quinta-feira, março 31, 2005

A música mais triste do mundo.


Eu não sei se tem mais de uma versão, mas a versão mais triste do mundo é a que tocou no episódio de ontem de Cold Case, que é a mesma que tocou no episódio da morte do dr. Mark (do ER).


Over The Rainbow
(Arlen-Harburg)


Somewhere over the rainbow
Way up high
There's a land that I heard of
Once in a lullaby

Somewhere over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true

Some day I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like lemondrops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh why can't I?
Some day I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like lemondrops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh why can't I?

If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh why can't I?


PS: Se alguém tiver essa música gravada, por favor me passe.
PS2 / Update: Existem 578 versões da música, inclusive uma do Ray Charles e outra do Chat Baker, fora a clássica do Mágico de Oz. Mas a mais deprê ainda é a do cara havaiano. Gravei todas, pra me acabar de chorar de uma vez por todas.

segunda-feira, março 28, 2005

Existem quatro palavrinhas que eu detesto: para sempre e nunca mais. Elas me fazem pensar, com desconforto, na idéia de inevitabilidade, de imutável, de certeiro. E a morte tem o poder de ser o para sempre e o nunca mais, ao mesmo tempo. De todas as coisas que já pensei a respeito da morte, nunca tinha chegado nem perto da sensação que ela provoca de verdade: pequenez, indignação, dor e, mais do que tudo, uma solidão tão grande que parece que você nunca mais vai amar ninguém. Ou pior: que ninguém nunca mais vai te amar. Esses últimos dez dias foram absolutamente surreais e eu ainda acordo achando que foi um trote. Não é possível para mim conceber, ainda, que minha mãe não vai estar lá me esperando sentadinha no sofá, não vai mais me ligar aos sábados para saber como foi minha semana, não vai mais me abraçar nem me beijar daquele jeito morninho, mais gostoso que leite quente com Ovomaltine. Metade de mim foi arrancada sem anestesia, levada embora para sempre: minha maior companheira, minha melhor amiga, meu maior amor no mundo e também a única pessoa que sempre me amaria incondicionalmente. Aquela com quem eu me comunicavam sem precisar dizer uma palavra; para quem eu podia dizer tudo sem me preocupar em escolher palavras ou pensar duas vezes; para quem eu podia dizer absurdos e pedir perdão mil vezes - e ter meus pedidos mil vezes aceitos com sinceridade. Vou ter de aprender a viver sem isso, a viver com só metade de mim, e é estranho, pois continuo sentindo como se essa metade ainda estivesse aqui. Deve ser a mesma sensação das pessoas que amputam membros e continuam sentindo eles coçarem. Me disseram que isso melhoraria com o tempo, mas o tempo só tem me feito enxergar a amplitude dessa ausência, como ela estava presente em absolutamente todos os meus atos, e agora não está mais. Acordar dói. Respirar dói. Pensar dói. Receber pêsames dói. Eu gostaria de conseguir congelar o tempo nos momentos em que me sinto bem, em que penso nas coisas alegres que vivemos juntas (e, graças a Deus, são muitas), em que consigo ter certeza de que ela estará sempre perto de mim, só que livre de tantas dores. Quando penso nisso, fico bem, fico quase feliz. Mas tudo é muito rápido, os sentimentos ficam se sobrepondo o tempo todo e eu tenho muito medo do que ainda está por vir. Tudo o que eu queria agora era que existisse uma Morfina para a alma da gente, qualquer coisa que fizesse essa dor absurda diminuir. Mas não há. Ela se foi, eu fiquei. E vou ter de aprender a viver assim: pela metade.

sexta-feira, março 18, 2005

Tic-tac

Por que é que quando a gente está triste o tempo se recusa terminantemente a passar?

quinta-feira, março 17, 2005

quarta-feira, março 16, 2005

Dia de cabelo ruim
Estou cansada, Homer não me deixa dormir, minha barriga dói e as pessoas se aproveitam o tempo todo de minha nobreza. Gaaaaah.
Pelo menos hoje vai ter filmão no telão gigantão, com direito à pipoca murcha de grátis. Gah.

terça-feira, março 15, 2005

O jab do Clint

* Deu pra notar que os posts só terão títulos quando eu me lembrar de colocar, né?

