segunda-feira, julho 28, 2008

Os últimos 30 anos em duas imagens








sexta-feira, julho 25, 2008

A indesejável

Tive um encontro com ela anteontem. A da foice, a coisuda, a inevitável, a mardita, la muerte. Vi sua face e dançamos um tango de rosto colado. Tudo por culpa da novela.

Foi assim eu vi você passar por mim. Eu ia ver o Bátema, mas lembrei que no capítulo desta quarta-feira Ary Fontoura ia cuspir na cara da Cláudia Raia e troquei um pelos outros. Cheguei faminta e lembrei que tinha um congelado no freezer e nada mais. Bora fritar o congelado no maior Zeca Pagodinho Style (um olho no peixe e o outro no gato) pra não perder nenhum lance dessa trama emocionante. Aqueci o óleo e quando ele começou a fazer barulhinho, tirei o frango do freezer e coloquei delicadamente na panela de óleo fervente.

Imediatamente uma labareda do tamanho de Jesus subiu até o teto. Juro que foi o maior fogo que eu já vi em toda a vida. Fiquei ali parada com cara de quem se sujou as calças, imaginando que de todas as mortes, eu ia ter a pior. Comecei a pensar se ia demorar muito. Mas antes pensei que ia queimar meu relógio de parede chinês (tudo que é chinês pega fogo muito rápido) e que pena, porque eu gostava muito dele, mas já estaria morta mesmo, então não teria problema. Depois pensei que meu prédio deveria ter um extintor de incêndio no andar e que, se eu sobrevivesse, faria uma reclamação formal sobre isso.

Da mesma forma que subiu, a chama do tamanho de Jesus desapareceu. Mas eu continuei lá plantada no chão, incapaz de me mover de tanta tremedeira, ainda vendo a vida passar diante dos meus olhos. Nada aconteceu, nem o relógio chinês ficou chamuscado, nada. Apenas meus nervos, que foram pra cucuia. Eu ia torrar ali sozinha e ia demorar dias pra alguém ser avisado. Depois achei que foi castigo por ter reclamado tanto do frio.

Mas no fim das contas, super valeu a pena. O capítulo da novela foi excelente.

quarta-feira, julho 23, 2008

Coisas que me matam

Acabei de adentrar o maravilhoso mundo dos brechós virtuais. Um link foi puxando outro e agora estou aqui a me morrer toda e a fazer contas. É verdade que tenho um certo faniquito de roupas usadas, mas na maioria deles tem coisas que nunca saíram da caixa. Só os tamanhos decepcionam um pouco, pois é tudo muito mais pro 36 do que pro 40. Pra quem quer (mais) uma forma de se endividar, entre aqui e pegue todos os links.

* Por causa do meu faniquito com roupas usadas, meu favorito foi esse aqui, que tem bijus e bolsas de enlouquecer.

terça-feira, julho 22, 2008

:-|

Não é por nada, mas agora os anúncios do Google estão exibindo: alcoolismo, esquizofrenia e medo.

Medo digo eu.


* Olhar o que os anúncios estão exibindo virou minha nova atividade favorita.

quarta-feira, julho 16, 2008

McDia Feliz

Esqueçam toda a ranzinzice relacionada ao desrespeito do meu espaço pessoal. Passou. Hoje é um dos dias mais felizes de toda a minha vida - mas não se empolguem muito, porque o ponto alto de minha vida têm sido a reprise de Pantanal.

Anyway. Sassê vem me visitar e eu vou poder levá-lo aos três lugares legais de Curitiba e finalmente vou ter uma visita. O que é muito importante, já que eu vivo para ter visitas. Comprei um sofá-cama esperando visitas, comprei livros ilustrados para ter visitas, comprei um Glade Neutra Fresh pro cheiro do cigarro não aborrecer as visitas. Mas as visitas nunca vinham, e agora vêm, e é logo uma das minhas pessoas favoritas no mundo. Yei!

Mas não é só isso. Ela voltou, gente. Regina, meu nome é fucking regina, voltou. Eu esperei três anos pela volta dela. Agora ela voltou, em blog e Twitter. Vou subir a escadaria da Catedral de joelhos (são só cinco degraus, mas acho que o que vale pro santo é a humilhação, não é mesmo minha gente?).

\o/

Pelo direito ao meu metro quadrado

Se existe uma coisa que me tira realmente do sério é gente que não sabe respeitar o espaço pessoal alheio. Sabe gente que passa esbarrando em você, ou que pára tão perto de você que fica enfiando cabelos na sua boca ou se senta ao seu lado no cinema quando há outras cadeiras vazias (nesse caso em particular eu mudo de lugar porque sempre acho que pode ser um maníaco sexual)?

