segunda-feira, dezembro 20, 2004

E este ano maldito, desgraçado, fedido e xexelento finalmente acabou (pelo menos pra mim, que saio de férias coletivas hoje e só volto ano que vem...).
Digo que ele já vai tarde, que já devia ter ido, que não volte nunca mais, que não é bem quisto. Eca, eca e eca.
Por outro lado foi muito bom também, pois tive que lidar com várias situações que eu achava que nunca fosse saber como atravessar, resolver coisas que eu pensei que nunca conseguiria e lidar com sentimentos dos quais eu sempre fugi. E dei conta do recado. Claro que eu poderia passar muito bem se continuasse sem saber tudo isso, mas não custa nada ser um pouco Pollyana.
Enfim, estou feliz da vida em começar tudo de novo e torcendo para que 2005 não seja um ano de "aprender" muitas coisas. Pra vcs, que passam por aqui sempre ou de vez em quando, bom pai-natal e que 2005 seja o que vcs quiserem.
Hasta!

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Atenção todos os carros, Mister Hyde à solta!!
Definitivamente eu não sou mais a mesma. Me transformei numa pessoa que fica bêbada com duas cervejas, vergonha, vergonhaaaaaaaa!
Ontem fui ao meu novo bar preferido - o The Raven, na Alameda Santos, que toca Big Bad Voodoo Daddy e vende Guiness a 5 real - para um despretensioso chopinho pós-expediente. Tomei duas pints de Guinesse e duas Sol e fiquei de pileque. Aliás, um pileque louco. Tomei ônibus errado, perdi uma lente e quase esqueci o presente (recém-comprado) do Gordo no ponto. Chegando em casa tive de tomar Eno pra conseguir dormir sem ver o mundo rodar.
Socorro, eu quero voltar ao normal!!!

terça-feira, dezembro 14, 2004

Não sei se isso só acontece comigo, mas de vez em quando as pessoas fazem alguns comentários que eu fico sem saber se é pra agradecer ou se é pra mandar pro raio que o parta (usei essa expressão apenas para parecer educadinha para os leitores, na verdade eu mandaria pra lugar bem pior). Por exemplo:

"Nossa, como você está bonita hoje, nem te reconheci."
"Você fica ótima com esse óculos. Não devia tirar mais."
"Olha como essa menina tá bonitona!! Tá forte, gordona." (Essa era a clássica da minha vó, que falava isso sempre que me via. Que Deus a tenha, mas ela me criou um trauma).
"Você está muito magra, parece doente." (Sei que essa parece perjorativa, mas a minha tendência é ficar muito feliz sempre que dizem que estou magra).
"Esse cabelo ficou ó-ti-mo pra você. Ficou a cara da ____ (insira aqui o nome da celebridade que você mais odeia)."
"Imagina, barriguinha dá um charme pra mulher."

Eu já ouvi todas essas frases e sempre fiquei sem saber o que responder. Acabo sempre respondendo com a maior cara de bolinha da face da terra, por falta de coisa melhor.

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Ainda pessimista, mas só quem tem obrigação de ouvir sobre isso é mamã, que insistiu em parir a criatura que vos fala. Agora agüenta.
Só queria recomendar a página do Salsicha-Man, inventada pela Isa e desenvolvida pelo Marquito, que fizeram uma história muito louca e divertida, sobre uma salsicha que tem superpoderes e luta contra uma barra de manteiga. Vão lá prestigiar os dois geniosinhos, que eles merecem!

quinta-feira, dezembro 09, 2004

A vida da gente é feita de escolhas, todo mundo diz isso. E dizem também que toda escolha implica em uma perda. É verdade. Então, na hora de escolher, a gente prioriza o que supostamente nos fará perder menos e nos sentir melhor, lógico. Todo mundo quer ter o melhor. Só que toda vez que eu decido por uma escolha, aquilo que eu perdi começa a pesar muito e eu fico sem saber o que fazer. Ou eu estou perdendo demais ou sou definitivamente a pessoa mais mimada do mundo, que não se contenta com nada menos do que tudo. E, bom, eu acho que não é bem assim. O que eu quero não é tão difícil de achar, um monte de gente já achou. Eu reconheço que podia ter sido mais paciente, podia ter esperado mais, respirado fundo e contado até dez mais vezes. Mas também não sei se as coisas teriam sido tão diferentes se eu tivesse feito isso. Certamente ainda estaria me queixando. Não pelas mesmas razões, mas ainda assim estaria p. da vida. Vai ver eu gosto mesmo é de me queixar, ou então tenho prazo de validade. Sei lá. Só sei que assim não tá bom não.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotão
tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotão
tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotão
tãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotãotããããããããoooooooo legal Os Incríveis!!!!!
Dessa vez a Pixar se superou e fez um filme que ganha até de Monstros S/A, que eu considerava o melhor de todos até agora. Juro que saí do cinema com vontade de voltar pra fila e assistir de novo. E olha que assisti em uma sala dominada por menores de 10 anos: o que, aliás, eu adorei. Criancinhas são um público muito mais educado do que adolescentes e até mesmo muitos adultos. Ficam quietinhas prestando atenção a maior parte do tempo e quando comentam alguma coisa, geralmente é engraçado. Atrás de mim tinha um menininho muito quietinho com um pai mala. Determinada hora o pai pergunta (naquele tom de voz besta e meio mongolóide que alguns pais usam com seus filhinhos na esperança de que eles não cresçam nunca): "Iiiiih, e agora, filhão?? Será que ele vai morrer??". E o filho, do alto dos seus 4 anos (no máximo), responde: "Dãããã, claro que não né, pai? Você AINDA não percebeu que ele é super-herói?". O pai calou a boca até o fim do filme, viva!
Devo dizer que a espera valeu a pena. Aliás, o que vocês ainda estão fazendo aqui? Vão já pro cinema!

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Texto perfeito no Comunique-se de hoje. Pelo menos pra mim.
Peguei no blog da Lu a descrição exata do que está me acontecendo.

Tensão pré... Mickey Mouse
POR LÚCIA CARVALHO

Fiquei esperando o dia certo para escrever este texto. Como este é um texto sobre a tensão pré-menstrual, queria que ele fosse escrito num dia exato: num verdadeiro dia de TPM. Olha que idéia incrível, seria espécie de "reality show": eu sentiria e escreveria ao mesmo tempo. Mas quando chegou o tal dia, achei essa idéia ridícula, me achei a maior chata, tive ódio dessa minha mania de fazer gracinha com coisa séria e desisti de tudo.

Isso é TPM.

Bom, antes de entrar mais a fundo nas tais tensões, preciso contar uma coisa que descobri. É que nós, que sofremos com a TPM, vivemos só meia vida normal. Na outra metade estamos num tipo de limbo, um estado de transe esquisitíssimo. Veja se eu não tenho razão: passamos, no mês, pelo menos uma semana na TPM. Na semana seguinte estamos gordas, inchadas e com dores de cólicas, menstruando. Temos duas semanas de sofrimento num único mês, ou seja, ficamos meio mês em estado alterado.

É a mesma coisa que você ficar, das 16 horas que passa acordada durante um dia, oito horas fora do seu estado normal. Oito horas em um dia! Ou mais, imagine que, dentro de cada uma hora, você passa meia hora nervosa, irritada, se empanturrando de doces e com um monte de dor. Ei. É fácil viver assim?

Tá, eu sei, existe um monte de tratamento, remédio e exame para TPM. Eu mesma já fiz um monte deles, e fiquei ótima... nos 15 dias errados. Nos dias tepeêmicos continuei chutando balde, demitindo empregada, brigando na fila do supermercado e quase me separando do Zé. Puxa, é apavorante, 15 dias depois, descobrir os estragos que você causou.

Mas o que fazer? É da nossa natureza, temos que aprender a conviver com isso. Só preciso avisar uma coisa, se você é ou planeja ser mãe: se estiver na TPM, nunca, jamais, em-hipótese-alguma, vá com seus filhos à Disney. É sério. Você pode acabar com o sonho deles para sempre.

Pode falar o que quiser, mas a fantasia de toda criança é, um dia, ir para a Disney. E qualquer mãe, mesmo reclamando, aguenta todo tipo de provação para conseguir realizar aquela fantasia e chegar diante do castelo da Cinderela. Aquele não deveria ser um momento mágico, encantador e inesquecível para vocês? É. Deveria.

Isso se você não estiver na TPM, como eu estava. Eu entrei na Disney e sei lá. Parece que a TPM foi crescendo, aumentando, sem a menor explicação lógica. Olha, isso é muito sério. Deve existir alguma relação muito íntima entre o mundo mágico dos parques temáticos e o fenômeno mental de ódio puro causado por essa tal síndrome de tensão pré-menstrual. Será que nenhum médico vai estudar isso a fundo? Só sei que fui adentrando aquele mundo mágico, tentando me conter, mas todo o meu equilíbrio emocional foi para a cucuia quando tive a primeira visão do... Mickey Mouse.

- Ô rato ridículo!
- Mãe, num fala assim...
- Sério que vocês acham graça nisso? É um circo de horrores! Olha! Só tem aberração! Um cachorro com cara de panaca, uma pata deformada...
- Pááára, mãe!

Resumindo. No meio daquele pesadelo, eu tive um ataque. Daqueles. Berrava. Esbravejava. Que fazer? Era gente demais, fila demais, personagem demais. E, como sempre, TPM demais. Foi um horror, sobrou até para o Donald, que me viu nervosa e veio me abraçar.

- Sai, seu... pato bundudo!

Tadinho. Ele não falou nada. Abaixou a cabeça e saiu dali feito um pato bundudo mesmo. Lá se foi o dia mágico dos meus filhos. Mais uma vez, desculpa, gente.

É só 15 dias, isso passa.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Tá bom, tive uma idéia pra escrever. Momento consulta ao leitor.
Minhas amigas combinaram, na segunda-feira, de nos encontrarmos amanhã. Naquele dia eu achei tudo ótimo e disse: sim, claro, como não? Mas agora estou com preguiça, quero ir pra casa ver a novela, não quero pegar busão depois da meia-noite, não quero gastar dinheiro que não tenho, não quero voltar pra casa fedendo à manteiga de garrafa. Estou quebrando a cabeça desde ontem pra bolar uma desculpa e não me ocorre nada. Fica muito feio eu dizer a verdade, ou seja, que eu não quero ir? Ou devo ir, mesmo que passe a noite com cara de cu e olhando o relógio a cada três segundos? Que dilema.
Já é a quinta vez que abroa janelinha pra postar, escrevo um pouco, acho que está tudo uma merda e apago. Dá zero pra ela. Pelo menos acrescentei uns blogs bacanas à minha lista. nha.