segunda-feira, novembro 25, 2002

"Homenagem" ao coringão.

Saudosa Maloca
(Adoniran Barbosa)

Se o senhor não tá lembrado
Dá licença de contá
Ali onde agora está esse edifício arto
Era uma casa véia
Um palacete assobradado
Foi ali, seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímo nossa maloca
Mas um dia, nós nem pode se alembrá
Veio os home c'as ferramenta
O dono mandô derrubá

Peguemo todas nossas coisa
E fumo pro meio da rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nós sentia
Cada tábua que caía, doía no coração
Mato Grosso quis gritá, mas em cima eu falei
Os home tá com a razão, nós arranja outro lugá
Só se conformemo quando o Joca falô
Deus dá o frio conforme o cobertô
E hoje nós pega as paia
Nas grama do jardim
E pra esquecê nós cantemo assim

Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nós passemo
Dias feliz de nossas vida

Cas, cas, cas, cas…

Nenhum comentário: