corpo pare de sentir esse sono absurdo imediatamente!!!

sexta-feira, agosto 13, 2004

Orkut tem umas comunidades muuuuuito engraçadas. Achei uma que chamava "Odeio link de mina no emeesseene". A descrição era: É isso ae, odeio mesmo, nicks com mais de 3 linha falando sobre carinho afeto e chifres. Pior são aquelas que ficam entrando e saindo pra todo mundo ver que mudou! Esse espaço é aberto a mulheres que também abominam esse comportamento "moranguinho"!
E o pior é que é um saco mesmo, uma das coisas mais cafonas da face da terra. E eu tenho um monte de amigas que faz isso!! Aderi na hora!

terça-feira, agosto 10, 2004

Chego do almoço e tem dois recados na minha mesa, com a letra da estagiária:
um: Dr. Fulano ligou confirmando a entrevista.
Penso: "Oh, que bom, mais um dia como outro qualquer"
O outro (três post-its): "Sua mãe ligou e disse que NÃO é para vc empanar o frango temperado pois a sopa de cebola é salgada e vai ficar ruim. É pra vc fritar ou assar com batatas que vai ficar muito melhor. Ela disse pra vc só colocar as batatas no forno depois que elas já estiverem meio cozidas, senão ficam duras".
Fiquei passada. Só faltou ela passar a receita da sobremesa também. Minha mãe é muito, muito sem-noção.
Me senti em um episódio de "Everybody Loves Raymond". Socorro.
Garght. Meu coração acaba de se partir em uns 80 mil pedacinhos.
Ai que dureza.
Ler Agatha Christie no ônibus não dá certo. Já perdi o ponto duas vezes!!
Inferno.

quinta-feira, agosto 05, 2004

Meninas prendadas do meu Brasil, vamos mandar umas receitinhas pra tia aqui, vamos? A nulidade só sabe fazer bife e nuggets e meu amantíssimo esposo não come carboidratos nem frituras depois das 18h00. Ou seja, nada de arroz, batatas, massas, todas aquelas coisas boas. Minha criatividade na cozinha é zero. Estou desesperada. Por favor me mandem receitinhas lights e boas de jantar, hein, hein? Depois eu juro que conto os resultados!

segunda-feira, agosto 02, 2004

Então, daí no sábado eu casei. Fizemos uma festinha, que acabou se transformando num festão e durou 12 horas: das duas da tarde até às duas da manhã. Foi um entra e sai louco de gente o dia todo que deixou os porteiros e os vizinhos bem animados com os novos moradores do 91. Determinada hora acabou a comida, mas a geladeira estava abarrotada de cervejas. Pra não sobrar, bebemos tudo e ninguém mais falava nada com nada e o pequeno espaço da nossa casa se transformou num palacete de bêbados. Ganhei umas coisas maravilhosas, de babar - especialmente copos de todos os tipos (até de saquê. Inclusive ganhei também uma garrafoooooooona de saquê. Valeu MESMO Dini!). Imagino que o fato de termos ganhado tantos copos queira dizer algo sobre a forma como nossos amigos nos vêem. De qualquer forma, foi divertidíssimo, animadíssimo, uma completa delícia. Pena que não consegui ouvir uma única conversa até o final. No domingo acordei cheia de dúvidas sobre os mais variados assuntos. E me surpreendi com o apezinho!! Acomodou todo mundo bonitinho, ninguém precisou sentar na cabeça de ninguém (aqui abro outro parentêses para agradecer à amada Casé, que levou banquinhos e cadeiras providenciais), todo mundo circulou e se enturmou. Espero que os convidados tenham se divertido tanto quanto o casal, que aprendeu direitinho a lição de "como receber amigos" dada pelo Queer Eye. A todos que foram: adorei muito!! Aos que não foram, azar e raivinha. Fica pra próxima, que agora eu animei.

quarta-feira, julho 28, 2004

Acabo de me dar conta de que só vou dormir mais duas noites na minha cama, no meu quarto. Só tenho mais dois dias para chegar em casa e encontrar a comida prontinha e o colinho de mamã me aguardando. Meu gato amado só vai me receber na porta mais duas vezes. Só vou tomar café da manhã ouvindo o padre Marcelo por mais duas vezes (Aleluia, senhor!). Só faltam mais dois dias para que eu possa tomar um banho inteiro sem que ninguém abra alguma torneira e faça o chuveiro ficar pelando, ou bata na porta perguntando: "Vai demorar?". Daqui a dois dias ninguém mais vai ficar me mandando comer mais frutas, botar mais blusas, levar guarda-chuva.
Vou sentir uma falta louca de tudo isso. Ou de quase tudo.
Se eu economizasse tudo que gasto em creminhos, sabonetinhos e máscaras, já teria dinheiro suficiente para fazer uma boa plástica.

segunda-feira, julho 26, 2004

Ontem estava passando Detroit Rock City na Sessão das Dez. Eu assisti inteirinho e gostei. E eu nem curto Kiss.
Estou com dor de garganta e sem voz. Tudo culpa do jogo de ontem. Mas valeu a pena. Ganhar da Argentina já é muito, muuuuuuuito bom, mas tirar o docinho da boca deles daquela maneira foi sensacional!!!!

quarta-feira, julho 21, 2004

Em meu terceiro curso na Universidade do Livro, tiro algumas conclusões:

Todo mundo que trabalha nessa área é muito, muito feio. E tem mau-gosto para roupas;
Todo mundo ganha muito, muito mal. Não sou só eu;
Todas as mulheres tem cara de mal comidas. E os homens tem cara de brochas;
Os mais velhos são arrogantes e azedos. Os mais jovens são animados e simpáticos e todos são meio parecidos com a Lisa Simpson.
80% dos alunos não acham graça nenhuma das piadas dos professores e não riem nem para serem simpáticos;
68% deles parece frequentar o curso apenas pelo lanchinho (que é ótimo mesmo);
Eu pareço ser a única na classe que não sabia que não se pode começar uma frase com pronome oblíquo. Pelo menos fui a única que não ficou com cara blasé quando ela disse isso. Aliás, eu não me lembrava mais do que era pronome oblíquo;
Essa profissão não tem nenhum glamour.