Me incomoda tanto essa proximidade, chega a me dar falta de ar e gastrite de raiva. Eu acho que devia existir uma lei tão rigorosa quanto à do bafômetro pra isso. Uma lei que obrigasse as pessoas desconhecidas a se manterem a um metro de distância umas das outras, pelo menos. Em QUALQUER lugar.

Porque o desrespeito acontece a rodo. No metrô, por exemplo (ai, que saudade). Você está lá segurando no pole dance, ocupando seu espacinho de direito. Entra a cidadã, fartamente perfumosa em sua colônia Amor Total da Avon, cabelo invariavelmente molhado ou melecado de creme, e se encosta TODINHA no pole dance. Te dando cabeçadinhas molhadas e te presenteando com eflúvios de Avon.

Ou então você, fumante, desce pra alimentar seu vício e ajeitar os pensamentos. Eu sou uma fumante consciente, sei que a fumaça incomoda e procuro não baforar ninguém. Mas sempre tem um desgraçado que pára a três centimetros de mim e do meu cigarro e ainda se acha no direito de olhar feio e dar tossidinhas.

Sem esquecer as velhas que param na sua frente quando você está olhando uma vitrine. Talvez elas se considerem mais interessantes que os manequins, não sei.

O que fazer com essa gente? Pra mim, a resposta óbvia é: mandar matar. Mas estamos falando de mais da metade da população mundial, aquela desprovida de noção. Penso em cuspir, bater, queimar com o cigarro, penso as piores coisas. Mas geralmente dou passinhos pra trás ou pro lado. E acabo esbarrando em algum outro imbecil que também já invadiu meu espaço pessoal por outro ângulo.

Tem gente demais no mundo, essa que é a verdade. Por isso que sinceramente invejo a galera de Lost. Fosse eu caída lá, pegava minha mochila e ia viver nas cavernas. Talvez convidasse o Sawyer a me acompanhar. É pedir muito, é?

Saco.

segunda-feira, julho 14, 2008

Uma reclamação

Ai, sacanagem. Liberei os anúncios dos Google, pra ver se saio da lama, né, porque tá feia a coisa. E daí ele me manda anúncio de sabão?? Cadê o glamour, galere?? Sabão??

Secretamente creio que ele quer me mandar arrumar um tanque de roupa suja pra lavar.

Já me arrependi.

terça-feira, julho 08, 2008

Uma dúvida

Ontem fui tomar meu café da manhã em um dos 28 cafés metidos à besta aqui do Centro. É metido à besta mas é limpinho e tem revista grátis e eu vou lá todo dia. Beleza. Daí tava numa vibe proletária, já que era dia de pagamento e eu não tinha um tostão furado, e pedi um pão na chapa. Quase pedi uma cachaça pra acompanhar, mas estava com uma certa azia e desisti.

Daí veio meu pão na chapa. Todo arrumadinho no prato, cercado por gergelins e com um belo talo de salsinha adornando. Me deu uma saudade profunda e dolorida da padaria tosca lá de Pinheiros, onde o pão na chapa vinha com as sujeirinhas da chapa e gosto de hamburguer. Escorreu uma lágrima pela minha face esquerda.

E então eu comecei a pensar por que essa obcessão dos restaurantes pretensamente pheenos ou metidos à besta pelo talo de salsinha. TUDO que é prato vem com o maldito talo em cima, que pode variar e ser de hortelã, às vezes. Sopa vem adornada por salsinha. Sorvete. Churros. E agora, pão na chapa. Eu acho meio inadmissível isso, sabe?

Além do impacto ambiental que certamente deve ter, já que não há salsinha que chegue nesta vida pra tanto restaurante metido à besta, e o nosso direito de ser proletário? De comer um pão na chapa com gosto de chapa e com manteiga escorrendo?

Quando o mundo perceber que não temos mais direito de escolha, será tarde demais. Teremos sidos dominados pelas salsinhas e só nos restará chorar. Não digam que eu não avisei.

sexta-feira, julho 04, 2008

Um apelo

Quando, de seis e-mails que recebo, eu tenho vontade de responder cinco dizendo "foda-se, morra, eu te odeio", começo a desconfiar que algo não vai bem.

A verdade é que estou no limite total e absoluto das minhas forças e da minha paciência e da minha vontade de continuar. Já passei dele faz tempo, já deu. E daí ter que continuar por simples falta de opção me faz mais mal que a raiz do problema em si. Porque daí eu fico remoendo as escolhas erradas, querendo voltar no tempo e querendo tomar atitudes desesperadas e tendo gastrites fodidas.

Eu realmente não sei mais o que fazer. Nunca estive tão no bico da sinuca como agora, é tudo que eu sei.

Então, gente amiga do meu Brasil. Se alguém souber de alguma vaguinha de emprego pra uma jornalista desesperada, lembra d'eu. Pelamordedeus. Sério.