segunda-feira, abril 07, 2003

Sou mãe de mais um filho. Adotei outro bebê-gato. Sábado fui a várias festas familiares. Eu tinha muitas coisas pra fazer em casa, muitas, muitas mesmo e sou completamente aversa a reuniões familiares festivas. Mas, como metade dos meus tios já está com meio pé na cova, achei que seria de bom-tom comparecer. No fim foi ótimo, fiquei bebinha, minhas tias todas ficaram bebinhas e começaram a falar de sexo, minha mãe (oh, deus, por que, por que) também falou horrores sobre coisas que mães não deveriam falar na frente de filhas, enfim, foi um forfé. Como eu já estava bebum, foi fácil me convencer a ir no aniversário do meu sobrinhozinho, comer mais e ficar mais bebum. Lá pelas tantas meu pai foi pegar alguma tranqueria no porta-malas do carro e voltou com um lindo filhote de gato na mão. Eu peguei-o apenas para dar comida e água enquanto estávamos ali na festa, mas quem disse que depois tive coragem de devolver o pobrezinho para a rua? Perguntei pro guarda quem era o dono do bichinho e ele disse que ele tinha sido largado num cesto e estava há 4 dias sem comer. Tive vontade de chorar de pena. E ele ali dormindo com a cabeça na minha mão. Meu pai já estava totalmente aliado a mim e ajudou a converncer minha mãe. E não é que o bichinho é obediente, limpinho e meigo? Ele adorou o novo lar e fica se entrelaçando entre nossos pés. Já caí umas três vezes. Inicialmente ele foi batizado de Bilbo, mas o nome não tava ornando com ele e o comentário da minha mãe foi "se vc vai dar esse nome horroroso para o bicho, fique ciente que ele vai se chamar chaninho porque eu não consigo falar Bilbo num momento de tensão". Daí reparamos que as patas dele são MUITO tortas e arqueadas e, mesmo contra minha vontade, o nome dele ficou sendo Mané Garrincha, vulgo Manézinho. Quem não gostou nada foi minha gata, aquela que eu já tenho anos, que não para de vomitar bolas de pêlo de nervoso e fica muito tempo olhando pela janela, pensando - certamente - que o suicídio pode ser uma opção válida.

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