Ainda assim, gosto mais e mais desse processo. Talvez eu consiga conciliar as duas coisas e, com o auxílio da medicina avançada, cosméticos de primeira linha, boas amigas para dar conselhos sobre roupas e um marido bonito e bem-disposto, eu consiga fugir de todos os estereótipos que citei. Menos do fato de ganhar pouco e não saber o lance do pronome oblíquo.

segunda-feira, julho 19, 2004

Um conselho para quem estiver pensando em se mudar/casar/juntar: não o faça no inverno. Passei sábado e domingo vestida de galochas e luvas de borracha, lavando banheiro e cozinha e com frio até na unha do dedão. Gaaaaaarrrhhh!!

quinta-feira, julho 15, 2004

terça-feira, julho 13, 2004

Peguei Hell emprestado ontem e acabei ontem mesmo, estava interessante e li em menos de 3 horas. É o livro daquela moça francesa que diz ser uma putinha da pior espécie porque compra na Dior e devolve o prato 3 vezes no restaurante. Não achei ela tão putinha assim, ela é até simpática, embora banal. E fiquei meio irritada porque fui ler o livro atrás das surubas, orgias e festas regadas a drogas espetaculares que as resenhas haviam propagandeado. A menina fuma feito uma cavala, bebe três garrefas de vinho por jantar, cheira muita cocaína e dá pra todo mundo (separadamente, um por dia, e não todo mundo junto). Até aí, nada incomum e nada que eu já não tenha visto em meu círculo de amizades pobretonas. Aliás, eu tenho amigos pobretões muuuuuuuito mais ousados, ora. A diferença é que ela bebe champanhes de mil francos e a gente bebe lambrusco, eles andam a 150 por hora num porshe e a gente num corsinha 98. Mas nada de grandes bacanais, gente tendo overdose, gente se afogando no próprio vômito, gente transando com celebridades que gritam "faz um filho nessa nega". Enfim, achei que o dourado mundo dos ricos fosse muito mais interessante, pra falar a verdade. É igual ao nosso, só que com grife. Que merda.

segunda-feira, julho 12, 2004

Odeio obra. Até as mais simples. Porque enquanto o pedreiro fica lá mexendo nas coisas, eu fico tendo contrações estomacais esperando o momento em que vou ouvir "Iiiihh...". E tenha certeza, o "Iiiihhh" sempre vem. E a obra que estava programada pra durar duas horas, acaba levando três dias. Juro pela nossa senhora do sapato de bico fino que nunca mais, NUNCA MAIS, faço obra nenhuma em casa.

quinta-feira, julho 08, 2004

Eu era contra, mas até que estou gostando do Orkut. Ou melhor, não gosto dele, mas gosto muito do que ele faz. É muito bom reencontrar gentes com quem não falo há décadas e que eu supunha que nem sabiam mais meu nome. Elas não apenas sabem, como me mandam e-mails e a gente se reencontra e fica amigo de novo. Só hoje reencontrei três pessoas queridas, o que me deixou muito feliz, e uma pessoa que já foi muito querida mas há muito deixou de ser, o que me deixou melancólica. Porque fiquei até com um pouco de saudade e tudo, mas meus brios não me permitem fazer qualquer contato. De qualquer forma, é bom saber que ela continua igual, está bem e parece feliz. Coisa que eu jamais ficaria sabendo sem o Orkut. Ah, essa tecnologia.
O impossível aconteceu. Homem-Aranha 2 consegue superar o primeiro. Vou assistir 27 vezes.
As tiradas de humor são impagáveis, as cenas de ação são excelentes e a abertura é uma das coisas mais legais que eu já vi nesta vida. Mas o que mais me agradou foi o fato de Peter Parker estar mais nerd e loser ainda, mais gente como a gente (afinal, é por isso que ele sempre foi meu super-herói favorito). E vocês conseguiram achar o Stan Lee dessa vez? Meu passatempo predileto nos filmes da Marvel é procurar o Stan Lee, tipo onde está Wally.

quinta-feira, julho 01, 2004

Se sempre faltou pouco para meu cérebro ser confundido com geléia de uva, agora não falta mais nada. Derreteu de vez, com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Ontem entrei no chuveiro de sutiã (e demorei uns 10 segundos para perceber, quando ele já todo molhado). Hoje, no quilo, esqueci do prato e servi arroz na bandeja. Morri de vergonha.
Acho que devo consultar um doutor.

terça-feira, junho 29, 2004

quinta-feira, junho 24, 2004

No momento em que você lê este post, imagine um monte de fogos espocando, som de champanhe estourando e a música "Glória, glória, aleluia" de background


Finalmente alugamos um apê!!! Depois de tanta procura, desilusão, dor, ranger de dentes e muito bate-boca com corretores, achamos nosso ninho de amor. O prédio é bem bonitinho, tem jardineira na janela e duas porteiras (o feminino de porteiro e não porteira de portão) muito, muito simpáticas. Adorei o fato de serem porteiras. O apartamento é um ovinho, meus amigos terão de me visitar em turnos e eu e o Gordo não vamos poder brigar nunca, porque não há muito espaço que nos separe. Mas isso até que é uma coisa boa. Em compensação, é bem ensolarado e tremendamente aconchegante, a rua é super tranquila e os passarinhos cantam o tempo todo. Fui com a cara do lugar na hora em que pisei lá. Por sorte, o proprietário é muito camarada e ficou logo nosso amigo. Não vejo a hora de mudar!!!! Ansiedade atingindo picos.
Falando nisso, a sensação de ir morar com o amado é meio parecida com pular de paraquedas. Nunca senti tanto frio na barriga assim. Dá medo de pular e odiar, do paraquedas não abrir, de pular e imediatamente querer voltar atrás. Mas, ainda assim, eu quero muito pular. Tenho certeza que vou planar em um céu de brigadeiro.

terça-feira, junho 22, 2004

Como escrever um livro de auto-ajuda:

* Escreva frases óbvias, mas de efeito. Assim, quando as pessoas lerem, vão pensar: "Meu Deus, é exatamente isso que eu acho, esse cara é um gênio!". POr exemplo: "Não seja dependente de ninguém. Sua vida só pertence a você. MAs cultive suas amizades com carinho. Nada na vida é tão importante quanto os amigos."
* Ensine exercícios de respiração
* Use gírias
* Conte uma história pessoal bem triste, mas que foi bem-sucedida no final. Se não tiver uma, invente.
* Faça questão de um projeto gráfico bem horroroso, com cores fortes e fotos mal-recortadas. Se quiser ilusrar com desenhos, use cliparts.

