segunda-feira, junho 30, 2008

Só links

Para os momentos de procrastinação, um dos melhores vídeos de todos os tempos. Obrigada, Pri.

Para os momentos de beauté descontrol, um excelente serviço de utilidade pública para moçoilas que não perdem o glamour, mesmo que desprovidas de recursos.

Para os momentos de comoção, o post da Camila que me emocionou.

Para os momentos de ódio contra o sistema, o post dessa moça, que me motivou.

Para os momentos de solidão.

Para os momentos de falta de fé em si mesmo.

Para os momentos de "oh-meu-deus-será-que-um-dia-terei-filhos-e-como-será-que-eles-serão?" Ou simplesmente para quando você acordar numa vibe Glen Close.

quinta-feira, junho 26, 2008

Pelo aquecimento global

Percebi que o último post despertou a comoção dos meus três leitores, o que eu achei muito bonitinho. Por isso resolvi prestar contas, dizer que ainda estou viva e dividir o guia mendigo de sobrevivência ao frio com outros pobrecitos picolés. Compadecidos de meu sofrimento, os nativos dividiram comigo sua experiência de dezenas de invernos na capital mais fria do Brasil. Algumas técnicas de aquecimento testadas e aprovadas:

- Encha duas garrafas pet com água bem quente, feche bem e coloque na sua cama, debaixo das cobertas, uns 20 minutos antes de deitar. Daí deite e posicione-as junto às partes do seu corpo mais agredidas pelo frio féladaputa. Vá alternando a posição das garrafas, se necessário. Logo você se sentira no útero materno e dormirá como um bebê.

- Essa é bem perigosa, não faça sem a supervisão de um adulto. Antes de tomar banho, pegue uma lata vazia e limpa, coloque um pouco de alcool e taque fogo. CUIDADO PARA NÃO DERRUBAR ALCOOL FORA DA LATA, NO TAPETE OU EM VOCÊ, SEU TAPADO. O ambiente ficará aquecidinho por tempo suficiente para você ficar pelado e se adaptar à temperatura do chuveiro elétrico tosco que não esquenta muito.

- Acenda velas pela casa. Não ao mesmo tempo em que enche a lata de alcool, por favor.

- Beba conhaque. Eu tinha comprado um bem vagabundo, tipo Dreher ou Presidente, pra cozinhar. Estava encostado há vários meses. No meio de tremores e dores musculares de frio, decidi encarar. Agora, é a primeira coisa que faço ao chegar em casa, atacar o Presidente. Desenvolvi alcoolismo, mas nunca mais passei frio e encaro a vida com mais alegria. E visão dupla.

- Esqueça a moda e os conceitos básicos do bem-vestir. Quando o lance é preservar a vida, vale fazer que nem esse cara. Além disso, casacos da sua avó, botas de 1994, luvas cheias de pêlos de gato, cachecóis desfiados e touca de mano farão por você o que nenhum casaqueto trendy faz.

Por isso, podem devolver as roupas de luto pro guarda-roupa. Acho que agora consigo encarar mais uns meses nesta vida de urso polar.

quinta-feira, junho 19, 2008

No Alaska

Aos amigos e parentes, obrigada por todos os anos de amor e carinho e adeus.

Despeço-me aqui dos meus, pois não sobreviverei ao inverno no Sul do País. De modo algum.

O inverno ainda não chegou, mas a média está nos sete graus. Com vento e geada. Sensação térmica de -28. Segundo os nativos, ainda vai piorar muito. Falecida, pois.

De verdade, não sei como sobreviver a isso. Não fui moldada para o frio e minha casa parece mais gelada que a rua, meu chuveiro é elétrico e não tenho calefação. Vou dormir rezando para morrer durante o sono, só para não ter de sair debaixo dos cobertores na manhã seguinte. Ligo o forno e vou trocar de roupa na frente dele. Deixo o ferro de passar ao lado da cama e, antes de me deitar, estico os lençóis com ele para não ter a horrível sensação de dor ao entrar na cama gelada. Saio na rua e o vento me faz lacrimejar e daí as lágrimas congelam.

Não consigo pensar em outra coisa. Passo o dia desejando assentos de privada com aquecimento elétrico, roupas térmicas, banho a seco, uma lareira...

Por isso, separem seus trajes de luto. E já aviso que quero ser cremada, porque é mais quentinho.

segunda-feira, junho 16, 2008

Meme



Esse é temdênssia, bee.

Eu ia roubar (como certas pessoas ensinaram) no nome, que achei idiota (e com essa fonte bicholesca que coloquei no paint e nunca mais consegui tirar ficou pior ainda), mas a foto e o título do álbum casaram tãããão bem que desisti. Já fiz cinco. Vício total e radiante.

Faz o seu aê:

1. Acesse http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Random - o título da primeira página aleatória que aparecer será o nome da sua banda

2. Vá pra http://www.quotationspage.com/random.php3 - as últimas quatro palavras da última frase da página formarão o título do seu disco.

3. Acesse http://www.flickr.com/explore/interesting/7days/ - a terceira foto, não importa qual seja, será a capa do seu disco.

