Ia fazer esse post só depois do carnaval, porque é quando o ano começa de fato, mas daí o servidor caiu e ficou sobrando um tempinho sem nada pra fazer e zás. E eu precisava de um tempinho pra ACEITAR que todas essas coisas eram comigo mesma - desde o dia que, na buátchi, fiquei toda prosa quando recebi uma frô e 10 minutos depois a garçonete pediu pra eu devolver porque o presente era pra outra pessoa, que me tornei bastante desconfiada das benesses da vida. Como já se passaram dois meses, sinto-me segura para o meu post de ano novo, portanto.
Dessa vez o tal do "ano-novo, vida nova" não ficou só no clichê. Mudei (finalmente!) de casa, mudei de trabalho, mudei o corte de cabelo, mudei a alimentação e mudei os hábitos. Voltei pra escola, pro médico e pro professor de inglês. Larguei a terapia. Ganhei um cachorro e um gato. Comecei a praticar dança. Zerei o cartão de crédito. Passo 15 minutos por dia no trânsito. Tenho uma agenda de gente grande, com anotações muito importantes e impactantes. Pago as contas em dia. Uso salto 15 e esmalte azul.
Mas nada disso foi de caso pensado, por causa do ano-novo. A única coisa que eu mais ou menos planejei foi mudar de casa. O resto simplesmente caiu na minha cabeça. Eu acho a vida meio parecida com aquela brincadeira do programa da Xuxa, que vc ficava na cabininha, com fones de ouvido, e tinha que responder se queria ou não trocar uma chupeta usada por uma bicicleta, sem de fato saber para quê estava dizendo siiiiiiiiiiim ou nããããããão. Então, foi mais ou menos isso.
"Você aceita trocar seu emprego em Alphaville, no qual você leva duas horas e meia para chegar e passa o dia com cara de pudim de pão esperando a morte chegar por um outro na avenida paulista, para fazer uma coisa que você não tem bem certeza se é capaz de fazer mas sua mãe disse que vc é?" - Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!
E daí eu fiquei feliz por estar morando onde queria e trabalhando onde mais queria ainda e comecei a dizer siiiiiiiiiiim pra todas as outras coisas. E pode ser chocante para vocês, queridos leitores, mas eu estou feliz de verdade. E nem sei dizer bem por que. Não é só por causa do emprego ou da casa ou dos amigos novos. E nem por tudo isso junto. A vida está longe de ser perfeita. Mas eu acho que estou descobrindo que gosto dela exatamente assim, da mesa virada mas sem espalhar muitos papéis.
8 comentários:
definitivamente a gente só precisa dizer siiiiim para tudo de bom que a gente, siiiiim, merece!
Que história é essa de ter um cachorri? MORRI! ÓUM
Felicidade é tudo o que você merece, Gacta.
essa "D." aí de cima soy yo. Não sei como minha assinatura ficou assim, nem como mudar. E preguiça tb.
Hahaha, D. de "Dama Misteriosa". O cachorro ainda nem chegou, mas já é meu há dois meses. E vc ainda nem foi conhecer a casa, sua miserávi.
E vc, Dima? Quando vamos cumprir nossas promessas e botar em prática aquela cervejinha?
Vai fundo, Suzana!
adorei o post e a vida nova! mas a brincadeira não era no silvio santos? : P
Na Xuxa também tinha, Isa!
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