Voilá. Espere uns seis meses até os royalts começarem a cair em sua conta e então compre um lindo barco de 40 pés. Se alguém vier reclamar que seu livro não serve pra nada, você mostra o barco e diz: "Como não? Pois eu acho que me serviu pra muita coisa". E fim de papo.

quinta-feira, junho 17, 2004

Estou feliz da vida com o trampo, cheia de novas atribuições. Daqui a algumas semanas provavelmente estarei reclamando disso, mas no momento estou achando ótimo. Finalmente estou fazendo preparações, revisões, traduções de verdade, não só de quebra-galho. Não que eu não goste dos meus jornaizinhos, dos meus entrevistadinhos. Eu gosto. Mas é que fazer os livros é tãaaaaaaaao mais legal. Acabei de preparar um livro sobre felinos (dar esse livro pra mim é o mesmo que dar banana pra macaco, né?) e agora estou fazendo um sobre desilusões amorosas. Este último, na verdade, está me deixando meio deprê e me fazendo pensar se todas as mulheres ficam maletas assim quando terminam o namoro. Se ficamos, não é à toa que terminaram conosco. Argh.
Mas enfim, gosto de fazer isso porque não parece que estou trabalhando. Parece que estão me pagando para ficar ali num troninho dizendo como os autores podiam escrever melhor. Estou a-do-ran-do.

segunda-feira, junho 14, 2004

Deviam inventar uma maneira da gente escrever os sonhos ENQUANTO estamos sonhando. As melhores idéias de roteiros acontecem quando estou dormindo e vou dizer uma coisa: são fantásticas. Porém, quando acordo e tento passar pro papel, não me lembro de 60% dos acontecimentos e daí tudo fica sem nexo algum. Inventem logo esse aparelho, senão vou morrer pobre.
Vida de cão
"Estimativa do Ipab (Instituto de Proteção aos Animais do Brasil) mostra que, de cada cem cães e gatos adquiridos em São Paulo, ao menos 50 são abandonados de diferentes formas em até 30 meses. Tanto pelos números oficiais quanto pelos da ONG ainda não se sabe ao certo o percentual de abandono premeditado, mas as próprias entidades reconhecem que ele vem crescendo.
(...)
No Brasil, um dos principais motivos do abandono é o desemprego e a crise econômica. Quando o orçamento aperta, o bicho de estimação também entra na lista de itens "cortáveis", compara Maurício, do Ipab."

A matéria completa está aqui: http://www1.folha.uol.com.br/revista/rf1306200404.htm
Acho absurdo e cruel abandonar o bicho, sob qualquer desculpa. Nem mesmo a crise financeira é justificativa. Se fosse assim, mendigos não teriam cães - e é raríssimo você ver um mendigo que não tenha sempre um fiel companheiro ao seu lado - geralmente gordo, muito bem nutrido e feliz. Isso é desculpa da classe média egoísta e escrota, que quer ter um bicho para estar na moda.
Se eu fosse presidente do mundo, ia punir os abandonadores com a pena de morte. Isso não se faz, em hipótese alguma.

segunda-feira, junho 07, 2004

Frio e cabelinhos curtos definitivamente não combinam. Tá foda aguentar esse vento gelado na nuca, sensação pior que essa só a de vento gelado no cofrinho, que é insuportável (por isso uso mijão). Para evitar esse desconforto, comprei dois cachecóis todos bonitões e tal. Mas não consigo me habituar a usá-los, fico me sentindo o Pequeno Príncipe e tenho medo deles se enroscarem em algum lugar (tipo a porta do metrô) e eu morrer enforcada. Ai Deus, faz esse frio ir embora logo!!!

sexta-feira, junho 04, 2004

Nossa, o frio chegou dicumforça mesmo né? Eu só costumava tirar o mijão e as luvinhas do guarda-roupa lá pra julho, agosto. Este ano ambos já estão na ativa.

segunda-feira, maio 31, 2004

Procurar casa já estava me dando no saco. Muita gente sem noção.
Parece que agora achamos, mas em todo esse tempo vimos umas coisas muito absurdas, umas disparidades que mostram que não existe padrão no mercado imobiliário. Numa mesma rua, um apartamento de um quarto por 850 reais (fora o condomínio, IPTU, taxa do lixo...) e uma casa enorme, com quintal, dois quartos, por 700. Não dá pra entender.
Mas o pior foi um predinho que vimos sábado. Predinho bonitinho, arrumadinho, mas simples. O condomínio: inacreditáveis OITOCENTOS reais. Fiquei muda quando o corretor falou, quase engasguei. Ele se justificou dizendo: "é que tem piscina...". Meu, minha irmã mora num puta condomínio de boy, todo arborizado, com pista de cooper, ciclovia, quadra de futebol, tênis e basquete, duas piscinas, três churrasqueiras, dois salões de festas, grande pra caralho e paga 400. As pessoas estão completamente loucas e sem noção e isso me deixa de muito mau-humor.
Ansiedade em grau máximo.
Dia 4: Harry Potter 3
Depois: Shrek 2
Depois: Hómi-Aranha
Dia 06/07: fim do Friends (dor, grande dor)
SÓ EM SETEMBRO, QUE ABSURDO: Kill Bill vol. 2

Não tenho nem conseguido dormir.

quarta-feira, maio 26, 2004

Garght, preciso urgentemente de um frila fixo ou de vários pequenos e constantes frilas. Disso depende a felicidade de um jovem casal e de um pobre bebe-cão abandonado. Qualquer ajuda será bem-vinda. É melhor pedir do que roubar. Deus te abençoe.

terça-feira, maio 25, 2004

Tem dias que eu tenho vontade de me aplaudir e gritar "Bravo!! Bravo!!" pra mim mesma.
Isso acontece quando me dou conta de que este ano, de um dia para outro, acordei muito mais prática e quase nada melodramática. Acordei assim, com essa mudança radical em mim. Não fico mais sofrendo, chorando e rangendo dentes durante um mês quando recebo uma notícia ruim. Quando muito, uns 10 minutos.
E quando eu penso nisso, fico até emocionada, meus olhos embargam, eu me faço uma reverência e me aplaudo entusiasticamente.
Bravo.
Tomei um susto ao ver como o Seinfeld está gordo e esquisito.
Mas continua bem engraçado.

sexta-feira, maio 21, 2004

Garght, ainda bem que essa semana está acabando. Passei muita, muita vergonha nessa semana horrenda.
Anteontem foi no busum. Fiquei gritando "vou descer, vou descer", mas a bosta do busum não parava naquele ponto. Eu já morro de vergonha de ficar gritando pro motorista quando tenho razão, imagine quando não tenho. Eu queria morrer.
Mas hoje foi pior. Tomei o maior capote de todos os tempos no metrô. Rolei igual um tatu bolinha escada abaixo. Quando a gente vê alguém caindo, parece tão rápido né? Mas deu tempo de pensar em tudo isso:
Vou...
tump (tump são os degraus nos quais eu fui quicando)
quebrar...
tump
o...
tump...
pescoço...
tump
e...
tump
morrer
pof (pof foi o barulho que fez quando eu parei de cair e fiquei deitada de ponta-cabeça).
Quando parei de rolar, já vi que não tinha quebrado nada nem acontecido nada mais sério. Mas fiquei sentada nos degraus fazendo cara de confusão e dor, pras pessoas rirem menos. O moço solícito que estava segurando meus livros (que saíram voando para todos os lados) estava conseguindo segurar a risada estoicamente (embora estivesse roxo), mas daí uma velhinha me perguntou: "nossa, bem, que aconteceu?" e eu respondi: "Nada, eu só rolei". Daí o moço explodiu de rir na minha cara. Na verdade, agora até eu estou com vontade de gargalhar desse tombo ridículo, mas dói minha costela quando eu respiro fundo.
Aposto que é castigo por ter desejado que todo mundo caísse no barranco.

