Definitivamente eu não tenho mais idade pra show em estádio. Não tenho mais o menor saco pra ver os músicos do tamanho de Barbies ou ficar fazendo força pra escutar alguma coisa naquela acústica horrorosa. O som estava tão baixo que eu escutei mais os mineiros atrás de mim featuring Strokes do que o próprio Julian. Ódeo. Sou uma octogenária que gosta de lugares pequeninos e abafados e ponto final. E arrisco dizer que Anhembi, nunca mais. Lugarzinho tosco e cheio de policiais à cavalo duzinferno, credo, creeeeeeeeeedo.
Mas tanto Kings of Leon quanto Strokes fizeram shows impecáveis, escolheram o repertório à dedo e fizeram a vida da gente mais feliz. Acho até que impecáveis demais. Kings não jogou conversa fora: entrou, tocou e foi embora. Assim, sem mais. Strokes foi mais simpático, Julian trocou algumas palavrinhas (incompreensíveis metade pelo sotaque, metade pelo porre em que se encontrava) e fizeram aquele show irrepreensível. Tão perfeito que podia ser o CD, e isso me incomoda um tantinho. Gosto quando rolam improvisações ou momentos inesperados. Mas, enfim, foi um PUTA show. E devo acrescentar: o que é Julian no palco, não é mesmo, pessoal? Ele está cada dia mais Edward mãos de tesoura e não perde o charme. E parou de chover e eles tocaram todas as minhas favoritas do primeiro CD, então fiquei bem contente. E antes deles ainda teve os ensebadinhos do Arcade Fire que, apesar do uso abusivo dos teclados, achei beeeeem legal.
Mas e hoje, o que faço com esse sono e essa dor nas juntas de octogenária, minha gente?
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