Hoje as meninas, comovidas com minha depressão galopante, decidiram me levar pra almoçar no Ritz, tencionando me deixar feliz.
Cara, que lugar cafona. Acho que eu nunca fui num lugar tão cafona em toda a minha vida quanto aquele Ritz. Tudo super americaninho, no estilo descolado esnobe. As garçonetes e garçons são todos lindos, tipo modelos e andróginos. Mas confesso que é de encher os olhos. A gente chegou cedo e o lugar tava bem vazio. De repente começou a chegar uma peruada, uma mulherada cheia de maquiagem, de plástica, de plumas e paetês que eu até assustei. Chegou uma tia de taileur uva, com três colares de pérola, cabelo duro de tanto laquê e praticamente de cavanhaque, de tanta plástica. Na verdade, quase todas as mulheres tinham plástica, mas ainda assim eram feias. Todas pareciam usar batom de cocô. Todo mundo usava aqueles óculos escuros de modelo, homens e mulheres. Mesmo lá dentro, ngm tirou os óculos.
Os homens, tudo meio gay. Cada papo brabo.... Era um povo que parecia muito que tinha ido lá mais pra aparecer do que pra comer. E eu acho que era isso mesmo, porque a comida é bem nota 5, viu? Comi um macarrãozinho lá que parecia um miojo e vinha numa cuia que não te deixava comer tudo. Tinha que deixar um restinho no prato. Ser fino é deixar comida pro santo. Hell, hell!!!
Mas no fim, até que foi engraçado. Estranhamente, não me irritei. Achei foi muito engraçado estar por dentro do cafona e rosado mundo dos ricos e famosos.
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