quarta-feira, maio 19, 2004

A biografia de James Ellroy consegue ser ainda melhor do que as histórias que ele inventa. E eu achava que era impossível existir algo melhor que as histórias que ele inventa. "Meus Lugares Escuros", autobiografia do meu escritor favorito e ídalo-mor de todos os tempos, é tão-tão-tãaaaao bom, tão bem escrito, que dá vontade de chorar.
Ontem fiquei lendo até 2 da manhã, anteontem também. Estou obcecada.
Hoje o dia está sendo um pé no saco. Odeio todo mundo. Quero que todo mundo capote e role ladeira abaixo. Quero que as pessoas parem de trombar em mim na avenida Paulista. Estou com um sono infinito. E meu cabelo acordou feio.
E-ca.

segunda-feira, maio 17, 2004

Aos finais de semana eu passo por um grande dilema. Eu quero ficar com o namorido, mas as vezes a gente não faz nada e ele fica assistindo o canal Discovery (que me dá sono) ou algum filme chato que o irmão dele aluga, tipo Parque dos Dinossauros 3 (que me dá vontade de cometer suicídio). E nessas horas eu fico pensando que preferia estar em casa jogando The Sims, que é o que eu faço quando estou sem nada para fazer.
Por isso estou tão animada em juntar os trapinhos. Assim poderei ficar com ele E jogar The Sims ao mesmo tempo. Nada poderia ser mais perfeito do que isso.

quinta-feira, maio 13, 2004

Acabou a lua de mel com o tramps.
Hoje faltou muito pouco para eu mandar o cliente tomar no rabo. E ainda tive chiliquinho, joguei o caderno na parede, chutei o computador e passei o dia rosnando.
Tudo normal de novo.

quarta-feira, maio 12, 2004

terça-feira, maio 11, 2004

Oh.
Ontem passou o último capítulo de Mad About You de novo e chorei loucamente de novo.
Que raiva de ser pieguinhas assim.
Mas é que é Mad About You é tão bonitinho, puxa.

segunda-feira, maio 10, 2004

Nossa, o blogs tá todo novo, todo bonitinho, huumm!!
Agora vou mesmo.
Oba, voltei.
Tava morrendo de saudade do tramps. Minha melhor amiga está trabalhando aqui, tá mais delicinha que nunca. Adorei que quando voltei estava todo mundo desesperado e dizendo que eu nunca mais posso sair de férias e que minha presença é indispensável.
E agora vou embora que tenho ronião.

terça-feira, maio 04, 2004

Cheguei ontem de viagem.
Foi maravilhoso, é o mínimo que posso dizer. O hotel é uma coisa de outro planeta, tem de tudo: piscina aquecida, sauna, ofurô, massagista, cascatas, manicure, butiques com todos os modelos de melissa (a fábrica da melissa fica em floripa...), 4 restaurantes sensacionais. Comi toneladas de frutos do mar. Fiquei numa "Villa" (assim mesmo, com dois eles) triplex, com vista para o mar de todas as janelas. No meu quarto tinha uma cama onde devem caber umas oito pessoas, com travesseiros de pena de ganso.
Mas também trabalhei pra caralho, virando noite mesmo. A equipe que foi comigo, dois fotógrafos, era fora de série, gente muito legal, então até isso acabou sendo divertidíssimo.
Ah, claro, o avião. A-do-rei. Nunca mais ando de busão nesta vida. Que delícia é ver o mundo das alturas!!! Dei um gritinho na hora da decolagem aqui em São Paulo, mas o medo passou imediatamente e fui a viagem inteira olhando pela janelinha. Pude comprovar, também, que comida de avião é uma coisa nojenta e prefiro passar fome a comer aquilo de novo.
Ai, ai.
Bom,m agora é voltar à vida real e aproveitar o restinho das minhas férias no Guarujá mesmo, porque ficar em casa já está me dando uma saudade louca de trabalhar...

terça-feira, abril 20, 2004

Arght, minha passagem chegou.
Dia 29, às 11h00 da manhã, Gorete Ribas estará embarcando em sua primeira viagem de avião. Já sei como vai ser. Estarei tremendo feito uma vara verde, com um bolo de baba entalado na garganta, os olhos saltando das órbitas e cenas de "O Náufrago" e "Premonição" desfilando em meu cérebro. Talvez eu chore e grite no momento da decolagem. Talvez eu convide os outros passageiros para fazer uma Ola, só para descontrair. Talvez eu desmaie.
O fato é que de hoje até dia 29 não vou mais conseguir dormir e dificilmente conseguirei parar de mastigar. Devo consumir uma média de 4 maços de cigarro por dia nesse período. Meus cabelos vão cair e eu vou ter mais celulite, o que me deixará insegura em me apresentar de biquini naquela praia de gente fina e endinheirada e com tudo em cima.
Ai deus, eu quero vomitar agora.

segunda-feira, abril 19, 2004

Pronto, pronto, pronto. O site bonitinho e sem quebras de Gorete Ribas está de volta.
Puta merda, acabei de ganhar na loteria!!!

*Pausa para recuperar o fôlego*

Não foi tipo assim a Mega Sena, mas descolei um frila que é quase a mesma coisa. Quatro dias em Comandatuba, tudo pago, hotel 20 mil estrelas e o contratadô ainda vira pra mim e fala: "É super tranquilo, se você for rápida vai ter dois dias pra não fazer nada, só passear no hotel e ficar de bobeira na praia. Interessa?"

E ainda vão me pagar um dinheirinho que vai dar pra comprar os móveis da cozinha do meu ninho de amor. Que mais que eu quero, hã?

quinta-feira, abril 15, 2004

Garght, o layout tá todo feio, todo cagado.
Não dá nem vontade de blogar nessa desgraça. Vou tentar voltar o bom e velho Calvinzinho.

terça-feira, abril 06, 2004

Não conheço Lula Vieira, mas creio que ele seja minha alma gêmea. Fiquei com um tantico de inveja de não ter escrito o texto abaixo, já que ele traduz, palavra por palavra, meus sentimentos.

Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia é um chato. Num outro artigo alguém escreveu que achava que jamais tinha conhecido um restaurante de boa comida com garçons vestidos de coletinho vermelho. Joaquim Ferreira dos Santos, em "O Globo" de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa "agregar valor".

Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica mamando de segundo em segundo é uma chata. São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais a vida está confirmando estas conclusões.

Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas. Por incrível que pareça, não consegui desmentir. Pode ser coincidência, mas até agora todo cara que eu me lembro de ter visto usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.
Já que estamos nessa onda, me responda uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável? O sujeito ou sujeita que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples menção da palavra "carne", fica falando o tempo todo em vida saudável é seu ideal como companhia numa madrugada? Sei lá, não sei. Não consigo me lembrar de ninguém assim que tenha me despertado muita paixão.

Eu ando detestando certos vícios de linguagem, do tipo "chegar junto", "superar limites", essas bobagens que lembram papo de concorrente a big brother. Mais uma vez, repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas.

Tem gente que a gente não gosta logo de saída, sem saber direito por quê. Vai ver que transmite algum sintoma de chatice. Tom de voz de operador de telemarketing lendo o script na tela do computador e repetindo a cada cinco palavras a expressão "senhoooorrr" me irrita profundamente.


Se algum dia eu matar alguém, existe imensa possibilidade de ser um flanelinha. Não posso ver um deles que o sangue sobe à cabeça. Deus que me perdoe, me livre e me guarde, mas tenho raiva menor do assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro fazendo gestos desesperados tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga.
Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer? Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas a pagarem o mico de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados e tentando receber "energia positiva".

Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa empresa.
Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o país, mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria. E para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando "um beijo no coração"?

segunda-feira, abril 05, 2004

Cansada à beça, trabalhando pra caralho e com bursite. Sim, bursite.
Mas pelo menos a vida parece estar voltando a fazer sentido.

segunda-feira, março 29, 2004

Ia dizer algo sobre o filme do Mel Gibson, mas Alexal disse tudo. Concordo 100% com ela dessa vez.
Porém, minha mente pecaminosa ficou pensando uma coisa. Se Maria Madalena tinha um quêzinho que fosse de Mônica Bellucci e, ainda assim, Jesus resistiu, ele merece mesmo toda a devoção do mundo. Ô mulher que não fica feia nem coberta de terra, usando farrapos e desgrenhada!!
Banco é uma coisa escrota. A gerente me liga e diz: “Sua conta está descoberta em X e se você não depositar dinheiros até amanhã nós vamos te cobrar juros extorsivos, que vão te levar à bancarrota, falência, depressão, peste, fome e guerra”. Fala isso na maior, como se eu tivesse o poder de cagar dinheiro para pagar os juros deles. Pois vou fechar minha conta no banco e guardar tudo no colchão, eles vão ver só. Cambada.

terça-feira, março 23, 2004

Vão !
Esse ano vai ter até dj pros moderninhos, a raça que mais abunda neste mundo.
Fora isso, muitos muitos filmes legais.

segunda-feira, março 22, 2004

E já que estou fútil até o último fio de cabelo tingido mesmo, aproveito para dizer que a nova coleção da melissa está um absurdo. Assim que possível vou "estar encomendando" uma Leslie rosinha e uma Esmeralda pretinha. Se for possível parcelar em 12 vezes, ainda encomendo um Scarfun high. Sim, comprar ainda é a melhor terapia. E sai mais barato que médico.
Tem momentos na vida que só a peruíce salva mesmo.
Sábado fiz dia de princesa. Primeiro, fui com a Ouriça na clínica da dona Luiza Sato fazer shiatsu e tomar banho de ofurô, aquele baldão de água quente (segundo a peladona do BBB4, Solange). Já decidi que quando me mudar vou instalar um baldão daqueles na minha casa. Experiência transcedental ficar lá dentro. Ficar no útero deve ser mais ou menos daquele jeito, por isso a gente chora quando nasce. Eu quase chorei quando acabou meu tempo no ofurúnculo. Depois que acaba a gente fica numa salinha de relax cheia de cadeiras do papai com aqueles negócios de bolinha para massagear os pés, com maçãzinhas e missoshiro à vontade. Dona Luiza Sato em pessoa veio me perguntar se não estava encanando vento em mim. Uma santa, a velhinha.
Depois a cabeleireira veio na minha casa cortar meu cabelo e fazer minhas unhas, porque perua que é perua traz o salão em casa. Depois, comprei roupas novas e vestidinhos anos 50 deliciosos. E à noite fui numa festinha, porque fazer essa peruagem toda e não mostrar pra ninguém não tem a menor graça.

quinta-feira, março 18, 2004

Saiu no Homem Chavão e eu copio, descaradamente. Praticamente todo sábado uso uma dessas desculpas:

Top 10 desculpas de quem não quer sair de casa no sábado (porque, dependendo do programa, não há lugar como nosso lar):

1. Tive uma semana terrível, preciso descansar um pouco.
2. Vou ter uma semana terrível, preciso descansar um pouco.
3. Estou com o corpo ruim, acho que vou pegar gripe.
4. Estou sem carro.
5. Meu pai/irmão/mãe saiu e não quero deixar meu/minha pai/mãe/irmão/gato/papagaio/peixe sozinho/a .
6. Tenho prova de cálculo segunda às sete da manhã e não estudei nada.
7. Tenho que entregar um trabalho segunda às sete da manhã e nem comecei.
8. Estou sem um puto na carteira.
9. Estou com visitas.
10. Acabei de encomendar uma pizza. Acho que vai demorar pra chegar.



E ouço uma dessas respostas:

Top 12 desculpas de quem quer tirar um amigo de casa sábado à noite (porque tem gente que não aceita "não" como resposta):

1. Vamo' lá, vai!
2. Como você é velho/a!!! - A campeã
3. Não acredito que você vai ficar em casa em pleno sábado à noite!!
4. Vai ser muito legal. Depois você vai se arrepender.
5. Quando você morrer vai ter muito tempo pra dormir.
6. Doente? Toma uma aspirina e vamos lá.
7. Eu passo te pegar. Você nem precisa tirar o carro da garagem.
8. A gente dorme na sua casa.
9. Se não estudou até agora, não vai estudar no sábado à noite, né?
10. Se não fez essa birosca até agora, não vai fazer sábado à noite, né?
11. Eu pago, vamo' lá.
12. Convida sua tia pra ir com a gente, uai!

