Não é má vontade nem falta de tempo que me afastam daqui, mas a absoluta e completa falta de assunto. A modorra, mesmo. NÃO ACONTECE NA-DA. O pior de tudo é que eu não quero fugir dela, sinto-me absolutamente confortável na modorra. Isso me preocupa. Especialmente quando as pessoas perguntam: o que você tem feito de bom? Antes eu ainda falava de BBB, mas agora, o que me resta? E o que fazer pra sair dela?
Porque tem de ser algo bem radical mesmo. Tipo raspar a cabeça, pular de pára-quedas, embebedar-me no happy hour e dançar nua em cima da mesa, adotar uma criança vietnamita, mudar de opção sexual, deixar um príncipe fazer fon-fon (obrigaaaaaaaaaaada, Camila) no meu peito. Eu deixaria. Se fosse o mais velho, eu venderia a foto com o maior prazer. Se fosse o mais novo, que faz mais meu tipo, eu tentaria uma esticadinha no castelo. Depois venderia as fotos com o maior prazer. Eu gostaria de QUERER ter uma rotina alucinante, só para entretê-los. Juro.
Mas, do jeito que as coisas estão, somente os grilos respondem quando alguém pergunta o que eu tenho feito de bom. Porque ninguém mais agüenta ouvir sobre as gracinhas dos meus gatos. Olá, terceira idade.