Que loucura, tantas coisas acontecendo, tão pouco tempo pra fazer o que eu gosto. Enfim.
Nesse final de semana minha irmã arrumou mais um pouco os armários da minha mãe, tentando botar ordem uma bagunça de 30 anos, no mínimo. Mas foi engraçado. Ela achou uma pasta com os primeiros cadernos escolares de nós 5 e eu estava toda feliz vendo meus rabiscos do jardim da infância, constatando que sempre desenhei mal bragarai mas conservava meus cadernos impecáveis, tudo muito bonito e muito saudoso. Todo mundo em volta olhando. De repente, uma página mais gorda. Quando eu abro, dezenas de figurinhas dos menudos coladas, com centenas de coraçõezinhos desenhados. No centro da página, uma figurinha do Ray, com a seguinte legenda: "você é minha namorada", dentro de um enorme coração trespassado por uma flecha e a anotação, com a minha letra: "Ray, ai lóvi iuo".
Afe, o passado realmente condena.
PS: No final do caderno de desenhos, de 1988, achei o que talvez tenha sido meu primeiro conto, batizado de "A desobediência de Edgard". Por que será que meu personagem principal (que no final levava uma surra com vara de bambu) se chamava Edgard?? Eu nunca conheci nenhum Edgard, não era personagem de nenhuma novela, nem parente, nem dono da venda. Não sei de onde tirei isso.
PS2: Em todos os desenhos da família, eu fazia um bigodinho no meu pai, que nunca usou bigode. Suspeito.
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