terça-feira, maio 29, 2007

Minha vida, a sitcom

Provavelmente não acontecem só comigo, essas coisas estranhas. Mas eu sou ególatra e creio que sim. Ou então, que comigo é mais estranho que com os outros. Nunca conheci ninguém, por exemplo, que tivesse atraído a atenção de um bombadinho fanho na fila do banheiro do bazinho da esquina, que insistia em me perguntar se eu conhecia o Paxá, mesmo eu repetindo "oi?", "oi?", "oi?" sem parar, já que eu só entendi "a-á?". E que tinha um amigo que foi dizer alô para a desconhecida na fila - no caso, eu - e lhe escapuliu o chiclete da boca. Ou que recebeu um correio elegante, ficou toda prosa e depois de três minutos o mensageiro veio avisar que o correio era para outra pessoa. Eu devia era escrever um livro de capa bem rosa e cintilante, com o título em letra cursiva, falando sobre as agruras da mulher moderna, transformá-lo em um best seller e ganhar um monte de dinheiro pra poder me dar ao luxo de nunca mais sair de casa. Para evitar a fadiga.

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