Minha nova sobrinha nasceu (aquela da segunda geração, que me deu aquele título feio que eu não vou nunca mais repetir). Estou pra ver coisa mais linda, gostosa e cheirosa na vida. E os pais e os avós dela nunca devem ter lido "A vida do bebê" e tiram fotos com flash e falam alto e gritam o tempo todo e eu tive quase um ataque de nervos diante desse quadro, mas minha família achou tudo muito normal. A pequena, então, nem abriu os olhos. Mas eu bem que vi que cada vez que o avô dela berrava, ela dava um suspiro profundo, como se já soubesse o que a aguarda. Tadenha. De minha parte, decidi que se algum dia eu procriar, vou parir na Namíbia, como a Angelina Jolie, para não correr o risco, que minha família faz mal à saúde dos bebês. Cruzes.
Daí, no meio disso tudo, entra minha outra irmã, aquela do botox. Aquela que tem dois filhos marmanjos, um de 18 e um de 15 anos. E conta que está gravidinha também. De gêmeos. Síncope coletiva na sala, as pessoas mudas, as pessoas achando que ouviram mal. Depois as pessoas todas gargalhando. Depois de uns 15 minutos de cara de bolinha (tenho certeza que todo mundo estava esperando alguém sair de trás do piano e dizer que era uma pegadinha do Faustão), os abraços e beijos e planos e o meu suspiro aliviado. Afinal, acabei de ganhar mais uns bons anos pela frente sem nenhuma tia velha me perguntando quando vai ser a minha vez.
E foi assim que a minha família decidiu repovoar a Terra, só para vocês saberem.
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