quarta-feira, setembro 26, 2001

HAHAHAHA
Acabei de ler a coluna do Lúcio Ribeiro na Folha. Não gosto muito dele, mas a dessa semana tá bem engraçada. Embalado pela neurose americana, ele publicou uma lista das músicas que deveriam ser proibidas no Brasil:

· "Infinita Highway", Engenheiros do Hawaii. Esta canção tem aterrorizado jovens desde os anos 80 e lidera a caçada às forças macabras. Repare que o "infinita" remete a coisas que não têm fim, como se os programadores de rádios fossem "controlados" a tocar essa música para todo o sempre.

· "Amor I Love You", Marisa Monte. Canção ridícula cujo nome associa duas línguas, o que favorece o fácil entendimento de grupos terroristas de vários países. Cartazes com o rosto de Carlinhos Brown (co-autor desse míssil) e Arnaldo Antunes (mais conhecido como "o poeta") devem ser afixados em escolas, para advertir crianças desavisadas. Atenção, crianças: não vale zoar com a foto dos dois membros perigosos das parcerias malignas do pop. Seja adulto nessa hora.

· "Eduardo & Mônica", Legião Urbana. Perigosíssima canção chata e comprida que leva o sono a quem ouve, facilitando ações terroristas. É uma espécie de arma química musical, que narra o temível encontro de um carinha sonso com uma menina xarope.

E mais:
- Arnaldo Antunes, todas as músicas. Titãs, todas as músicas, menos as pacíficas "Polícia" e "Porrada". O veto é obrigatório para o disco novo, que sai em outubro.
- Pato Fu, a música do teremim insuportável do começo.
- "Fácil", Jota Quest.
- "Oxigênio", Jota Quest
- Todas do Jota Quest
- "Wave", versão do João Gilberto.
- Uma da Rita Lee, você escolhe.
- A "linda" e grandiosa "Terra", de Caetano Veloso, sob pena de a rádio fechar se tocá-la.

E as gringas:

- "Stairway to Heaven", Led Zeppelin.
- Todas as "lentinhas" do Aerosmith.
- Todas do Men at Work, mesmo que com isso as nossas rádios-rock fiquem sem ter o que tocar.
- "Another Brick in the Wall", Pink Floyd.

Fui obrigada a concordar com tudo que ele disse, pela primeira vez na vida.

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