quinta-feira, novembro 17, 2005

O caso dos dez negrinhos, parte 2

Outra coisa que me fez feliz foi o hostel que ficamos, o Milhouse. É uma casa daquelas antigonas, de quatro andares e pé-direito alto, que também já foi um cortiço. Hoje, é um PUTA hostel legal. Sempre imaginei hostels como aquele lugar onde vc dorme, toma banho e só, mas lá, quando eu chegava à noite, a cama estava feita, o quarto cheiroso e toalhas novas e secas me esperavam no banheiro. O quarto era lindo, com armários espaçosos, cômodas antigas, muitas gavetas e abajures com tirinhas da Mafalda. Na "sala comum", mesa de sinuca, milhares de CDs, livros, quadros, sofás fofinhos e Internet grátis (da qual eu fiz questão de não chegar nem perto, credo). Sempre tinha música ou festa lá embaixo, mas o barulho não chegava nos quartos e todos dormiam como bebês. Lá em cima, um terraço onde a gente se estendia em espreguiçadeiras e apreciava uma vista bacana. O atendimento é muito simpático e informal e o café da manhã tem pão feito na hora e - tcharãmmm - doce de leite argentino. Eu teria pago o dobro do preço e achado justo. Mas é um hostel e é barato e eu amo isso. Longa vida ao Milhouse e aos albergues da juventude de qualidade.
Pra terminar, acrescento que estou num mau-humor extremo porque não queria de modo algum ter voltado tão rápido, passaria um mês lá feliz da vida. Afinal, foram 4 dias lindos, nos quais me dei ao luxo de não pensar demais, não olhar o relógio, andar devagar e me perder bastante. Ai, ai. Saudades. De qualquer forma, não deu tempo de visitar alguns lugares da lista que eu tinha feito, um excelente motivo para voltar o quanto antes.

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