terça-feira, fevereiro 21, 2006

Da arte de ser imã de maluco

Ontem fui ver a pré-estréia de Capote (aliás, filmão. O Oscar é de Phillip Seymour-Hoffman e ninguém tasca, se não for é marmelada) lá no Unibancu. Uma cortesia da , amada e VIP, e do namorado dela, que teve dor de dente e não pode ir ao cinema e me deu o lugar. Estimo as melhoras dele.
Bom, daí cheguei cedo e fiquei esperando a pobrezinha, que nunca chegava, presa no trânsito do U2. Estou lá pensando na vida e no preço do quilo de arroz, cola um véio. Bem veinho, de bengala e Seiva de Alfazema e tal. Perguntou que livro eu estava lendo (e era ainda o infanto-juvenil, que é grande bragarai), se era bom, yada-yada-yada. Normal. Dei corda e achei bom. Mil vezes um veinho que um blasé com óculos de aros escuros. Se bem que os blasés não falam com ninguém.
Enfim. Quando não havia mais assunto, o véio me diz: "ah, então, mas posso te dar um conselho? Couve é ótimo pra prevenir tumores, viu? Couve e repolho, você gosta? Tem que comer três vezes por semana e não pode deixar ferver e..." E me deu a receita de molhos e do ponto de fervura exato pra fazer o elixir da vida.
Cara de bolinha clássica.
Depois de acabado o filme e o debate com os dois entendidos, lá foi o veinho elogiar um dos palestrantes. No final, lançou: "Mas, então, posso te dar um conselho? Couve é ótimo pra prevenir tumores".
Só pode ser pegadinha. Estou esperando aparecer no João Krebis. E ainda teve a outra véia completamente retardada que deu um pequeno show na sala e precisou ser retirada pelos seguranças. Mas isso eu deixo pra contar, que ela tem mais propriedade.

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