Ainda estou pensando nessa coisa toda da ideologia. Eu queria uma pra viver e arrumei. Salva pelo cinema, mais uma vez. Decididamente não preciso ter vergonha dessa minha fixação por música. Parei pra pensar e cheguei à conclusão de que seria inteiramente feliz se tivesse uma lojinha de CDs, vinis, cassetes e vídeos. POderia vender uns posters bem loucos também. Teria dois adolescentes retardados trabalhando pra mim e a gente sairia pra tomar uma cerveja depois do expediente. Ia passar o dia ouvindo o que eu gosto e influenciando o gosto musical dos outros. Não teria de ouvir os berros histéricos de nenhum editor que acha os filmes chineses sobre a bailarina sem pernas que dança com a língua a oitava maravilha. Não teria prazos. Não teria que passar por cima dos meus princípios. Não teria insônia. Não ficaria tentando fazer média com pessoas que, em situação normal, eu sequer cumprimentaria. Acho que esse é meu novo projeto de vida. Vou ralar pra caralho e alugar uma lojinha, talvez nas grandes galerias ou até mesmo no Stand Center. Não, Stand Center não. Uma loja um pouco maior. Fiquei feliz agora.
Não quero grana, quero satisfação pessoal. Quero grana pra compra de mês, pra que mais? Quero namorar o Rob Flemming, ou seu equivalente latino e ficar falando com ele sobre aquele cd do Clash que eu vi a semana passada ou sobre a volta ou não volta dos Ramones. Que vida tudo.
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