terça-feira, fevereiro 15, 2005

Estou de férias desde segunda-feira. No momento, estou na firma. Ontem, passei o dia todo na firma. Essas não eram exatamente as férias que eu tinha planejado.
Almocei com 3 gourmets: uma da culinária japonesa, uma da culinária vegan e um da culinária gorda e deliciosa em geral. E nenhum dos três fez a boa ação de anotar a receita do molho branco pra mim.


* Estou só me fazendo de coitada. O sassê explicou direitinho como faz, mas é que eu já esqueci.
** Almoçamos no Sujinho e foi uma estranhíssima volta ao passado, já que o lugar continua absolutamente igual. Mas o tomate estava com gosto de agrotóxico e o suco, segundo relatos, estava azedo. Já o frango à mila continua uma delícia.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Mais filme. Ontem foi "Closer", e gostei muito. Me agradam histórias sem mocinhos ou bandidos, dessas que acontecem o tempo todo com todo mundo. Dá pra se identificar com todos os personagens e também odiar a todos. Não sei como reagiria a uma traição, provavelmente o caldo ia entornar mesmo que eu perdoasse, porque eu ia ficar o tempo todo perguntando: "chegou tarde por que? estava com quem? tinha mulher? era gostosa? mais que eu? seu canalha, escroto, idiota.", o que significa que eu nunca perdoaria realmente. De qualquer forma, acho que teria mais facilidade em entender uma simples troca de fluídos corporais do que a troca de sentimentos. Se o cara justificasse o corno com "eu estava bêbado/solitário/drogado, por isso traí", talvez eu pensasse no caso. Mas se dissesse: "eu me apaixonei", aí acabava pra sempre.
Homem, quando toma chifre, sempre quer saber se o outro foi melhor e se mais gente ficou sabendo, está sempre preocupado em não ser menos do que o outro. Mulher quer saber se ele não a ama mais ou se ama a outra, isso é fato. Se bem que eu acho que tbm perguntaria se a outra foi melhor do que eu, em que, como ela fazia. Não sei se é masoquismo ou perfeccionismo (se ela pode, eu também posso). Nem quero saber, aliás.
Não consegui tirar conclusões. Minha única certeza é que o homem perfeito teria a cara do Jude Law e o caráter do personagem do Clive Owen. Não seria nada ruim.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Não me aconteceu nada de especial nesses quatro dias, mas estou com vontade de falar alucinadamente e tenho pouco serviço. Por isso, dedicarei um post inteirinho às minhas impressões de "Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças". É redundante eu dizer que amei, pois não quero viver para ver o dia em que não adore um filme escrito pelo Charlie Kaufman. Mas este eu amei ainda mais que todos os outros. E eu achava que fosse impossível ele fazer algo melhor que "Quero Ser John Malcovich" (preguiça de linkar). Enquanto Joel ficava tentando esconder Clementine em sua memória ("esconda-me em sua humilhação!" - perfeeeeeeeito!!!), eu fiquei pensando em todas as recordações que tentaria esconder também. Já pensei um monte de vezes que gostaria de simplesmente apagar certas lembranças, certas pessoas, certas situações, tudo seria tão mais fácil... O filme me fez admitir que não é bem assim. Todas essas lembranças, mesmo as ruins, me fariam muita falta, de um jeito ou de outro. Além do mais, o que se leva das coisas não é o começo e nem o fim, é o meio.
E foi por isso que assisti ao filme duas vezes seguidas. :-)
Nussa

Eu adoro entrar no site meter depois de feriados prolongados, para constatar que as pessoas chegam aqui pelos mais estranhos caminhos. Nesses 4 dias de Carnaval, quem não caiu na folia, caiu no descontrol, buscando pelos mais variados e absurdos temas. Veja:

"ficaram bebinhas" (tudo bem, eu faço muito isso).
"mantra hindu" (Só conheço o hare-krishna, krishna, krishna)
"estatura do josé mayer" (eca, deve ser 1,52)
"maxilar travado" (o meu travou uma vez. mas por que alguém busca isso?)
"como fazer massagem" (essa é campeã das buscas. Infelizmente não sei fazer massagem. Mas adoro receber!)
"chinelos cabeleireira" (ãn?)
"mapa astral do Russell Crowe" (já tive sonhos eróticos com ele, no passado remoto. Hoje acho-o um barango. Mas nunca quis ver o mapa astral dele).
"Keanu Reeves pelado" (fiquei com birra dele depois de matrix)
"conserto de roupa de neoprene" (essa é aquela roupa que deixa o cara parecendo um supositoriozinho de baleia né?)
"depilação com xilocaína" (amigas, já tentei e NÃO FUNCIONA. A xilocaína não alivia em nada as dores. Para ficar bela, ainda é preciso sofrer e ranger os dentes).

