domingo, setembro 30, 2007

Cinco coisas

Por mais indecisa que seja, eu não resisto a uma listinha. Obrigada, Clarice.

O que você estava fazendo há exatamente 10 anos?
Estava deslumbrada com o primeiro ano da faculdade, consumindo drogas e achando que seria correspondente de guerra para mudar o mundo com os meus textos. Pfff.

O que você estava fazendo há um ano?
Estava numa modorra desgraçada, me perguntando se a vida era só aquilo mesmo e tentando arquitetar um jeito de virar tudo de ponta cabeça. As vezes o universo escuta esses cochichos, eu garanto.

Cinco lanchinhos que você gosta:
Chocolate (sempre, sempre, sempre), Cheetos tubinho, Danoninho, empadinha, misto-quente. Um paladar bem adulto, por assim dizer.

Cinco canções que você sabe a letra toda:
Eu sei a letra toda de um milhão de músicas, porque eu acho que letras de música traduzem meus sentimentos todos por mim. Mas se só pode cinco, ok: Fight Test, Do you realize, Cure for Pain, Mad World, Forever Lost. De repente senti falta de uma coisinha mais feliz, heim. Fica Island in the Sun de suplente.

Cinco coisas que faria se ficasse milionária:
Iria pro aeroporto só com os documentos necessários pra embarcar para onde desse na telha, compraria todos os boxes de todos os seriados, mesmo os ruins, iria à Livraria Cultura com um carrinho de compras gigante, faria sessões de carboxiterapia ad infinitum e uma depilação definitiva. Só pra começar, porque a lista é enorme.

Cinco maus hábitos:
Fumar, continuar bebendo mesmo sabendo que a próxima dose será fatal, chegar atrasada, ver TV demais, gastar demais.

Cinco coisas você gosta de fazer:
Ficar de bobeira, ganhar beijo surpresa, comprar sapato, ir pro bar jogar conversa fora, gargalhar

Cinco coisas que você jamais usaria:
Ombreiras, calça santropeito, crocks, bronzeado alaranjado, botas pata de bode.

Cinco brinquedos preferidos:
Imagem e Ação, The Sims, Massinha, Master, Ipod.

My eyes, my eyes

Vídeo Music Brasil é toda a definição de vergonha alheia que uma pessoa precisa pra vida inteira. Quase morro.

Mas Juliette Lewis continua gostosa. Aliás, acho que está mais hoje do que quando chupou o dedão do De Niro. E é bem melhor cantora do que atriz, sem sombra de dúvida.
Fato é que, se ela me desse bola, eu casava. Fácil.

Paraíso tropical

Detestei o final da novela dicumforça. Oras, como assim o Olavo era o assassino? Agora é assim, é sempre o vilão mais óbvio o assassino? Eu já tinha detestado a Laura Prudente da Costa ser a assassina, mas pelo menos rolou uma surpresa, porque ela era tão vilã que eu achei que ele jamais apostaria no óbvio. Decepção, seu Gilberto. Desisto, viu, dessa vida de TV aberta.

Falando assim, parece que eu detestei a novela. Não procede. Eu amei Paraíso Tropical. Toda uma paixão incontida por Olavo Novaes e Bebel, o melhor casal de novela desde a cachorra e o michê. Aliás, se eu vivesse de escrever novela, só ia ter vilão. Porque é deles que eu todo mundo gosta mesmo. Mocinho só serve pra fazer figuração. Eu sequer lembrava que a Negrini tava fazendo papel duplo e que uma das Negrinis tinha morrido. Só pensava em Bebel. Se Camila Pitanga eu fosse ia pegar geral, só pegaria papel de mulé da vida daqui pra frente. E Tony Ramos e Zúlia agora vão fazer par romântico pra sempre, é? Coitada de Zúlia.

E por que a Dinorah recasou de branco? Dois filhos crescidos, minha senhora. Branco é pureza, etc e tals. Enfim. Teve até Miltam Naiscimento, por que a pobre não podia casar de branco, némess? Aliás, fiquei bem confusa durante o show de Miltam. Porque estavam lá todos os mortos, ressurgidos das trevas, dando aquele tom de "acabou a novela, eu sou apenas um ator curtindo um som". Mas daí aparece Fábio Assunção e Negrini na pegação, e e Heitor e Neli e mais umas pessoas. Daí eu não entendi nada. Ainda tava rolando novela e foi uma alucinação coletiva de todos os personagens assistir ao show junto com los muertos? Ou esse povo da pegação tava só de sem-vergonhice mesmo? Porque esse pessoal da TV é tudo assim desavergonhado mesmo, eu acho possível. Se alguém entendeu, é favor explicar.

sábado, setembro 22, 2007

Guarda-roupa de firma

Outro dia a Isa fez um post muito legal sobre o casual friday, esse fenômeno do mundo corporativo. A verdade é que o mundo corporativo é um universo paralelo para nós, mortais que não sabem fazer contas nem se expressar em apresentações do power point. Eu já borboleteio por ele há algum tempo e ainda não me acostumei com tudo. O lance das roupas é só o topo do iceberg.
Porque eu jamais botei reparo nas pessoas de terno. Tem um episódio do Scrubs em que o JD fala que simplesmente não enxerga as mulheres de aliança. Daí ele grita pra todas elas tirarem a aliança e - plop - um milhão de mulheres aparece. É mais ou menos assim comigo e as pessoas de terno. Eu não as vejo. Porque eu sou preconceituosa e avalio as pessoas pela roupa. É vergonhoso, mas é fato, é o que eu faço. Pelo menos a primeira análise. Da roupa, eu calculo o que a pessoa ouve, assiste, lê, pensa. Erro vergonhosamente em 80% dos casos, mas é uma atividade divertida tirar conclusões precipitadas e pensar a respeito do gosto dos outros. E com as pessoas de terno isso não é possível. Porque o terno não diz nada, diz? É um uniforme, uma roupa completamente inadequada para o nosso clima, que só indica que essas pessoas trabalham em algum lugar coxinha.
Mas para fazer parte desse mundinho corporativo, lá fui eu me munir de terninhos. Embora as mulheres ainda possam ousar mais nesse terreno - dá pra escolher estampas, cortes, camisas, sapatos e acessórios que tenham mais a ver com a sua personalidade e não te deixem tão pasteurizada - eu também me sinto uniformizada e desprovida da minha identidade. Como eu tenho de andar de mochila, não dá nem pra bolar um visual mais abusado jogando a responsabilidade na bolsa. Isso me deixou tão deprimida que preguei um bottom de uma pinup pelada na mochila. O cliente me olhou estranho e eu fiz cara de nem te ligo.
Todo esse rodeio, na verdade, foi pra dizer o quão idiota é ficar avaliando as pessoas pela roupa que elas usam, seja porque são obrigadas ou porque gostam. Entre os meus pares engravatados, há fãs de Clash, leitores de Pedro Juan Gutierrez, admiradores de David Lynch, guitarristas, baixistas, DJs, fechadores de bar, mochileiros, paraquedistas, gourmets, piadistas... Enfim. Um monte de gente absurdamente legal e de bom gosto, seja de terno ou de roupa de missa. E apesar de ser bem legal ficar classificando as pessoas em caixinhas antes mesmo de conhecê-las, surpreender-me com o que a minha intolerância me impede de imaginar tem sido bem mais interessante.

domingo, setembro 16, 2007

Vai querer algo mais da cozinha?

Fechar bar é coisa de gente chata e egoísta, que não se conforma em ir pra casa e não pensa que o garçom e o moço do caixa devem estar de saco cheio de atender pinguços incansáveis. Eu adoro fechar bar. Na maior parte das vezes, eu só percebo que o bar está fechando quando o garçom traz a conta sem a gente pedir ou quando eles começam a jogar sabão no chão e apagar as luzes. Mas há noites em que eu só fico até o fim por uma questão de orgulho mesmo. Uma coisa patética, de não querer arregar antes de fulano. E não precisa ser um fulano amigo, embora geralmente seja.

Ontem fomos a uma buátchi e eu apostei que não iria embora antes de um cara que escolhi aleatoriamente na pista. Olhei pro cidadão e pensei: "aposto que aguento mais que ele". Às quatro e meia da manhã eu estava absurdamente cansada, fedida e com sono, mas ele dançava como se não houvesse amanhã, o que me dava forças pra continuar firme no passinho. Ele foi embora às cinco. Eu paguei a conta às 5h40, porque desligaram o som e apagaram luz.

Se eu tivesse a mesma dedicação e cretinice pra fazer regime e exercícios, seria a maior gostosa do bairro. Ou pelo menos do meu quarteirão, já que a minha vizinha da frente malha diariamente, das 5h às 8h. Rá. Quem sabe em outra vida.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Rehab?

Recebi duas notícias hoje, uma muito boa e uma muito ruim. A reação para as duas foi a mesma:

"Precisamos sair pra beber pra a) comemorar/ b) afogar as mágoas"

Hello, problemas com a bebida?

segunda-feira, setembro 10, 2007

Mad World

All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for their daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I want to drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow

And I find it kinda funny
I find it kinda sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell youI find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very mad world mad world

Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
Made to feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me

And I find it kinda funny
I find it kinda sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had

I find it hard to tell youI find it hard to take
When people run in circlesIt's a very, very mad world ... world
Enlarge your world
Mad world

quarta-feira, setembro 05, 2007

Tornei-me um hamster


Não está mais divertida a vida de morar no escritório. Acabou a lua de mel. Agora é só correr correr correr correr correr na rodinha, comer, correr correr correr na rodinha até dar esgotamento e eu desmaiar de sono. Fazer xixi é luxo. Beber água, só durante A refeição (porque só dá tempo de fazer uma). Minha vida está exatamente igual a de um hamster. Talvez um pouco pior, porque o hamster ainda é fofinho e pode ficar ali roendo bolinhas de cocô enquanto alguém afaga sua cabeça. E se ele for bonitinho, ganha bolinhas extras de cocô no fim do dia. Já eu, trabalho 16 horas por dia e não posso nem comprar uma blusinha na C&A. Não vejo mais sentido na vida quando percebo que estou invejando um bicho que come o próprio cocô.


* E nunca mais consegui pegar nos joguinhos de músicas de filmes. Continuam faltando vinte músicas e eu já decidi que vou roubar. Quero a cola. Todo mundo online no feriado me passando as respostas, ok?

sábado, setembro 01, 2007

Doente

Virei um vegetal. Não consigo sair da frente do computador enquanto não matar TODAS as músicas. Faltam 20.
Desse outro aqui, bem mais fácil, faltam 8. E tem o das séries, que eu consegui terminar.

Sério, brotoejas pelo corpo. Alguém me acuda. É muito difícil ser tão nerd.