terça-feira, abril 15, 2003

Ontem fui jantar com o marido e começamos a falar sobre preconceito, gente hipócrita e coisas assim. Claro que eu não perdi a chance de me gabar e dizer que eu sou uma pessoa linda e livre de preconceitos. Para minha surpresa, ele olhou bem fundo nos meus olhos e disse que eu tenho preconceito sim. Quase engasguei com o pedaço de nacho com guacamole que estava na boca e gritei: "Como assim?". Ele explicou que eu tenho preconceito de gosto. Que saber do que uma pessoa gosta (ou não) faz com que eu me aproxime ou me afaste dela.
Pior que ele tinha razão. Fiquei pensando e concluí que sou absolutamente intolerante com alguns tipos de gente, por exemplo:
- Gentes que acham que "Triplo X" é um filme excelente. "Triplo X" nem mesmo pode ser chamado de filme. Não respeito e pronto.
- Gentes que botam a música da Lacraia bem alto no som do rádio. Aliás, não respeito nenhum tipo de gente que me obrigue a ouvir uma música pela imposição dos decibéis
- Gentes que não sabem que o Sr. Barriga e o Nhonho são a mesma pessoa.
- Gentes que falam "Ninguém merece" e outras coisas do tipo que agora não me lembro.
- Gentes que votam no Maluf. Essa galera tem mais é que se foder.
- Gentes que jogam lixo na rua e depois reclamam da enchente.
- Gentes que reclamam dos impostos mas não fazem mais nada além de reclamar.
E por fim, uma das coisas que mais tem me feito perder por completo o respeito pelas pessoas:
- Gentes que apoiam a guerra, que apoiam o Bush e que pagam pau pra América. Não me importa nem um pouco o motivo pelo qual essas gentes tem tais preferências - seja qual for a resposta, eu não vou deixar de achar que essa pessoa é uma tremenda ignorante, egoísta, burra, burra e burra. Apoiar uma guerra legítima já é o fim. Apoiar ESSA guerra, então, é morte cerebral.
Foi por isso que perdi o respeito por gentes que eu pretendia um dia pedir em casamento, como o Mel Gibson e o Bruce Willis, por exemplo. Isso sem falar no meu preconceito por pochetes, papetes, óculos de aros grossos e pretos e a insuperável e pavorosa sunga.
Sou um caso perdido.

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