Opcional: salvar a imagem e colocar nome da banda e título com photoshop.


PS.: O título do arquivo denuncia a idade da pessoa. Quem neste mundo ainda fala disco, meu caralho?

sexta-feira, junho 13, 2008

Best vídeo evah



Morri. Nunca mais pararei de rir. Deus te abençoe, Fern.
E se você não é tão nerd quanto eu e não entendeu nada, clicaqui.

O clube

Em 2005, as pessoas começaram a ir embora. Ou talvez eu é que só tenha percebido que cedo ou tarde todas elas vão ali. E até hoje, quando eu fico sabendo que mais uma foi embora, me dá uma coisa diferente. É realmente um clubinho, como a Cristina bem definiu - e certamente quem escreveu aquele diálogo faz parte do clube dicumforça.

Só que ninguém que faz parte dele quer ganhar adeptos. A não ser nos nossos momentos de fúria e loucura, quando a gente resolve achar o mundo todo injusto e odiar todo mundo que não está no clube ("mas eu sempre fui uma pessoa tão boa", "fulano é muito mais filho da puta que eu e isso nunca aconteceu a ele" e por aí vai). Quando eu fico sabendo de mais um que entrou, me dá apenas vontade de abraçar e mais nada. Palavra e merda é a mesma coisa pra nós, os membros.

Antes de entrar pro clube eu tinha pavor dos que entravam. Eu jamais saberia o que dizer ou o que fazer diante de tamanha dor. Um medo idiota, de quem pensa mais em si do que no outro. Daí eu vi esse medo no olho dos outros e achei tão feio e pequeno, mas depois tive pena, porque o clube é por demais assustador mesmo. Tudo bem, o medo.

Hoje, quando encontro algum outro membro, me dá uma tristeza tremenda. Mas também um pouquinho de conforto, porque ele sabe, eu sei, e a gente continua aqui.

quinta-feira, junho 12, 2008

Tudo verdade

Katya: Sometimes, even if you have the keys those doors still can't be opened. Can they?

Jeremy: Even if the door is open, the person you're looking for may not be there, Katya.

segunda-feira, junho 09, 2008

O filme da Norah Jones

As pessoas que me conhecem superficialmente me acham muito educadinha, simpática, engraçadinha e normal. Inha. Bem normal. Então é muito chocante quando rola um ataque de síndrome de tourette com essas pessoas, elas me puxam de canto e perguntam se está tudo bem. E eu digo que oh, sim, claro, hihihihi. Sempre revirando os olhinhos e sendo muito doce.

Daí eu saio de perto delas e vou procurar meios de botar minha barriga pra alugar na internet de modos que eu possa ganhar algum dinheiro nesta vida desgraçada. Ou ter um ataque de choros e gritos no banheiro, ou rasgar as roupas e deslizar pela porta como a Betti Faria naquela novela em que ela era corna do Tarcisião. Não que isso faça de mim uma anormal, hoje em dia o conceito de normalidade está bem mais elástico - graças aos céus - e eu só considero anormais pessoas que comem o próprio cocô ou assistem ao Fantástico por prazer.

Mas fico pensando na percepção que as pessoas tem da gente, que às vezes é tão brutalmente diferente daquilo que a gente realmente é ou acha que é. Acho isso bem bom, na verdade. Não faço questão alguma de me desnudar dessa forma pra 98% das pessoas que eu conheço e mostrar o meu melhor e o meu pior. Eu acho que a Inha cumpre bem seu papel junto às massas. Do jeito que a coisa vai, esta é uma das poucas coisas que ainda cabe a mim decidir.

Aliás, e o filme da Norah Jones heim? Sério mesmo? Não bastou Whitney Houston? Será que é bom? Arrisco?

Rá, te peguei.

Beijomeliga.
Coisas que eu faço e que ninguém entende (numa vibe Caco Galhardo em um post que nada acrescentará à sua vida, caro leitor):

Stalkeio pessoas por hobby
Tenho muita vergonha de pedir informação
Não provo roupas pois me sinto na obrigação de comprá-las
Gosto de ver fotos de ex-namoradas do namorado para achá-las feias, tortas e burras (mesmo que não sejam)
Sei o nome de todas as celebridades, sub-celebridades, ex-celebridades e aspirantes a celebridades, mas ainda não sei explicar o meu trabalho
Me sinto pretensiosa e arrogante ao redigir currículos e fichas de emprego
Converso com apresentadores de telejornal e de programas de variedades
Assisto fielmente Caminhos do Coração
Gosto de adiar ao máximo a solução de problemas, até que eles se tornem problemas ainda maiores e mais difíceis. Tipo o português que comprava sapatos um número menor só pra ficar gostosinho na hora que ele os descalçava
Quero ter três filhos ou nenhum
Me sinto estranhíssima se não tenho nenhum problema
Acho que a culpa de todos os males do mundo é minha.

E esta foi mais uma edição da sensacional série memememe, aquela que nem eu mesma acho interessante.

quarta-feira, junho 04, 2008

Nhé

Já voltei e estou em depressão pós-férias.

Cortospulsos.