quarta-feira, janeiro 26, 2005

Survivor
Ainda traumatizada pelos últimos eventos, continuo minha campanha "Diversão Zero", visando evitar alguma má-notícia posterior. Fiz questão de ter o feriado mais chato possível: nada de cinema, nada de DVD, nada de boteco, nada de nada. A coisa mais excitante que fiz foi pesquisar preço de fogões no Ponto Frio (carerrímos, o Buscapé é muito mais eficaz).
Ah, é. O meu explodiu no sábado. Acordei modorrenta e, com preguiça de sujar panelas, decidi assar nuggets em vez de fritar. Já aluguei meu apartamento com um fogãozinho meio velho e surrado, mas com um acendimento automático muito bacana. Eu sabia que aquele fogão não era de confiança, mas não havia nada a fazer. Bom, daí pus os franguinhos no forno (temperatura máxima, pra assar logo porque eu estava com fome) e comecei a fazer um arrozinho. Quando eu ia mandar o arrozinho pro fogo, toca o telefone e eu corro pra atender. Um minuto depois do alô?, ouço uma explosão e demoro alguns segundos pra me ligar que o barulho vinha da minha própria casa, da minha própria cozinha. Olho pra lá e vejo centenas de milhares de cacos de vidro espalhados no chão e forno sem porta (mas ainda assando meus nuggets que, a essa altura, já estavam no ponto). Se o telefone não tivesse tocado e eu estivesse fazendo meu arrozinho, teria ficado com lindas pernas tigradas. Traumatizada, horrorizada e só, absolutamente só, superei meu temor, passei em frente ao forno macabro que ainda soltava seus cacos assassinos, desliguei o gás e fui comer no Mac Donalds da esquina. Não sem antes ligar pro namorido e dizer: "Tá vendo, vc não quis jogar o fogão fora COMO EU VENHO PEDINDO HÁ MESES, e por causa disso eu quase morri. Passar bem."
No momento, continuo sem forno e minha preguiça ainda é maior que minha sensatez, o que me faz continuar cozinhando nele como se nada tivesse acontecido.

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