O filme já estreou há tanto tempo que até o forfé causado por aquele tanto de Oscars que ele ganhou já passou. Mas, fazer o que? Só pude assistir Menina de Ouro esse sábado e, como ex pseudo-praticante do esporte, me recuso a ficar calada. Clint é tãããão ducaralho, mas tão, tão, tão!!!! Achei o filme perfeito. Mais ainda porque fui sozinha e pude dar vazão à todas as lágrimas que quis, sem medo de ser feliz (eu não choro diante de conhecidos, nem do mais querido). Saí do cinema triste, vermelha e leve. E com uma vontade absurda de voltar pras aulas de boxe, ou pelo menos comprar um saco de areia. Eu acho o boxe um esporte bonito pra caramba, não pelo fato das pessoas sangrarem, se cortarem, perderem dentes ou ficarem com mal de Parkinson (nossa, nunca escrevi essa palavra antes). Gosto porque parece uma dança bonita, os socos tem um barulhinho gostoso e por aquele motivo que o Morgan Freeman descreve tão bem e que eu não vou contar pra não estragar a surpresa de quem não viu. Filme bom, mas bom mesmo, de doer, é aquele que ou me joga nas nuvens ou me derruba no chão, e que fica passando toda hora na telinha da minha cabeça. Nesse caso, acho que a fita vai até gastar...

segunda-feira, março 14, 2005

Eba-eba-eba
Benício del Toro e Clive Owen estão no elenco de Sin City!!

Eca-eca-eca
Bruce Willys também.

sexta-feira, março 11, 2005

Como eu consegui viver até hoje sem o Guia Mais?
Salve, São Longuinho.

quinta-feira, março 10, 2005

Opa!!! Raposa Jade é muito mais eficiente do que eu e já devolveu meus comentários. Loviú Raposa.
Chega de imagens quebradas. Template novo. Cansei de perseguir o sonho do layout de pinups, então usei um que é padrão do blogs, mas é limpinho. Ainda não consegui inserir o sistema de comentários, por enquanto só no email.

segunda-feira, março 07, 2005

Por que é tão fácil me convencer?
Em dois minutos de conversa pelo telefone um tiozinho me convenceu a assinar o Estadão, alegando que assim eu ganharia ingressos grátis para várias coisas e só ia "estar pagando" as despesas de envio. Sério, ele nem precisou insistir muito. Acho que fiquei comovida porque ele tinha voz de velhinho e eu não acho que velhinhos, a essa altura da vida, devam fazer serviço de telemarketing. No meu mundo perfeito, eles estariam todos curtindo a aposentadoria nas Bahamas ou nas matinês do Cartola Clube. Só que depois ele me passou para outro cara, para confirmar meu cadastro, que era jovem e chato-chato-chato, e esse cara me convenceu a assinar um pacote ainda mais completo, porque assim eu ia "estar desfrutando" de muito mais vantagens.
Tenho medo de, algum dia, alguém me ligar pedindo para doar um rim. Cruzes.
Assisti aos 4 DVDs da segunda temporada dos Simpsons em um único final de semana. Estou até sonhando em amarelo.


*Momento serviço de inutilidade pública: descobri que o episódio em que o Homer come o Fubu e acha que vai morrer ("Todo Mundo Morre Um Dia") é o que tem a maior quantidade das frases que eu uso no dia-a-dia.

sexta-feira, março 04, 2005

Ia escrever uma coisa que sei que estou pra escrever há décadas, mas esqueci o que era no exato momento em que entrei no blogs. Idade. Bom, antes isso do que rugas.

quarta-feira, março 02, 2005

Uma única ressalva: a reprise de Laços de Família podia ter começado uma semana antes. Ou eu podia ter adiado minhas férias em uma semana. Assisti só dois capítulos e meu coração já arde de saudade. Acho que vou começar a gravar.
Nha, de volta à labuta.
Pelo menos foram férias de verdade, com tudo aquilo que eu considero que férias de verdade devem ter. Assisti à sessões triplas de cinema, aluguei uma tonelada de DVDs, me viciei na trilogia "Fronteiras do Universo", adotei um gato gordo chamado Homer, tomei sol durante horas e mais horas seguidas, fiquei no mar até virar uva-passa (até consegui pegar umas 4 ondinhas sem cair da prancha e nem perder a lente de contato), passei 4 fases do Theme Hospital e 5 do Populous, plantei 3 novas mudinhas no meu minúsculo jardim, assisti o Oscar até o fim, comi feito uma porca e não entrei nem uma única vez na Internet. Parece que eu não trabalho há anos - e tem um monte de gente nova na firma, e algumas das velhas foram embora, o que demonstra que muita coisa pode acontecer em 15 dias. Estou com um humor dos deuses. E muita fome.