Recebi esse texto por e-mail há algum tempo e resolvi publicar porque, por mais piegas que possa ser, é exatamente assim que eu sinto.
Meus amigos são todos assim... metade loucura, metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila...
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim "louco" e "santo". Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Coisa de louco...
Louco que senta, horas e horas, de conversa ou de silêncio e espera a chegada da lua cheia...
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Não quero deles só o ombro ou o colo: quero também sua maior alegria...
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem. Mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto...
E velhos, para que nunca tenham pressa.
Preciso deles para saber quem eu sou, pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei que a normalidade é uma ilusão... estéril !
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