Ontem foi um dia totalmente atípico. Preciso dizer que adoro dias atípicos. Depois de ficar o dia todo em dúvida se ia sozinha à palestra do Fernando Meirelles, mandei tudo às favas e fui, só eu e eu mesma, sem Irene. Foi uma de-lí-cia. A palestra foi muito ducaralho, não só pelo que o diretor falou, pelas dicas de roteiro nem pela exibição do "Cidade dos Homens", mas principalmente porque o menino que interpreta o Marreco, o irmão do Buscapé que é morto pelo Dadinho criança em "Cidade de Deus", falou muito e bem. O cara é daqueles tipos que vc quer muito chamar pra tomar uma cerveja e ficar batendo papo, gente finíssima e divertido demais. No final ainda teve vinhozinho de grátis.
Depois, já meio bebunzinha, fomos para o Urbano, para o show que não era do Trio Mocotó, mas de uma banda que tinha vocalista brasileira, baterista holandês, baixista iraniano e dj indonésio. Os gêmeos Flávio e Gustavo estavam lá. Quando vi, quase peguei minha bolsa e fui embora, mas depois pensei que aquela situação surreal poderia ficar engraçada depois de uma "vozes de dodka". E ficou. Eles xavecaram a Fe, a Ana, a Amanda, as tchecas e qualquer mulher que respirasse perto deles. Mas é claro que não pegaram ninguém. Oferecemos 40 reais para a Fernanda caso ela tivesse coragem de beijar um deles e ela até que dançou um pouco com o moço, mas depois o estômago dela embrulhou e ficou por isso mesmo. As tchecas são absurdamente legais e engraçadas e dançam feito brasileiras. Aliás, dançamos loucamente até às 4h30 da manhã e hoje eu estou menos do que o pó. Eu não sinto nadinha. Tem uma membrana plástica em volta do meu céLebro. Tem três sacos de sal em cada olho meu e 80 quilos pendurados em cada perna. 8h30 da manhã de hoje eu tava lá na Faculdade de Medicina assistindo palestra sobre pesquisa viral. Como eu estou suportando tudo isso, não sei. Começo a desconfiar de que sou uma super-heroína, mutante ou algo assim. Espero que não comecem a me nascer espinhos nas costas ou garras de ferro nas mãos.
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