segunda-feira, março 15, 2004

Meu inconsciente grita

Noite passada sonhei que estava verificando meu saldo no caixa eletrônico. De repente comecei a gritar porque os números do meu saldo caíam e caíam sem parar. O dinheiro ia sumindo e eu gritava "páaaaaaaara, páaaaara" e dava tapas no caixa e os números não paravam de cair. Acordei suando frio, à beira de um ataque de terror noturno.
E o pior é que o sonho não está muito distante da realidade.
Nesse final de semana eu me propus a bater um recorde pessoal: passar o maior número de horas possível na horizontal, sem mexer um músculo (a não ser os dos olhos), de preferência dormindo. A chuvinha ajudou bastante. Para me ajudar nessa maratona, fui à locadora na sexta. Passei uma hora e meia lá. Nos lançamentos, só tinha coisa que eu já tinha vistou ou bosta. Acabei pegando um monte de filme velho que eu tinha vontade de ver, mas que acabavam sendo preteridos por novidades. Peguei Bonequinha de Luxo, Quanto mais quente melhor, Coração Satânico e A ùltima Noite de Boris Grushenko.
O primeiro é menos charmoso do que eu pensava. Audrey Hepburn completamente anoréxica, horrível! Mas chiquérrima, elegantérrima, um luxo só.
Já o filme do Billy Wilder é MUITO legal, engraçadíssimo. Cheio de piadas machistas, mas quem se importa? A cena de Jack Lemmon e Tony Curtis, já vestidos de mulher, indignados com a ousadia dos homens, que lhes passavam cantadas e beliscavam a bunda sem a menor cerimônia é impagável. Só é meio deprezinho assistir depois uma entrevista recente do Tony Curtis. Velho e acabadão, não lembra nada o cara bonitão do filme. Me pergunto se a Marilyn (aliás, maravilhosa) não estava certa em morrer no auge...
Coração Satânico deve ter sido ducaralho quando foi lançado, mas assiti-lo pela primeira vez agora é meio sem-graça. O roteiro já foi tão copiado que logo no começo você já sabe como vai terminar.
O do Woody Allen guardei para ver hoje, comentários só amanhã.

terça-feira, março 09, 2004

Uma série de seríssimos dilemas tem me consumido ultimamente, a ponto até de tirar meu sono. E ficar sem dormir é, para mim, um dos piores castigos. São muitas escolhas, todas tão difíceis...
1. Fazer o que gosto ganhando muito pouco, apenas pelo amor às letras x vender minha alma ao diabo e dedicar-me a um trabalho odioso mas que me pague muito bem
2. Fazer uma pós de um ano e meio em área ainda indefinidida, já que nunca encontrei um curso que atendesse às minhas expectativas, cujas quais eu ainda nem sei quais são x penar 4 anos numa graduação em Letras.
3. Parar de fumar e ganhar pelo menos mais dez anos de vida (segundo especialistas), bem como mais uns dez quilos de peso, no mínimo x continuar fumando e sendo feliz com meu vício e com o peso ideal, que finalmente consegui atingir (na verdade ainda faltam 3 quilos, mas isso é relativamente sussa)
4. Não tomar pílula e fazer sexo selvagem diariamente e manter o peso ideal, me sujeitando a ter uma cara cheia de espinhas, variações constantes de humor (coisa de cinco minutos entre a depressão profunda e suicida e a alegria eufórica que beira a loucura) e cólicas desumanas x tomar a pílula e ver minha libido cair vertiginosamente, ao mesmo tempo que engordo feito uma sanfona, fico com os peitos inchados e doloridos, paro de ter ataques de choro cada vez que vejo um cãozinho abandonado na rua e passo a imagem de uma pessoa serena e equilibrada.
5. Esquecer o pouco que me resta na poupança na esperança de que o montante, um dia, se transforme em um empreendimento grandioso x torrar tudo comprando um trompete e em aulas para aprender a tocar trompete
Argh.

quinta-feira, março 04, 2004

Até eu, fumante inveterada e apaixonada pelo meu cigarrinho, sou obrigada a concordar: Smoke Kills!!
Assistam com som e procurem as referências! Vale MUITO a pena!
Ontem fui ao Balcão e Marco Ricca estava lá. De novo. As quatro últimas vezes que fui, ele estava lá. Daí concluo que:

- Deve ter sido por isso que o casamento dele com a Adriana "Chaveirinho" Esteves acabou. O cara não devia comparecer em casa. Se bem que agora dizem que ela está com o Wladmir Brichta, uma troca pra lá de lucrativa;
- Ele anda trabalhando bem pouco para ser tão baladeiro;
- Ele é bem uns 50 cm menor do que eu pensava;
- Ele não é estrelinha e não fica fazendo cara de "sou famoso e todo mundo fica me olhando". Embora todo mundo fique olhando mesmo;
- O Balcão é um bar metido à besta (mas tem sanduíches muito gostosos, isso não se pode negar);
- Eu não tenho nada melhor pra fazer do que ficar analisando a aparição de celebridades em bares.

terça-feira, março 02, 2004

Rubens Ewald Filho no Oscar equivale a Galvão Bueno na Copa.
Mala.

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Finalmente conheci o Jan, amigo de blogs de longa data, com quem só tinha falado por e-mail e icq até então. Achei que seria esquisito e que uma hora ficaríamos sem assunto. Mas blogs é uma coisa eficiente mesmo, porque só aproxima as pessoas com interesses comuns. O caso é que a conversa foi ótema, durou horas e não teve momentos de silêncios constrangedores, pelo contrário. Falei pelos cotovelos e devo ter enchido bastante o saco dele, que foi muito educado e não demonstrou impaciência. Queria que os outros dois componentes do trio ternura baiano tivessem comparecido também, teria sido muito engraçado. Provavelmente estaríamos naquela mesa de bar até agora. Triste que pessoas tão interessantes morem tão longe e não dê pra ficar marcando cervejinhas para todas as tardes em que der na veneta. De quebra, ainda ganhei um CD do Los Canos, que gostei muito e ouvi três vezes seguidas sem tirar de dentro. Além disso a capa é liiiiiiinda, dá vontade de mandar fazer uma camiseta. Virei fã convicta.
Fica então registrado meu protesto: Jan, venha mais vezes a Sâo Paulo. Bóris, venha a São Paulo e não me dê bolos. Magno, venha a São Paulo.

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

E já que extravagância pouca é bobagem e ando mesmo muito obsessiva, comprei três Cdzinhos para embalar minha leitura (porque eu gosto de criar um clima):
Chet Baker - With Fifty Italin Strings
Charlie Parker - Blue Bird
John Coltrane - Jazz Showcase
Tomara que continue chovendo a cântaros.
Hum, que delícia. Estou lendo “Dália Negra”, romance de James Ellroy, o mesmo cara que escreveu “Los Angeles – Cidade Proibida”, um dos meus filmes favoritos e que despertou meu interesse pelo jazz. O crime da Dália Negra aconteceu de verdade e abalou os Estados Unidos. Em meados dos anos 40, a jovem Elisabeth Short - uma aspirante a atriz em LA, que ganhava a vida como prostituta enquanto esperava que alguém a contratasse para um filme, foi estuprada e brutalmente assassinada. Teve o corpo retalhado e no rosto o assassino fez cortes que iam dos cantos da boca até as orelhas, estampando um sorriso satânico na vítima. Na época, o assassino foi caçado pelos quatro cantos do país mas nunca foi encontrado.
James Ellroy, que também tem uma biografia bastante sombria (sua mãe foi assassinada quando ele tinha dez anos, ele se envolveu com drogas, blablabla), ficou obcecado por esse crime e passou anos fazendo investigações por conta própria. Mas o romance que escreveu tem o assassinato apenas como pano de fundo, já que o que interessa mesmo é o relacionamento dos dois policiais encarregados da investigação (fictícia) do crime (real). Os dois são boxeadores que tem estilos de luta completamente opostos. E assim eles são na vida também: personalidades, físico, interesses, tudo diferente, mas são obrigados a trabalhar juntos e se enfrentar no ringue. É insanamente bom, ainda mais para quem gosta de policial. Eu sou tarada por romances policiais. Os personagens são todos sombrios e cheios de podres, mesmo os heróis têm caráter muito duvidoso, são angustiados, bebados, brutos, atormentados. Tudo no maior clima noir. É daqueles livros que você não consegue parar de ler mas não quer que acabe nunca.

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

"Peixe Grande" estréia nesta sexta

Que ótimo. Ficaram adiando a estréia por um mês e agora decidiram lançar no dia em que vou viajar. Ódeo. Mas juro por deus que quarta-feira serei a primeira da fila no Bristol.

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Eu só me dou conta do tanto que sou nerd quando eu volto pra escola. E posso afirmar com segurança que sou nerd di cum força, quando se trata de alguma coisa que eu goste de estudar.
Depois de seis meses no ócio, voltei pras aulinhas de inglês, numa escola aqui na Paulista agora. Já comprei dois dicionários, todo um estoque de canetas, lápis e borrachas com cheirinho pro estojo novo e uma gramática meia-boca. E isso me deixou imensamente feliz.
E o nível dos alunos é bem melhor, ninguém fica gaguejando ou esquecendo as preposições. Mas é todo mundo muito chato, todo mundo excessivamente feliz, animado e falante. Ficam fazendo comentários e piadinhas irritantes EM PORTUGUÊS. Tem uma menina, que é a mais irritante de todos, que usa sapato, cinto, bolsa e fivela do cabelo tudo da mesma cor: um nauseante rosa-bebê. Tenho vontade de vomitar nela, argh. Tenho certeza que a raiva me fará aprender três vezes mais depressa.

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Graças a restituição do Imposto de Renda desfrutarei de um carnaval/lua-de-mel de sonho e luxúria. Ansiedade nível 10.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Escrevam o que estou dizendo: quem matou o Lineu foi o Ademar.

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Ufa! Dinheiro devolvido, estelionatário fodido, tudo resolvido. Essa foi a semana mais comprida da minha vida, eu acho.
Mas no fim até que teve um saldo positivo. Eu descobri que gosto de brucutu. Hómi grande. Que resolve as coisas. Ai-meu-deus. E nem precisei de terapia, livro de auto-ajuda ou viagem rumo ao autoconhecimento para descobrir isso. Bastou uma visitinha ao Deic acompanhada do delegado mocinho de dois metros de altura que ficou me oferecendo todo tipo de préstimos. Quando ele me mostrou os dois trabucões enooooormes que carrega na cintura, só deus sabe o que passou na minha cabeça. Dava pra escrever uns três volumes de Sabrina-Júlia-Bianca, nossa senhora. Pensando por este prisma, o processo de caça ao salafrário poderia ter se prolongado um pouquinho mais... Ai, ai.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Contrariando todas as expectativas, tava um puta sol bombante em Ubatuba. Por isso, eu estou o verdadeiro camarão paulistinha. Uma coisa pequena e vermelha. Só sei que o fim de semana foi ducaralho, exatamente o que eu precisava: muito sol, muito mergulho no mar, muito tapa na orelha (da onda), muito vinho (e uísque e skol beats), muito Master (com direito à nega no Master of the Universe). Voltei bem demais, feliz da vida. Claro que cheguei em casa e tinha estourado uma bomba mega monstro, daquelas que espalham merda pra todo lado. Se isso tivesse acontecido sexta, provavelmente eu estaria com úlcera. Mas hoje eu nem esquentei. Foda-se, deixa a vida me levar, vida leva eu.

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Pra melhorar meu humor nessa sexta-feira chuvosa e horrorosa, fui ouvir músicas dos Trapalhões. Que saudaaaaaaaades do Zaca e do Mussum... Quem tiver o Kazaa, baixe essa daí que vale muito a pena.

Papai, eu quero me casar

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o padeiro
Didi: Com o pandeiro ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O padeiro mete muito a mão na massa
Zacarias: É?
Didi: E adepois vai amassar ocê tumém
Zacarias: Ah, quero não

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o motorista
Didi: Com o matorista ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O matorista aperta muito a buzina
Zacarias: Eu heim...
Didi: E adepois vai buzinar ocê tumém
Zacarias: Ah, quero não

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o vaqueiro
Didi: Com o vaqueiro ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O vaqueiro tira o leite da vaca
Zacarias: Credo!
Didi: E adepois vai desleitar você tumém
Zacarias: Ah, quero não

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o economista
Didi: Com o economista ocê num casa bem
Zacarias: Por que, papai?
Didi: O economista mexe muito com poupança
Zacarias: Ah...
Didi: E adepois vai mexer na sua tumém
Zacarias: Na minha não!

Zacarias: Papai eu quero me casar
Didi: Oi, minha fia, ocê diga com quem
Zacarias: Eu quero me casar com o Ney Matogrosso
Didi: Ney Matogrosso, aí cê casa bem
Zacarias: Heim, papai?
Didi: Ney Matogrosso vira homem-lubisomem
Zacarias: Que loucura!
Didi: Mas quando é homem não faz medo pra ninguém
Zacarias: É esse que eu quero!
Didi: Viu? Aí sim, minha filha! Você fica com vontade de casar... vontade de casar... também tava com uma vontade de casar... Casei!..


quinta-feira, fevereiro 05, 2004

NOS-SA!!!
Não tou cabendo "em si" de orgulho do meu amigo! Oswardo tá com tudo e não tá prosa no JB:

O PT na berlinda

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Faz três dias que estou verde e sem conseguir comer. Façam suas apostas. Eu estou:
a) grávida
b) com cirrose
c) com a gripe do frango
d) NDA. Devo ter comido uma maionese estragada e estou com frescura.

sexta-feira, janeiro 30, 2004

Layout novo, porém temporário.
Enquanto a designer samurai ninja não acaba o meu, vai esse mesmo

Atualização: Quero deixar claro que o layout novo só subiu graças a colaboração e paciência sem fim da Erika.
Neste exato momento estamos ouvindo Marquinhos Moura e Naim.
Meus chefes inclusive levantaram da cadeira e estão rebolando loucamente. Com licença, vou me juntar a eles.

