quinta-feira, dezembro 09, 2010

Minhas colegas de auditório

Faz muito, muito tempo mesmo que eu queria escrever esse post, mas sempre pensava no tanto de justificativas que eu poderia vir a ter que dar, nas possíveis aporrinhações que iria sofrer e sempre optava por evitar a fadiga. Daí que hoje eu tive um dia especialmente difícil, que confirmou todas as minhas terríveis teorias e me fez decidir pelo desabafo.

Eu detesto trabalhar com mulher. Pronto, falei. Detesto com cerebro, corpo, alma e vísceras. E antes de explicar por que eu já explico que sei que as excessões é que são a regra. Quem mais me ensinou nessa vidinha corporativa foi uma mulher, uma que é o oposto de tudo isso que vou dizer. Só que esse perfilzinho escroto das próximas linhas é uma minoria tão, tão, tão chata que me fez pegar esse nojinho generalista horroroso.

Como diria o poeta, já tive mulheres de todas as cores, mulheres vulgares e muitos dissabores. O que vi em algumas delas foram coisas que ajudam a perpetuar essa merda de mercado de trabalho que não dá cargo de confiança pra mulher, que dificulta o crescimento na carreira e que dá salários 20% menores pra quem tem periquitinha.

Mulheres que choram no meio de um esporro ou de um simples feedback do chefe; que acham que tudo que se diz é uma agressão direta à pessoa delas e não um comentário sobre o resultado do trabalho, que pode, sim, estar ruim; que usam a TPM como desculpa para fazer serviço porco ou tratar mal aos outros.

Há também as mulheres que não sabem cobrar o que precisa ser cobrado por medo de que as pessoas gostem menos delas, mulheres que não sabem falar com objetividade o que querem, preferem fazer fofoca com um terceiro do que falar diretamente com quem a incomoda, que são muito vaidosas para admitirem que não entenderam alguma coisa. E o pior de tudo: mulheres que esquecem da ética quando se sentem ameaçadas - e se sentem ameaçadas o tempo todo.

E quando isso acontece, a coisa fica muito feia. Vai desde simples comentários para diminuir as colegas ("Fiquei preocupada com vc, ficar calada daquele jeito em uma reunião tão importante, todo mundo percebeu e comentou. Ce tá bem, ameega?") até boicotar o trabalho dos outros ou inventar coisas que podem comprometer de verdade as pessoas. E essas não são coisas que eu acho que acontecem. São coisas que eu vi acontecerem, comigo ou com amigos, infelizmente sempre vindas de mulheres. Homens não são santos, longe disso, mas as coisas que eu acho mais desprezíveis, por azar ou por padrão, vieram delas.

E daí eu criei esse pavor, esse preconceito que me incomoda demais. Mas, ainda que de vez em quando uma praga dessas mostre as garras, o preconceito está se tornando cada vez mais bobo na minha cabeça. Porque quando coloco na balança, encontro muito mais meninas incríveis do que bruxas más. E aí meu coração serena e me dá ânimo pra vestir o terninho no dia seguinte e ir pra luta, de unhas pintadas e luvas de boxe.

Por isso, a todas vocês que passam muito longe desse nojinho todo, perdão.

4 comentários:

flordelis disse...

Ah, Suzana, e pior, não é só no mumdo corporativo não. Mulher é péssima amiga, eu só tenho decepção, por coincidência acabei de escrever sobre isso. Teu post tá genial.

Dinorah disse...

Concordo com você em tudo! Sempre achei muito complicado lidar com mulheres. São mesquinhas, invejosas e chaaatas. Sempre preferi trabalhar com um monte de marmanjos, que como tudo tem exceções, mas são menos chatos do que muitas mulherzinhas.
um abraço
Dinorah

Anônimo disse...

Que bom que não sou apenas eu que sinto dificuldade em trabalhar com funcionárias do sexo feminino. Na minha opinião, homens tendem a ser muito mais objetivpos e práticos. Deve ser a vergonha de ficar dando piti...

Suzana disse...

É uma pena que seja assim, né? A mulherada vem se esforçando tanto, há tantos anos, pra conseguir se impor e fica com essa má fama por causa de meia dúzia de idiotas capazes de fazer um estrago enorme. Espero que um dia essa prática caia definitivamente em desuso.