Daí eu vou começar tudo de novo. E espero que seja um recomeço que dure muito, muito tempo, porque eu acho todo esse processo de chegar a um lugar novo, conhecer as pessoas, ser simpatiquinha, fazer amiguinhos, aprender o siviço, decorar as senhas, descobrir onde fica o banco, onde é bom de comer, onde é bom de passear e blá, bem chato, cansativo e desgastante. Juro que acho.
Só que o final de 2006 foi bem movimentado, cheio de ofertas - algumas bem tentadoras, outras nem tanto e essa, irrecusável. Numa época em que eu estava bastante, BASTANTE paranóica com as coisas profissionais. Tenho uma dezena de teorias bem chatas, mas que fazem todo o sentido na minha cabeça, e estava me sentindo muito mal por não conseguir alcançar nenhuma das coisas que eu tinha planejado nessa área. Essa vaga que eu vou passar a ocupar a partir de amanhã é algo que eu não tinha planejado - e nem sequer jamais imaginado - mas que abre um monte de novas janelinhas. Eu acho que janelinhas são sempre um espetáculo a se aproveitar.
Agora estou ansiosa e eufórica, também com algumas aves festejando na minha barriga (não tantas quanto o Klein, é uma festinha bem mais moderada), e com uma sensação quase boa. Seria ótima, se não fosse essa minha horrível tendência ao pessimismo. De achar que quanda esmola é muita, etc. Mas eu já me joguei do avião, então agora só resta torcer para o pára-quedas abrir, néam.
A única coisa ruim é ter de abrir mão das delícias que eu vou deixar pra trás. Ou seja, toda a fofocaiada diária com as meninas mais legais desse mundo. Porque são elas que me lembram, de segunda a sexta, que ainda existe salvação para a mulherada. E que se toda a mulherada fosse como essas três, elas dominavam o mundo fácil. O melhor humor ácido do mundo, a maior disposição para compras do mundo, os melhores babados do universo. Agora, quem vai me ligar pra avisar que a Thammy está no Superpop? Ou discutir os episódios do House ad infinitum comigo? Ou compartilhar a indignação pela vaca da Sirigaita não ter sido eliminada? Ou me convencer a tomar cerveja como se não houvesse amanhã? Ou fazer escambo de livros e DVDs? Ou falar mal do mundo inteiro sem sentir nenhum resquício de culpa? Vai ser tão foda ficar sem isso que não quero nem pensar. Mas, enfim, navegar é preciso, né? Estou tocando o barco, mas esse é um porto pra onde eu sempre quero voltar.
Chuif.
E façam o favor de me desejar sorte, porque dessa vez eu vou precisar mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário