terça-feira, novembro 26, 2002

Caralha.
Hoje tem festa da firma. Festão, num lugar todo chiquetoso, convidaram o Antônio Ermírio de Moraes e tals. Colocaram umas bananas enfeitando as paredes, acho que vai ter uns índios dançando, uma coisa louca.
Onde esse povo está com a cabeça de fazer festão numa terça-feira, hein? E nem deixaram ninguém sair mais cedo ou tirar o dia de folga. Mas também, os diretores são todos homens e não sabem nada das necessidades femininas. Inferno. Aí toca euzinha acordar às seis da manhã para fazer escova na cabeleira, dar um trato na carinha, passar o vestido da festa e engraxar o sapatinho de cristal. Tentei tirar a sombrancelha, mas só consegui tirar um pelinho, que veio seguido de gritos e lágrimas. Aposto que essa coisa de dizer que mulher tem que tirar todos os pêlos do corpo para ficar bonita e feliz foi inventada por um homem broxa que apanhava da mãe e tinha muito ódio de todas as mulheres. Tomara que a vida dele tenha sido um eterno inferno e que ele ainda esteja queimando nas profundezas do limbo. O caso é que seu Antônio (Ermírio) vai me ver de sombrancelha peluda mesmo e azar o dele. Claro que na hora da festa eu vou estar podre e acabada e feia e todo esse trabalho terá sido em vão. Bom, eu espero que pelo menos os canapés sejam bons.

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