quinta-feira, janeiro 24, 2008

Linha do tempo, parte 1

Forever Lost - The Magic Numbers
Heart of Glass - Blondie
Young Folks - Peter Bjorn and John
Les Lumieres de Paris/French Kiss - Pierre Adenot
As above, so bellow - The Klaxons
Don - Miranda
Cautioners - Jimmy Eat World
Back and to the left - Texas is the reason
Bones - The Killers
Blue Monday - Flunk
D.A.N.C.E - Justice
Borboleta - Marisa Monte
Guantanamera - Buena Vista Social Club
Infected - Bad Religion
Nocturna - Tosca Tango Orchestra
Grace Kelly - Mika


Basicamente, essa é a história que mudou minha vida. Escrita assim mesmo.
E ninguém precisa entender nada. Pra mim é tudo que faz sentido, todo o sentido do mundo.

Mal posso esperar pelas partes dois, três, quatro, um milhão.

Ui!!

Anotem: sexta vai ter babado forte envolvendo o nome de Renato Mendes e eu estou me gaMbando toda por saber disso em primeira mão.

Oi, The Sun, tamos aí viu? Te amamos.

terça-feira, janeiro 22, 2008

BBBosta 2008*

Comecei a assistir de verdade hoje, elegi Galego como favorito e ele vai sair daqui a pouco.

Puta mundo injusto, meo.

PS.: O lance do telefone foi de gênio.

* Qualquer semelhança com o melhor blog ever não é mera coincidência, é homenagem mesmo.

ghfsfahgsf

Profundamente transtornada com o passamento de Heath Leadger. Porque eu via todos os filmes dele e gostava e porque ele era bonito e bom ator e ninguém mais é as duas coisas hoje em dia.

Mas na verdade fiquei mesmo passada com o jeito do passamento. Porque ele foi tipo comido pelos gatos. Teria sido, né, não fosse a faxineira. E tinha 28 anos. Muito triste a pessoa ser comida pelos gatos aos 28 anos. Tenho muito medo disso, todos os dias. E isso porque ele era rico e famoso e até já foi indicado ao Oscar. Se acontece uma coisa dessas comigo, os gatos comem até os ossinhos até alguém lembrar de procurar.

Medo, medo e medo.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Necessidades

Eu preciso dar uns gritos. Eu preciso de férias. Eu preciso de um computador novo. Eu preciso de mais espaço para minhas coisas. Eu preciso sair mais, muito mais. Eu preciso viajar. Eu preciso voltar a estudar. Eu preciso fazer exercícios. Eu preciso comer melhor. Eu preciso parar de chorar, eu preciso chorar mais. Eu preciso dirigir. Eu preciso parar de ter medo. Eu preciso ligar o foda-se. Eu preciso parar com autosabotagem. Eu preciso de um cachorro e de um sapato novo. Eu preciso ir mais vezes ao cinema e à locadora. Eu preciso me declarar mais. Eu preciso de um emprego melhor. Eu preciso ler mais. Eu preciso ligar o som, deitar no chão e fechar os olhos muito mais. Eu preciso de mais cerveja. Eu preciso perder a barriga. Eu preciso dar mais atenção aos amigos. Eu preciso podar as plantas. Eu preciso ir buscar meu diploma e tirar MTB. Eu preciso fazer mais frilas. Eu preciso não comparar. Eu preciso parar de gastar. Eu preciso ganhar mais. Eu preciso passar uma tarde olhando o mar. Eu preciso de silêncio, eu preciso de música.
Eu não preciso resolver nada agora.


* às vezes é bem triste descobrir o quanto um post de três anos continua atual.
Mentira, tem mais uma: I'm not your bitch, bitch.

Oi

A respeito do dia de hoje e da vida enquanto um todo, só tenho uma frase: quirimbora.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Porque eu estou emo

I Already miss you - The Kooks

I know you're feeling bitter
What i said last i didn't mean
And now that i'm a little better
This is what i meant to say

Babe i already miss you
Sweetheart i already miss you
Sweeteyes i already miss you
And you only just walked out the door

You know i hate talking on telephones
I'm so sorry its just my way
And now that i'm a little older
There's so much to you i'd like to say

Babe i already miss you
Sweetheart i already miss you
Sweeteyes i already miss you
And you only just walked out the door

Directions




quarta-feira, janeiro 09, 2008

Décima linha

Livros são como relacionamentos: vc sabe se vale a pena até a décima linha. Os livros que me fazem suspirar até hoje começaram com um "Uau", lá pela décima linha mesmo. Geralmente terminaram em lágrimas. Mudaram meu jeito de enxergar a vida, o universo e tudo o mais.

Na página 64 de "Tudo se ilumina", eu perdi o sono. Li e reli oito vezes, enxuguei as lágrimas, assoei o nariz e fui pro Google procurar o email de Jonathan Safran Foer. Eu precisava pedir a ele que parasse de me judiar e expor minha alma assim, e perguntar como ele podia saber disso tudo:

"Acordava toda manhã com o desejo de agir corretamente, de ser uma pessoa boa e significativa, de ser, por mais simples que isso pudesse parecer e impossível que fosse na realidade, feliz. E ao longo de cada dia o seu coração afundava, do peito para o estômago. No começo da tarde ele tinha a sensação de que nada estava certo e sentia o desejo de ficar sozinho. A noite, ele se realizava: sozinho, na magnitude de seu pesar, sozinho com sua culpa difusa, sozinho até na sua solidão. Não estou triste, repetia ele sem parar, Não estou triste. Como se um dia pudesse se convencer disso. Ou se se enganar. Ou convencer os outros - a única coisa pior do que ficar triste é deixar os outros saberem que você está triste."