quinta-feira, janeiro 29, 2004

Momento façam suas apostas. Meu Oscar dos sonhos seria esse:

Filme: Sobre Meninos e Lobos
Direção: Fernando Meirelles (sonhar não custa nada, né?). Mas se fosse o Peter Jackson, o hobbit caipira-gordolinha-autêntico, eu tbm ia ficar feliz.
Ator: Sean Penn, merecidíssimo
Ator coadjuvante: Benicião delicião Del Toro ou Tim Robins
Filme estrangeiro eu queria o Adeus Lênin, mas como nem tá concorrendo, não vou torcer para ninguém
Animação: Nemo
E naquelas categorias técnicas, O Retorno do Rei podia ganhar todos.
Encontros e Desencontros é um filme muito foda. Arrisco dizer que é um filme mulherzinha, mas depende do ponto de vista. Só sei que virei fã daquela moça Sofia Coppola. Ela já tinha toda a minha simpatia por causa das suas incríveis Virgens Suicidas. Agora gamei de vez. Ela é sempre de uma delicadeza que me comove muito, mesmo. Me identifiquei horrores com a mocinha do filme (não exatamente com a mocinha, mas com o momento que ela está passando, perdida na vida, sozinha no mundo, sem perspectiva e infeliz), achei a história extremamente sensível, honesta. E não concordo com a classificação de “comédia” que o filme ganhou. Para falar a verdade, achei bem triste, aquela tristeza que você acaba rindo para não chorar. Muito obrigada, dona Sofia, do fundo do coração.

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Em comemoração ao aniversário de São Paulo (e graças ao fato de eu estar precisando de roupas novas) fiz um passeião pelo centro no sábado. De manhã fui ao shopinho em frente à estação da Luz e aproveitei para dar uma olhadinha na restauração. Pelo menos por fora, a estação está linda mesmo. Mesmo quando era velhona eu achava bonita, agora está 100%. Depois, uma passadinha rápida na Zepa, que foi perda de tempo porque a ponta de estoque da Brazoo tava fechada. Então, almocinho no Almanara na Basílio da Gama e sua decoração anos 50 mais delícia que a comida. De lá, bora pra galeria da 24 (não falo mais galeria do rock porque fui nas duas e ela nem tá mais tão do rock assim). Comprei um coturnão ma-ra-vi-lho-so, fabuloso, sensacional, por uma verdadeira pechincha. Também comprei meias de jogador de futebol (só que para mocinhas) para usar com ele. Na loja em frente à essa onde comprei o coturno tinha uma outra com um anúncio assim: "temos coturnos com bico de ferro". Meda. Na London Calling eu nem me atrevi a entrar, olhei a vitrine e chorei, chorei e chorei por ser pobrinha.
E na volta, passei pela praça da república, que continua com seu indefectível fedor de incenso, e pela rua Aurora. Aqui, uma coisa muito engraçada. Bem ao lado da boate Suzy in transe, descoladérrima e cheia de mudernos, abriu uma casa chamada "Barby no Cio". Exatamente assim, Barby. A gente passou lá umas 4 da tarde e, óbvio, ficamos olhando meio incrédulos, meio curiosos. O tiozinho que tava na porta percebeu e na mesma hora começou a chamar: "Vem cá, gente, matinê é 3 reau, entra aqui que já tá bombando!". Juro por deus que se eu não estivesse carregando umas 30 sacolas, eu entrava. A fauna da rua Aurora, aliás, é sensacional, completamente diferente da da Oscar Freire. Muita puta velha e bigoduda e bicha pobre, de barba. Tinha dois caras na esquina negociando para saber quem ia fazer boquete em quem por - pasmem - 50 centavos.
E, por fim, se você tem um carro velho e tá precisando de dinheiro urgentemente, o Centro de SP é a solução pra vc!! Os tios "dinheirinho" ficam na rua fazendo aquele sinal de dinheiro, esfregando o polegar e o indicador, pagam à vista, na hora, e você volta pra casa com dinheiro no bolso e à pé.
Tá vendo, descontrol também é serviço. O único guia de turismo em SP realmente econômico, que te ensina a passear e ainda ganhar uns trocos.

sexta-feira, janeiro 23, 2004

Não quero mais namorar. Quero ser uma solteirona encalhada que vai morrer e ser devorada pelos cães.
Esse filminho da Julia Roberts que estréia hoje, o tal Sorriso de Mona Lisa, tá com cara de ser tudo que eu mais odeio no mundo. Eu não vi nem quero ver o mesmo filme que eu já vi umas mil vezes com nomes diferentes. A Sociedade dos Poetas Mortos, Ana e o Rei, Ao mestre com carinho... Enfim. Tudo filme edificante, tudo filme com a mesma chamada: "ela não era o que eles queriam, mas era exatamente o que precisavam". Precisar eu preciso de aspirina e sal de fruta, e acho os dois péssimos.
Não sei se botaram todas as cenas ruins no trailer, ou se o filme é mesmo uma tremenda bomba: Mona Lisa jogando uvinhas na boca de um moço besta (e errando), Mona Lisa caindo na neve e fazendo cara de coitada, Mona Lisa abrindo a porta do banheiro e certificando-se que está ocupando por um velho gordo, que toma banho - Mona Lisa foge correndo, aos tropeções, e larga a porta aberta. Pobre velho gordo pelado. Arre. Odeio mulherzinhas fofas e filmes edificantes. Os dois juntos, então, me dá vontade de morrer. Sou mil vezes mais "Legalmente Loira".

quarta-feira, janeiro 21, 2004

A fonte está mesmo secando.
Não tenho absolutamente nada para dizer. Não estou sofrendo por nenhuma paixão visceral, não ganhei na loteria, não mudei de emprego, não fiquei de porre, meu gato ainda não aprendeu a falar, não vi duendes, não tive um caso com nenhum músico internacional famoso, não escrevi um livro, não plantei uma árvore, não tive um filho, não botei silicone, não fui presa, não criei uma nova ferramenta que beneficiará milhões de pessoas, não tive mais sonhos com o dr. Kovac, não descobri uma nova opção sexual, não passei sete anos no Tibet, nem sequer comprei um sapato novo.
Ô vidinha mais ou menos, viu.

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Adorei o blogzinho do uol.
Finalmente matriculada no curso de mergulho.
Começa dia 30. Já tenho máscara e aquele canudinho de respirar. Falta o pé de pato, que não pode chamar de pé de pato, tem que falar na-da-dei-ra.
Tenho medo de, enquanto fumante, ter um ataque de tosse e morrer sufocada debaixo dágua. Mas me garantiram que é dificílimo isso acontecer e que várias pessoas do grupo fumam. Mas vcs vão ver. Esse ano vou ser uma boxeadora-alberguista-que conversa com planctons.