quarta-feira, julho 28, 2004

Acabo de me dar conta de que só vou dormir mais duas noites na minha cama, no meu quarto. Só tenho mais dois dias para chegar em casa e encontrar a comida prontinha e o colinho de mamã me aguardando. Meu gato amado só vai me receber na porta mais duas vezes. Só vou tomar café da manhã ouvindo o padre Marcelo por mais duas vezes (Aleluia, senhor!). Só faltam mais dois dias para que eu possa tomar um banho inteiro sem que ninguém abra alguma torneira e faça o chuveiro ficar pelando, ou bata na porta perguntando: "Vai demorar?". Daqui a dois dias ninguém mais vai ficar me mandando comer mais frutas, botar mais blusas, levar guarda-chuva.
Vou sentir uma falta louca de tudo isso. Ou de quase tudo.
Se eu economizasse tudo que gasto em creminhos, sabonetinhos e máscaras, já teria dinheiro suficiente para fazer uma boa plástica.

segunda-feira, julho 26, 2004

Ontem estava passando Detroit Rock City na Sessão das Dez. Eu assisti inteirinho e gostei. E eu nem curto Kiss.
Estou com dor de garganta e sem voz. Tudo culpa do jogo de ontem. Mas valeu a pena. Ganhar da Argentina já é muito, muuuuuuuito bom, mas tirar o docinho da boca deles daquela maneira foi sensacional!!!!

quarta-feira, julho 21, 2004

Em meu terceiro curso na Universidade do Livro, tiro algumas conclusões:

Todo mundo que trabalha nessa área é muito, muito feio. E tem mau-gosto para roupas;
Todo mundo ganha muito, muito mal. Não sou só eu;
Todas as mulheres tem cara de mal comidas. E os homens tem cara de brochas;
Os mais velhos são arrogantes e azedos. Os mais jovens são animados e simpáticos e todos são meio parecidos com a Lisa Simpson.
80% dos alunos não acham graça nenhuma das piadas dos professores e não riem nem para serem simpáticos;
68% deles parece frequentar o curso apenas pelo lanchinho (que é ótimo mesmo);
Eu pareço ser a única na classe que não sabia que não se pode começar uma frase com pronome oblíquo. Pelo menos fui a única que não ficou com cara blasé quando ela disse isso. Aliás, eu não me lembrava mais do que era pronome oblíquo;
Essa profissão não tem nenhum glamour.

Ainda assim, gosto mais e mais desse processo. Talvez eu consiga conciliar as duas coisas e, com o auxílio da medicina avançada, cosméticos de primeira linha, boas amigas para dar conselhos sobre roupas e um marido bonito e bem-disposto, eu consiga fugir de todos os estereótipos que citei. Menos do fato de ganhar pouco e não saber o lance do pronome oblíquo.

segunda-feira, julho 19, 2004

Um conselho para quem estiver pensando em se mudar/casar/juntar: não o faça no inverno. Passei sábado e domingo vestida de galochas e luvas de borracha, lavando banheiro e cozinha e com frio até na unha do dedão. Gaaaaaarrrhhh!!

quinta-feira, julho 15, 2004

Preciso deixar de ser trouxa. Urgentemente.
Que ódio.

terça-feira, julho 13, 2004

Peguei Hell emprestado ontem e acabei ontem mesmo, estava interessante e li em menos de 3 horas. É o livro daquela moça francesa que diz ser uma putinha da pior espécie porque compra na Dior e devolve o prato 3 vezes no restaurante. Não achei ela tão putinha assim, ela é até simpática, embora banal. E fiquei meio irritada porque fui ler o livro atrás das surubas, orgias e festas regadas a drogas espetaculares que as resenhas haviam propagandeado. A menina fuma feito uma cavala, bebe três garrefas de vinho por jantar, cheira muita cocaína e dá pra todo mundo (separadamente, um por dia, e não todo mundo junto). Até aí, nada incomum e nada que eu já não tenha visto em meu círculo de amizades pobretonas. Aliás, eu tenho amigos pobretões muuuuuuuito mais ousados, ora. A diferença é que ela bebe champanhes de mil francos e a gente bebe lambrusco, eles andam a 150 por hora num porshe e a gente num corsinha 98. Mas nada de grandes bacanais, gente tendo overdose, gente se afogando no próprio vômito, gente transando com celebridades que gritam "faz um filho nessa nega". Enfim, achei que o dourado mundo dos ricos fosse muito mais interessante, pra falar a verdade. É igual ao nosso, só que com grife. Que merda.

segunda-feira, julho 12, 2004

Odeio obra. Até as mais simples. Porque enquanto o pedreiro fica lá mexendo nas coisas, eu fico tendo contrações estomacais esperando o momento em que vou ouvir "Iiiihh...". E tenha certeza, o "Iiiihhh" sempre vem. E a obra que estava programada pra durar duas horas, acaba levando três dias. Juro pela nossa senhora do sapato de bico fino que nunca mais, NUNCA MAIS, faço obra nenhuma em casa.

quinta-feira, julho 08, 2004

Eu era contra, mas até que estou gostando do Orkut. Ou melhor, não gosto dele, mas gosto muito do que ele faz. É muito bom reencontrar gentes com quem não falo há décadas e que eu supunha que nem sabiam mais meu nome. Elas não apenas sabem, como me mandam e-mails e a gente se reencontra e fica amigo de novo. Só hoje reencontrei três pessoas queridas, o que me deixou muito feliz, e uma pessoa que já foi muito querida mas há muito deixou de ser, o que me deixou melancólica. Porque fiquei até com um pouco de saudade e tudo, mas meus brios não me permitem fazer qualquer contato. De qualquer forma, é bom saber que ela continua igual, está bem e parece feliz. Coisa que eu jamais ficaria sabendo sem o Orkut. Ah, essa tecnologia.
O impossível aconteceu. Homem-Aranha 2 consegue superar o primeiro. Vou assistir 27 vezes.
As tiradas de humor são impagáveis, as cenas de ação são excelentes e a abertura é uma das coisas mais legais que eu já vi nesta vida. Mas o que mais me agradou foi o fato de Peter Parker estar mais nerd e loser ainda, mais gente como a gente (afinal, é por isso que ele sempre foi meu super-herói favorito). E vocês conseguiram achar o Stan Lee dessa vez? Meu passatempo predileto nos filmes da Marvel é procurar o Stan Lee, tipo onde está Wally.

quinta-feira, julho 01, 2004

Se sempre faltou pouco para meu cérebro ser confundido com geléia de uva, agora não falta mais nada. Derreteu de vez, com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Ontem entrei no chuveiro de sutiã (e demorei uns 10 segundos para perceber, quando ele já todo molhado). Hoje, no quilo, esqueci do prato e servi arroz na bandeja. Morri de vergonha.
Acho que devo consultar um doutor.