quarta-feira, julho 21, 2004

Em meu terceiro curso na Universidade do Livro, tiro algumas conclusões:

Todo mundo que trabalha nessa área é muito, muito feio. E tem mau-gosto para roupas;
Todo mundo ganha muito, muito mal. Não sou só eu;
Todas as mulheres tem cara de mal comidas. E os homens tem cara de brochas;
Os mais velhos são arrogantes e azedos. Os mais jovens são animados e simpáticos e todos são meio parecidos com a Lisa Simpson.
80% dos alunos não acham graça nenhuma das piadas dos professores e não riem nem para serem simpáticos;
68% deles parece frequentar o curso apenas pelo lanchinho (que é ótimo mesmo);
Eu pareço ser a única na classe que não sabia que não se pode começar uma frase com pronome oblíquo. Pelo menos fui a única que não ficou com cara blasé quando ela disse isso. Aliás, eu não me lembrava mais do que era pronome oblíquo;
Essa profissão não tem nenhum glamour.

Ainda assim, gosto mais e mais desse processo. Talvez eu consiga conciliar as duas coisas e, com o auxílio da medicina avançada, cosméticos de primeira linha, boas amigas para dar conselhos sobre roupas e um marido bonito e bem-disposto, eu consiga fugir de todos os estereótipos que citei. Menos do fato de ganhar pouco e não saber o lance do pronome oblíquo.

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