segunda-feira, setembro 25, 2006
Domingo no parque
Ignorando os -38 graus que faziam na cidade, as pessoas resolveram ir ao parquinho. Porque somos jovens e felizes e passamos o percurso todo (longo, longo até morrer) acreditando que, de repente, o sol ia se abrir. Claro que ele não deu as caras, e ventava tanto no alto da roda-gigante que fazia aquele barulhinho de filme de terror. E eu disfarçando todo o meu medo de altura comendo um bis atrás do outro e falando sem parar, lá no alto. A quem eu quero enganar, eu sou velha, neurótica e tenho medo de todos os brinquedos. Até o carrossel me dá vertigens. Então eu fui pelo menos na roda-gigante, pra não dar demais no saco das pessoas, sabe. Para minha sorte, o frio não demoveu ninguém da vontade de despencar de torres ou se arriscar em carrinhos de madeira nada seguros (que, eu tenho certeza, podem se soltar dos trilhos e ir parar no lago a qualquer momento), então havia filas infinitas pra tudo. Só deu pra brincar em quatro brinquedinhos e eu nem passei mal nem nada, até naquela bóia que desce as corredeiras nós fomos. Toda a água do mundo em minhas costas. -38º, não se esqueça. As pessoas comem cocô, realmente. Mas se divertem horrores.
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