sexta-feira, setembro 28, 2001

Alexal me emprestou um livro e disse que achou a minha cara, que eu tinha que ler.
Peguei meio ressabiada, ela trouxe o livro de Portugal, escrito com aquele portugues onde fila significa bicha, sei não.
Só que agora eu entendi porque o livro é a minha cara. A história é exatamente igual à uma história que eu vivi no ano passado e que virou minha vida de ponta cabeça.
Tão igual que ontem eu tava lendo no metrô e cheguei na parte crítica do livro. Conclusão: sem perceber, comecei a chorar convulsivamente, tanto que o tiozinho que estava do meu lado me ofereceu um klenex, deu um tapinha no meu ombro e ficou me olhando com aquela cara que a gente usa pra olhar pra gente doida, como quem diz "ih isso não tem mais jeito...". Fiquei morrendo de vergonha e desci do metrô, fiquei lá esperando outro chegar.
Agora veja: a Alexal viaja para PORTUGAL, vai à uma livraria e pede pra vendedora indicar algum livro, qualquer um, e a mulher indica justamente esse, com a minha vida. Pensando bem, a minha história deve ser muito comum. Mas eu preferia não ter me lembrado dela.

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