E estas foram as campeãs desse feriado. Pelo menos ninguém veio buscar nada pornográfico envolvendo a Xuxa.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Bom é ser feliz e mais nada

Que delícia! Madrecita está de volta ao lar, depois de dois meses naquele campo de concentração disfarçado de Hospital das Clínicas. Agora todo mundo cantando junto comigo: acabo-o-o-o-ouu, acabou!!
Coração aliviado e feliz demais, porque eu sinceramente achei que ela não fosse mais voltar. Voltou magrinha e meio maluquinha (uma coisa assim meio Dona Laura, a baronesa de Bonsucesso, sabe?), mas até que é bom, porque agora dá pra eu colocar ela no colo e cantar a música de ninar do Pica-Pau. Esses dois meses valeram por dois anos bem-vividos (entenda-se como aqueles anos em que acontecem muitas coisas que obrigam você a pensar, mesmo que não queira) pra todo mundo lá em casa. Pra mim, o episódio foi o primeiro grande baque da vida. Por isso, a cabeça ainda não parou de dar voltas, nem eu quero que pare. Foi como o espinafre do Popeye.
E digo mais: acabou a campanha Diversão Zero!! Carnaval pé na jaca total. Venham a mim as caipirinhas, cervejinhas e outras "inhas". Venham a mim todos os filmes que eu quis ver e não vi, todos os minutos na areia sob o sol que me foram roubados. Calendário Chinês é o que liga.
Agora dá licença que eu vou lá comemorar o natal, ano-novo e aniversário decentemente (ou seja, dançando a macarena em cima da mesa).

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Esse blogs está chatérrimo, parecendo o muro das lamentações. Então, falemos da única coisa que alegra minha vida nesses dias: a novela das oito (que começa às nove). O Gordo sempre reclamou dos mecânicos estereotipados de novelas, que ficam falando chavões e geralmente dão uns diagnósticos super furados para os problemas nos carros. Algo do tipo ?dona, o defeito é na rebimboca da parafuseta?. Eu não entendo nada de carros e achava que ele estava sendo chato em reparar nesses detalhes sem importância para o enredo. Mas a Casé me lembrou que em Senhora do Destino há um núcleo de jornalistas, designers e revisores. O povo do jornal do Dirceu, enfim. Dirceu de Castro é um monstro sagrado do jornalismo (parafraseando Faustão), respeitadíssimo e que ganhou muito dinheiro, tanto que pode se dar ao luxo de criar o próprio jornal, uma coisa tão fácil e barata quanto montar uma bomba de neutrons (primeira piração do autor). Daí o Dirceu resolveu tudo: montou a redação na sala de sua casa, olha que beleza! Ele e sua equipe de dois jornalistas (porque a Maria Cláudia só pensa em ferrar a Nazareth) trabalham em um único laptop. A designer Duda vive falando que está trabalhando demais, mas não sai daquele restaurante (onde, aliás, ninguém trabalha também). E outra, de onde ele tira dinheiro para pagar aquele povo todo??? Ou todo mundo é tão apaixonado pela profissão que trabalha de graça para o monstro sagrado?
Além disso, eles ficaram uns três meses trabalhando na edição piloto do jornal, mas as matérias eram todas atuais ? a não ser a que dizia que a Nazareth tinha sido presa, quando na verdade ela está soltinha da silva, fornicando com o Josi. Acho que nem fanzine se faz assim, que dirá um jornal fodidão como o que eles querem fazer (eu, pessoalmente, achei o projeto gráfico hor-ro-ro-so). É um absurdo. Fora as frases que o mala do Dirceu fala, chavão em cima de chavão. Exemplos: negos trabalhando de madrugada na casa dele (mas ninguém com cara de cansaço, todo mundo mó feliz), ele dispara: ?É assim que se faz jornalismo minha gente, com essa garra?. Maria Cláudia descobre os podres da Nazareth: ?você tem faro de uma excelente repórter investigativa?. Ah, vá tomar no cu. O Gordo tinha toda razão: é mesmo muito, muito irritante tudo isso.
Tirando isso, eu amo a novela das oito.
Onde você quer estar daqui 5 anos?
Já tenho um fogão novo, lindinho, branquinho e pequenininho como eu. Um mimo. Mas ainda não deu pra experimentar muito, pois passei o fim de semana trocando o dia pela noite em plantões hospitalares. Ontem fui fazer um servicinho desgraçado de ruim, que, além de destruir minhas fantasias profissionais, suscitou em mim a questÃ: pra que caralhos eu passei 4 anos numa faculdade? Tenho uma sobrinha, quatro anos mais nova, que mal se formou na escola e ganha bem mais que eu e ainda gosta do que faz. Um monte de amigos que escrevem abraço com dois esses e já realizaram o sonho da casa própria. E eu aqui, fazendo trabalhos acéfalos como o de ontem e mal ganhando pro busão. Eu poderia muito bem ser passeadora de cachorros ou aeromoça (precisa ter curso superior pra ser aeromoça? Eu não sei se precisa), e isso me faria feliz. Que saco.
Pronto. Esse foi meu momento revolt-descontrol. Já passou.