Foi a primeira vez na minha vida que rabisquei um livro. Sublinhei esse trecho (mas bem de levinho, de lápis) e nunca mais parei de pensar nele. Ainda não sei como tudo vai se iluminar, pois ainda falta muito pro fim. Não quero que termine, porque não quero parar de ser desvendada e de sentir essa tristeza tão imensa e tão de verdade que ele me faz sentir.

Não é a tristeza de uma grande tragédia, nem de um romance irremediavelmente perdido, nem da morte. É a tristeza de todo dia, aquela que acumula dentro da gente que nem poeira nos cantinhos. Aquela que nos deixa com as "botas pesadíssimas". Aquela que você acha que só você sente, mas que na verdade é banalíssima.

Não achei o email dele. Mas se tivesse achado, a única coisa que teria dito seria "obrigada". Vou ali me deliciar com a tristeza e volto já.

domingo, janeiro 06, 2008

Fim das férias

A parte ruim de férias extremamente boas é que elas acabam e eu fico profundamente, PROFUNDAMENTE deprimida. Estou pensando que tenho de voltar ao trabalho amanhã e me dá vontade de beber cândida. E não devia né, porque as coisas novas e etc. Mas dá. Só penso em cândida. Penso e choro. Penso em pegar o avião e choro, ainda mais porque essa noite sonhei que estava em um avião e ele caía no mar, e eu morria, morria de verdade. Por sorte, o trajeto pra lá não passa pelo mar, mas estou sentindo uma vibe Ritchie Vallens nada agradável. De toda forma, mandarei minhas senhas do blogspot e do orkut pro Sassê, meu fiel do segredo, pra garantir. Deusulivre ter gente visitando meu perfil e me deixando recados pra descansar em paz.
Enfim. Blé. Espero que eu não morra. Não desejo que meu último post seja essa coisa mau-humorada. Tem que ser uma coisa bem linda e edificante, pra que vcs pensem em mim como uma criatura iluminada e chorem de saudade pelo resto da vida.

Humor negro à parte, desejem que eu não morra, ok? Sério mesmo. Muito medo.

* Pior de tudo é que até o horóscopo I-Google anda me dando esporro. Assim não dá. "Tying up loose ends is your main business today, for tomorrow starts a new cycle of work in the outer world. You want to have fun, but you cannot say "no" to your chores, even though sweet and friendly Venus is brushing up against your ruling planet, stern Saturn. Do the work first and have fun later in the day."

Minhas férias

Muito pheena e antenada com as tendências mais hypes do momento, fui passar as entradas no estrangeiro, porque essa coisa de litoral é sooo last season. 3.518 brasileiros igualmente hypados tiveram a mesma idéia e infestaram a capital portenha. Me mantive escrota e reclamando deles durante os sete dias. Afinal, reclamar dos compatriotas é trés chic.

A verdade é que essa foi a minha única desculpa para reclamar, já que a vida esteve absolutamente perfeita e mais um pouco nesse período. Se da primeira vez a palavra de ordem foi encantamento, e eu queria entrar em todos os lugares e fazer todos os passeios de turista e tirar foto até da privada do hostel, dessa vez foi mais descoberta mesmo. Sem a ansiedade da primeira visita, você consegue realmente "ver" o lugar onde está passeando. Consegue ver que as ruas são sujas, o ar é poluído e o rio é fedido. Mas também consegue sentir um pouco melhor como deve ser a vida de verdade ali, de quem mora ali. Isso é o que eu mais gosto em viajar - descobrir esses outros mundinhos e conhecer os hábitos parecidos e diferentes das outras pessoas.

Optamos por não pegar filas em museus ou restaurantes badalados - e o mérito é todo do namorado, que fez uma lista de lugares à prova de turistas, mais legal do que qualquer guia. Não fosse por isso, eu jamais teria conhecido a galeria Bond Street, um misto de Ouro Fino com galeria do rock, perfeito pra comprar camisetas divertidas e livros diferentes (miacabei na Rayo Rojo). Também não teria comido no El Obrero, que fica numa rua muito, muito feia e perdida no meio do Boca, mas tem a melhor massa e os garçons mais gente fina da cidade. No Mundo Bizarro, a gente quase se sentiu em casa. O bar é todo descolado, tem Betty Page pra todo lado e só toca música alternativa - inclusive brasileira (nada de Bebel Gilberto por aqui, amém!!).

Também foi bom nos perdermos - e isso fizemos muito! - sem preocupação. Nem sempre queríamos consultar o mapa e era uma delícia deixar Buenos Aires nos surpreender. Mas a verdade é que, apesar de todos os passeios incríveis e dos lugares escondidinhos, o melhor dessa viagem são as coisas que não se pode fotografar nem recomendar, só se pode viver. E essas eu não quero dividir com mais ninguém.