quarta-feira, janeiro 29, 2003

Não, eu não estou sentindo saudades de ninguém agora. Pelo menos não a saudade ruim que faz a gente querer arrancar o estômago com a unha para ver se passa. Só saudade boa, de gente que vai voltar logo. Mas já senti muita saudade – em 2000, a única coisa que eu fiz foi sentir saudade (bom, sentir saudade e fazer uma cagada atrás da outra...). Daí eu lia esse texto, que dizem ser do Pablo Neruda mas que eu não comprovei a veracidade da informação, e chorava como uma cabrita em dia de sacrifício. Hoje eu leio, acho muito bonito (e cafona pra caralho) e ponho no blogs, para que aqueles que sofrem de saudade encontrem um motivo a mais para chorar.
Saudade é solidão acompanhada
É quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já
Saudade é amar um passado que ainda não passou
e recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida
Saudade é sentir que existe o que não existe mais.
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam.

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos
Não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

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